abril 20, 2011

A Música da Semana

Curioso que, na semana do show do U2, a música que ficou na minha cabeça foi a do clipe de abertura: Space Oddity, por David Bowie.

"This is ground control to major Tom, you've really made the grade
And the papers want to know whose shirts you wear
Now it's time to leave the capsule if you dare."




Abraços!

abril 18, 2011

Um Bom Ditado Popular

Sabe aquele ditado popular que afirma "de onde menos se espera é de onde não sai nada mesmo"? O ditado é tão bom que a sua negativa também se comprova, como neste texto do Paulo Springer no blog que fiz a propaganda abaixo, Brasil, Economia e Governo.

O resumo do post, ou um título alternativo: "Tudo o que você gostaria de saber sobre política monetária no Brasil, e tinha medo de perguntar".

De fato, de onde se espera muito é de onde sai coisa boa, com certeza!

Abraços!

abril 16, 2011

Dilúvio de Capitais

A discussão sobre controles de fluxos de capitais e a operação de política econômica em ambientes de excessiva entrada de capitais externos presente no Brasil me fizeram lembrar de um artigo já famoso, descrevendo os fatos estilizados sobre o comportamento da economia e, mais especificamente, da política econômica em tempos de abundância de recursos externos. Graciela L. Kaminsky, Carmen M. Reinhart e Carlos A. Vegh, em artigo publicado no NBER Macroeconomics de 2005 apresentam as características de 104 economias em termos de ciclos econômicos, política monetária e política fiscal quando uma "chuva de recursos externos" invade o país.

Os resultados são particularmente interessantes para descrever a situação atual da economia brasileira: uma economia emergente atingida por diversos choques positivos (crescimento dos termos de troca, redução das taxas de juros para empréstimos no exterior, alto crescimento das economias parceiras em termos de comércio) tem que lidar com uma entrada massiva de recursos externos. Neste cenário, a "chuva" de recursos costuma gerar inundações: de acordo com os autores, diante da entrada de capitais externos, a política econômica de países emergentes possui caráter claramente pró-cíclico.

O abstract do texto, neste sentido, é bastante claro sobre os resultados da análise:

"Based on a sample of 104 countries, we document four key stylized facts regarding the interaction between capital flows, fiscal policy, and monetary policy. First, net capital inflows are procyclical (i.e., external borrowing increases in good times and falls in bad times) in most OECD and developing countries. Second, fiscal policy is procyclical (i.e., government spending increases in good times and falls in bad times) for the majority of developing countries. Third, for emerging markets, monetary policy appears to be procyclical (i.e., policy rates are lowered in good times and raised in bad times). Fourth, in developing countries - and particularly for emerging markets - periods of capital inflows are associated with expansionary macroeconomic policies and periods of capital outflows with contractionary macroeconomic policies. In such countries, therefore, when it rains, it does indeed pour."

O fato mais curioso dos resultados é o comportamento da política econômica nos tempos de entradas de capital: é surpreendente, e uma pauta de pesquisa ativa na academia, o fato de tanto a política fiscal quanto a monetária serem expansivas com a entrada de recursos externos, dado que, em tese, o ótimo para a população seria alguma forma de "alisamento" do consumo ao longo do tempo ("consumption smoothing"). Em outras palavras, a política econômica deveria buscar a redução da volatilidade dos ciclos econômicos, de tal forma que os gastos dos agentes fossem mantidos em níveis próximos tanto em períodos de recessão quanto de prosperidade.

Vale a leitura.

Abraços!

abril 06, 2011

A Pleno Vapor

O computador não reduz o ritmo: 94% de uso dos processadores na tarefa atual. Tudo facilitado pela programação em MPI para fazer multi-threading.



Abraços!

abril 03, 2011

Bolha Imobiliária em Brasília?

O preços dos imóveis cresceu bastante no Brasil nos últimos anos, levando alguns burburinhos sobre a existência de uma "bolha" no preço destes ativos. Uma evidência meio boba sobre a possibilidade de uma bolha: propaganda de novos conjuntos habitacionais em venda em Brasília, distribuídas na porta do Banco Central, falava que o prédio era ótimo, cheio de atrativos, e que era "bom até para morar".

Mesmo? "Bom até para morar"?! Se você não compra imóveis para morar, está comprando para quê?

Abraços!