Interrompo rapidamente minhas férias para avisar que entrou no ar um WP novo, escrito com base em um dos capítulos da tese de doutorado.
- Novo WP, mas, como falei, baseado em uma tese defendida quatro anos atrás (falta de vergonha na cara, levar tanto tempo assim para transformar a tese em artigo...).
- Velho WP, já que trata, em um framework moderno, das discussões iniciadas por Frank Ramsey (1927) sobre a tributação relativa entre os fatores de produção trabalho e capital. Também velho porque recupera a análise de Friedman (1969) sobre a política monetária ótima diante dos custos de oportunidade de carregar moeda.
- Novo WP porque amplia o escopo dos problemas citados anteriormente para discutir aspectos associados a economias abertas, tais como os efeitos em termos de welfare da formação de alguns preços em mercados internacionais; a existência de diferenciais de inflação entre a economia doméstica e o resto do mundo; o grau de abertura da economia.
- Velho WP porque usa técnicas semelhantes àquelas desenvolvidas em Schmitt-Grohé e Uribe (2004, 2005, 2006 e 2007) para tratar de modelos de médio/grande porte.
- Novo WP porque adiciona, com resultados fundamentais, o imposto sobre consumo à análise daqueles autores.
Bem, se é novo ou velho, fica a critério de vocês decidirem. Espero que gostem.
Saudações!
"Hazard - 1. A hazard is something which could be dangerous to you, your health or safety, or your plans of reputation. (...) 2. If you hazard or if you hazard a guess, you make a suggestion about something which is only a guess and which you might be wrong." - Do Dicionário "Collins Cobuild"
setembro 05, 2014
maio 25, 2014
Ainda R e a PNAD
Duas dicas para o trabalho com microdados usando o pacote em R criado pelo professor Anthony Damico e devidamente linkado no site do IBGE na página da pesquisa:
1) Para os usuários Mac, podem ocorrer problemas com a tradução de certas palavras na pesquisa quando os códigos são baixados direto do site do professor Damico. Este problema de "encoding" pode ser (ao menos parcialmente) resolvido acrescentando uma linha no começo do código principal:
options( encoding="LATIN-9" )
O professor Damico já tinha sugerido algo parecido em outras bases de dados, mas usar o mesmo "encoding" sugerido ("WINDOWS-1252") não funcionava para a pesquisa brasileira. Com o "LATIN-9", tudo funciona direito. Para que a "tradução" dos códigos para o Mac seja completa, é necessário também alterar os links quando os comandos "source_url" e "download" são chamados, substituindo espaços por "%20".
A propósito, o professor Damico é muito atencioso com o feedback que oferecem sobre o uso dos códigos e eventuais problemas: além de responder os e-mails com dúvidas muito rapidamente, ele tem um pequeno aplicativo com chat disponível no site que permite um contato mais eficiente quando ele está no ar.
2) A respeito do código da PNAD, um pequeno truque para os interessados na parte de rendimentos: para calcular o rendimento médio dos entrevistados, é necessário excluir os "NAs" das respostas ao questionário. Eu, neófito no trabalho com microdados, e ainda mais neófito no trabalho com o R, demorei para aprender que, nas opções do comando "svymean", existe uma chamada "na.rm=TRUE", que elimina os "NAs" da amostra ao calcular a média. O comando deve ser usado com cuidado: se for generalizado no código, todas as amostras que possuem algum valor inválido terão elementos descartados, o que nem sempre é apropriado.
Se você, leitor, já conhecia a opção do comando, desculpe, mas é o papo de criança que ganhou brinquedo novo, tem que dar um desconto.
Saudações!
1) Para os usuários Mac, podem ocorrer problemas com a tradução de certas palavras na pesquisa quando os códigos são baixados direto do site do professor Damico. Este problema de "encoding" pode ser (ao menos parcialmente) resolvido acrescentando uma linha no começo do código principal:
options( encoding="LATIN-9" )
O professor Damico já tinha sugerido algo parecido em outras bases de dados, mas usar o mesmo "encoding" sugerido ("WINDOWS-1252") não funcionava para a pesquisa brasileira. Com o "LATIN-9", tudo funciona direito. Para que a "tradução" dos códigos para o Mac seja completa, é necessário também alterar os links quando os comandos "source_url" e "download" são chamados, substituindo espaços por "%20".
A propósito, o professor Damico é muito atencioso com o feedback que oferecem sobre o uso dos códigos e eventuais problemas: além de responder os e-mails com dúvidas muito rapidamente, ele tem um pequeno aplicativo com chat disponível no site que permite um contato mais eficiente quando ele está no ar.
2) A respeito do código da PNAD, um pequeno truque para os interessados na parte de rendimentos: para calcular o rendimento médio dos entrevistados, é necessário excluir os "NAs" das respostas ao questionário. Eu, neófito no trabalho com microdados, e ainda mais neófito no trabalho com o R, demorei para aprender que, nas opções do comando "svymean", existe uma chamada "na.rm=TRUE", que elimina os "NAs" da amostra ao calcular a média. O comando deve ser usado com cuidado: se for generalizado no código, todas as amostras que possuem algum valor inválido terão elementos descartados, o que nem sempre é apropriado.
Se você, leitor, já conhecia a opção do comando, desculpe, mas é o papo de criança que ganhou brinquedo novo, tem que dar um desconto.
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maio 03, 2014
R: Elogio ao IBGE
Possivelmente o pessoal de microeconomia, desenvolvimento, entre outras áreas, já sabe do que vou falar por aqui, mas acho que vale o registro, de toda a forma. Estava precisando fazer algumas inferências com base na PNAD do IBGE e notei um pequeno link colocado bem embaixo da página da pesquisa, no próprio site do IBGE.
Achei interessante a idéia de manipular os microdados, isto ajudaria bastante na pesquisa que estou fazendo e resolvi tentar. O link leva para um blog com um repositório significativo de códigos em R desenvolvidos para operar com pesquisas populacionais do mundo inteiro, e as principais pesquisas na área do IBGE (PNAD, POF e PME) estão por lá, com códigos bastante simples para fazer o download, organizar os dados e extrair os elementos desejados. Os exemplos são muito intuitivos também, ensinando como trabalhar com totais da população, médias de outras variáveis associadas às observações de indivíduos, formação de subamostras categorizadas, entre outros.
Neste aspecto, também, colabora muito a qualidade dos microdados divulgados pelo IBGE: todos os dicionários, conceitos e definições estão disponíveis no site, deixando tudo mais fácil para operar. Outro ponto bacana é a variedade de códigos disponibilizada pelo IBGE: existe uma versão alternativa do programa, (se entendi bem) desenvolvida por técnicos da instituição, mas nem por isto a versão alternativa deixa de ganhar destaque no site.
Este bom trabalho da instituição me permite economizar tempo e possibilita uma análise mais apurada do que quero fazer. Em uma época tão tumultuada para os técnicos de lá, fica aqui registrado mais um elogio (já tinha feito em outra oportunidade) ao IBGE.
Saudações!
Achei interessante a idéia de manipular os microdados, isto ajudaria bastante na pesquisa que estou fazendo e resolvi tentar. O link leva para um blog com um repositório significativo de códigos em R desenvolvidos para operar com pesquisas populacionais do mundo inteiro, e as principais pesquisas na área do IBGE (PNAD, POF e PME) estão por lá, com códigos bastante simples para fazer o download, organizar os dados e extrair os elementos desejados. Os exemplos são muito intuitivos também, ensinando como trabalhar com totais da população, médias de outras variáveis associadas às observações de indivíduos, formação de subamostras categorizadas, entre outros.
Neste aspecto, também, colabora muito a qualidade dos microdados divulgados pelo IBGE: todos os dicionários, conceitos e definições estão disponíveis no site, deixando tudo mais fácil para operar. Outro ponto bacana é a variedade de códigos disponibilizada pelo IBGE: existe uma versão alternativa do programa, (se entendi bem) desenvolvida por técnicos da instituição, mas nem por isto a versão alternativa deixa de ganhar destaque no site.
Este bom trabalho da instituição me permite economizar tempo e possibilita uma análise mais apurada do que quero fazer. Em uma época tão tumultuada para os técnicos de lá, fica aqui registrado mais um elogio (já tinha feito em outra oportunidade) ao IBGE.
Saudações!
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fevereiro 28, 2014
Carnaval 2014
Hoje começa oficialmente o carnaval para mim, e o bloco já está na rua. Deliberadamente me aproprio de um ótimo nome que li no Twitter: faço parte, e sou o único membro do bloco “Acadêmicos de Milton Friedman”. Na verdade, para ser sincero, eu e meu amigo Johnny Andador fazemos parte do bloco. Johnny aparece de vez em quando, talvez por isto eu diga que sou o único membro.
O ritual carnavalesco começa falando com a esposa pela internet. Ela já longe de Brasília, dois dedinhos para cima, a-la-la-ô! Iniciação encerrada. O bloco terá diversos desfiles ao longo do feriado: filtros multivariados, finanças públicas, estimações não-lineares, economia computacional e, para variar, modelos DSGE. Todos se movendo de forma sincronizada: ao final, o jurado anuncia: “HARMONIA, NOTA 10!” A fantasia é única, para todo o feriado: calça cinza larga (aquela!!!) e camiseta de show do Sepultura (“ALEGORIAS E ADEREÇOS, NOTA DEZ!”).
O samba-enredo também é o mesmo, todo o ano: 2112, Rush. “We are the Priests of the Temples of Syrinx, our great computers filled the hollowed halls” (“BATERIA, NOTA DEZ!”). Variações: Pink Floyd, Stones, Bowie, Fito…
O folião se alimenta. Junk food, refrigerante, café, muito café para manter o ritmo. Uma pizza tamanho família a ser pedida amanhã, ainda não sei que sabor. Sei que vai terminar em gorgonzola: com o tempo da pizza fora da geladeira, a maturação do queijo é uma obrigação. Logo, a pizza começa um sabor qualquer, termina um sabor qualquer mais gorgonzola.
A festa não tem horários: apenas a evolução dos blocos determina a hora de dormir, a hora de acordar e a hora de comer (“EVOLUÇÅO, NOTA DEZ!”). O único horário: pegar minhas meninas no aeroporto, na terça-feira.
Bom carnaval, NOTA DEZ, para todos!
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