Exemplos disto: dêem só uma olhada na produção dos sites da marinha, exército, guarda nacional e reservistas. A primeira coisa que me chamou a atenção foi o próprio endereço dos websites: ao invés do final ".gov" ou ".mil", o final é ".com", mesmo, como qualquer empresa privada disputando mão-de-obra no mercado. Os sites apelam para o status de ser um soldado das forças americanas, algo que, de fato, eles têm muito orgulho, e se propõem a oferecer explicações aos pais dos candidatos a respeito da carreira que o filho está pretendendo seguir.
As propagandas na televisão não ficam muito atrás. Selecionei algumas no YouTube (ver aqui, aqui e aqui), e todas procuram influenciar as pessoas de forma a fazer parte de uma organização respeitada no país inteiro. Também nas universidades as forças armadas incentivam com bolsas de estudo alunos que façam cadeiras relacionadas à estrutura militar e estratégias de guerra – em Duke, as cadeiras de graduação oferecidas neste semestre podem ser vistas aqui.
Não surpreende, desta forma, que, mesmo com a possibilidade de ser jogado em um buraco qualquer junto do Taliban, muita gente ainda procure se alistar nas forças armadas. Estava assistindo hoje ao David Letterman entrevistando o senador John McCain. No meio das perguntas a respeito do Iraque, David citou uma frase (não me recordo de quem) que eu acho que resume bem o sentimento do americano com relação às forças armadas:
"We don't like the war. We like the warriors."
Abraços!
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