Quais são as consequências para a política monetária quando as famílias podem abrir contas dentro do país para receber moedas estrangeiras? Vicente Tuesta e Guillermo Felices, em 2007, já estudaram uma economia com este formato.
Um comentário para os não-iniciados neste tipo de modelo: apesar dos autores falarem explicitamente em dolarização da economia, o modelo que eles escrevem é muito mais geral do que este caso extremo (quando a demanda por moeda nacional é zero). Por isto, vale a leitura, com especial cuidado em relação aos gráficos 3 e 4.
Um abraço!
"Hazard - 1. A hazard is something which could be dangerous to you, your health or safety, or your plans of reputation. (...) 2. If you hazard or if you hazard a guess, you make a suggestion about something which is only a guess and which you might be wrong." - Do Dicionário "Collins Cobuild"
outubro 31, 2009
Política Monetária e Demanda por Moeda Estrangeira
outubro 28, 2009
Crise: Mais EMH
Muito boa a dica do Mankiw sobre o artigo de Jeremy Siegel no WSJ de hoje sobre a (falta de) relação entre a Efficient Market Theory (EMH) e a crise econômica. Para sintetizar, o fato do prêmio de risco estar muito baixo nos últimos anos não significava que o risco era inexistente — apenas que a probabilidade (mal avaliada) de algo dar errado era muito baixa. Como esta probabilidade (mal avaliada) se comporta como uma probabilidade, ainda existia a chance de algo dar errado. E deu.
Abraços!
outubro 27, 2009
Memórias de Guerra: Duke
Nesta sexta-feira, foi inaugurada ao lado da Chapel a ampliação* de uma placa homenageando os ex-alunos da universidade que faleceram em guerras ou em serviço desde a Guerra da Coréia. Uma pena que a cerimônia de inauguração foi feita sob chuva, mas de toda forma a oportunidade foi a melhor possível, pois o campus estava cheio por ser "parents weekend" (o final de semana em que programações especiais recebem os pais que vêm visitar os rebentos estudando em Durham).
A inauguração da placa mostra um aspecto muito próprio da relação do americano com o exército do seu país: pode-se concordar com a guerra, pode-se discordar da guerra, mas o respeito e a admiração do americano com quem está na linha de frente do campo de batalha é o maior possível. Quando vemos militares em trânsito no aeroporto (existe uma base militar aqui em NC), ou a passeio em cidades maiores, uma das cenas mais comuns são adultos, pais de família, parando os soldados para agradecer pelos seus serviços e pedindo para que posassem em fotos ao lado dos filhos.
A universidade, com a placa, dá a sua parcela na homenagem aos que morreram em combate, e mostra, mais uma vez, a admiração americana em relação ao seu exército.
Abraços!
(*) Já existia uma placa, homenageando os ex-alunos que faleceram na II Guerra Mundial, daí o termo "ampliação".
Pago Imposto, e Nunca me Achei Gente Fina
No Brasil, cada um escolhe o ladrão para ser assaltado: eu, por exemplo, sempre paguei meus impostos, já me senti (e me sinto) assaltado pelo retorno obtido, e sem ao menos ter a chance de passar por gente fina. Outros escolhem ser assaltados por tarifas e juros do cartão de crédito, e se iludem vendo-se como importantes. Talvez o envelope onde o cartão foi enviado era de um papel bonito, daqueles brilhantes.
Paciência.
Abraços!
outubro 24, 2009
Duke Football Update: 3-3
Coach Cutcliffe sintetiza bem a temporada de futebol dos Blue Devils, a grande surpresa da ACC este ano: "Lord have mercy!"
Abraços!
outubro 17, 2009
De "Morador" para "Criminoso" em um Helicóptero
Ônibus queimados no Rio de Janeiro não constitui nenhuma novidade em termos de noticiário. Entretanto, a capa da Folha Online de hoje me chamou a atenção pela mudança de linguagem. Observem:
O que está diferente? Comparem com a linguagem nesta notícia, de 2002. Mesmo que ônibus tenham sido queimados em ambos os casos, antes quem queimava ônibus era um "morador" da zona norte do Rio; agora, quem queima ônibus e derruba helicóptero da polícia é "criminoso". Qual a diferença entre os casos? O helicóptero da polícia, óbvio.
Com este procedimento, a Folha estabelece um limiar para a determinação do que é, efetivamente, um crime: derrubou helicóptero da polícia, é criminoso; "só" queimou ônibus, é morador fazendo protesto. Será o helicóptero efetivamente o limite? Se, além dos ônibus queimados, um carro da polícia fosse danificado também, os marginais seriam ainda chamados de "moradores", ou já seriam "criminosos"? E se fossem dois carros da polícia? Ou, se ao invés de um helicóptero, os marginais tivessem explodido um dos "caveirões" do BOPE, seriam ainda "criminosos" ou passariam a "moradores"? Quantos ônibus precisam ser queimados para um "morador" equivaler a um "criminoso", na terminologia da Folha Online? (Com certeza, mais do que sete, pela notícia de 2002...)
Sinceramente, não quero muitos exemplos para que a Folha possa testar as suas classificações de dicionário de jornalismo: ficaria bem contente se criminosos fossem chamados de "criminosos", e moradores fossem chamados de "moradores".
Abraços!
outubro 16, 2009
Mais Nobel
Para mostrar que não precisa ser mulher que escreve em O Globo, que não precisa aparecer no Bom Dia Brasil com cara de velório*, ou que não precisa conhecer os melhores economistas do país a ponto de chamá-los em entrevistas pelo primeiro nome, para escrever um texto competente sobre o prêmio Nobel de economia deste ano: Sandra Paulsen.
Abraços!
(*)Peguei pesado nesta, já que fazer jornalismo às 6 da manhã é ruim, ainda mais tendo que aparecer na tevê, não é fácil. Mas ela merece.
outubro 14, 2009
outubro 13, 2009
Nobel de Economia: Hein?
Gosto muito de churrasco. Por isto, comi pizza hoje à noite.
Não entendeu a frase? Ei, estou falando de comida. Ainda não entendeu? Então pergunte para Mírian Leitão. Ela conseguiu, de alguma forma, juntar umas frases (não, não é um texto) tratando da premiação do Nobel deste ano onde sugere, no título, alguma discriminação contra mulheres no prêmio de economia. Entretanto, no meio do amontoado de frases (ia escrever "corpo do texto"), não aparece uma única justificativa para o fato, uma análise sobre fontes da suposta discriminação, nada. É o exemplo claro do que já tinha escrito tempos atrás sobre a cobertura brasileira da premiação: se não tem o que falar a respeito, o silêncio torna-se sabedoria.
A propósito, parabéns para Oliver Williamson e Elinor Ostrom. Nunca tive a oportunidade/curiosidade de ler seus trabalhos, mas tenho certeza da relevância: Shikida e Monastério gostaram.
Abraços!
outubro 11, 2009
"Veja" Sobre Bebês
Sim, sim, o super-pai já leu a matéria de capa da Veja desta semana (14-10-2009). Boas e más notícias. Pela ordem:
1) Sim, nós já tratamos as cólicas da Bia com bolsas de água quente e massagens na barriga. Ela sofre um monte, mas já sabíamos que não temos muito o que fazer.
2) Bia só dorme de lado se tem alguém cuidando. No berço, só de barriga para cima.
3) Agora, a má notícia: "mamada guiada"???? Para a preservação da sanidade mental da Chris, será bom aumentar o estoque de leite materno na geladeira. Apetite deve ser genético, e Bia não deixa nada disponível para trás.
Agora, ela não parece mal, não?
Abraços!
outubro 06, 2009
Crise: Acerta Mais Quem Previu Antes
Nota interessante do Jesús Fernández-Villaverde sobre o paper de Hyun Song Shin, professor de Princeton, sobre regulação financeira e a sua relação com a crise econômica atual. E a conclusão evidente: com certeza, acertou mais sobre a crise quem falou sobre os problemas financeiros em 2001, e não em 2004 ou 2005. Ainda que, garanto, as falsas Cassandras do capitalismo TAMBÉM diziam, em 2001, que haveria uma crise, como também diziam em 2000, 1999, 1998. Não era esta crise que temos atualmente, mas alguma crise viria... Para estes, a crise é como a morte, a chuva, ou o Celso Roth treinando o Grêmio: pode demorar, mas é certo que, mais dia, menos dia, vai acontecer.
Mais um artigo para minha lista de leituras.
Abraços!
outubro 04, 2009
Rio 2016: Preview
Vinho importado, furões de festa, políticos aparecendo... a prior não é boa.
Meu bolso dói, e ainda faltam sete anos.
Abraços!