dezembro 31, 2006

Do Ano

Passou mais um ano...

Um ano de mais surpresas que rotinas.

Um ano de mais avanços que retrocessos.

Um ano de mais novidades, ainda que algumas velhacarias tenham nos assombrado.

Um ano de mais desafios que comodidades.

Um ano de mais vitórias que de derrotas.

Um ano de mais mudanças que de continuidade.

Um ano de mais dinâmica, onde ficar estático poderia ser fatal.

Um ano de mais gritos, ainda que o silêncio pudesse falar muito.

Um ano de mais gente nova, mesmo com a eterna presença de quem já conhecíamos.

Um ano demais!

Que 2007 guarde a todos as mesmas emoções que o último ano nos reservou, e que as tritezas e amarguras sejam apenas um ponto perdido no passado!

Abraço a todos, e feliz 2007!

dezembro 28, 2006

Declaração

Eu, Angelo Marsiglia Fasolo, funcionário do Banco Central do Brasil, SOU CONTRA A INDICAÇÃO DE NOMES PETISTAS PARA O BC!!! Infelizmente, no Brasil, "quadros partidários" não equivalem a "quadros competentes" para funções técnicas. Vide ANAC.

Abraços!

P.S.: E depois ainda me perguntam por que eu não faço parte de sindicatos do Banco. Humpf!

dezembro 27, 2006

O Esporte É Fantasia, Mas o Dinheiro...

Quantas vezes na vida você já se imaginou dirigindo o próprio time de futebol, comprando e vendendo jogadores no início da temporada e tirando sarro dos outros donos de times à medida que a temporada avança. Em alguns casos, garanto, existiriam times que nunca teriam ido para a segunda divisão... Pois bem, além dos jogos para computador onde é possível montar o próprio time, a grande febre aqui nos Estados Unidos é esta aqui. A receita básica da diversão é a seguinte:

1) junte um grupo de amigos.

2) façam o cadastro em algum website que organize as ligas (alguns dos mais conhecidos são este, este e este).

3) escolham as regras da liga. Deve ser selecionado um presidente da liga, responsável pela organização do torneio e cadastro dos participantes. É possível escolher, também, quais as estatísticas relevantes para avaliação dos jogadores (pontos marcados, erros cometidos, minutos jogados, por exemplo).

4) marquem a data para o draft, onde a seleção inicial dos jogadores é feita de acordo com as regras das ligas reais. No caso, é possível contar com a sorte, e deixar o site organizador escolher os jogadores a partir de um ranking prévio que você tenha montado, ou acompanhar passo a passo a seleção de jogadores, escolhendo a cada rodada o seu preferido.

5) torcer para que os jogadores que formam o seu time tenham bom desempenho nos jogos.

A "brincadeira" tomou proporções tão sérias que já existe a Associação das Indústrias de Fantasy Sports e a Associação dos Jornalistas de Fantasy Sports. Tudo isto porque já se falam em valores na casa de alguns bilhões de dólares movimentados com o negócio. Para sinalizar por onde anda o dinheiro, basta dizer que empresas de telecomunicações estão faturando com o envio de torpedos para os celulares dos "donos de times" com as notícias mais recentes a respeito dos principais jogadores das ligas.

Se eu estou jogando? Faço parte da liga de fantasy basketball dos alunos do primeiro ano do doutorado da economia de Duke. São oito colegas, cada um com o seu time, se divertindo com os resultados dos confrontos entre os times virtuais e tirando sarro dos desempenhos vexatórios dos outros. Meu time está em segundo lugar na liga, e conta com jogadores como Dwyane Wade, Michael Redd, Pau Gasol e Ben Wallace, sendo que o maior destaque (quase uma surpresa no campeonato) é o brasileiro Leandrinho, que joga no Phoenix Suns, e que me garante, atualmente, 16 pontos, 4 assistências e 3 rebotes por jogo!

Abraços!

O Hábito é que Faz o Monge

O assunto é chato, sei que a notícia não vai resultar em coisa alguma, nem para as empresas, nem para o Governo, mas ainda assim quero chamar a atenção para um detalhe que passa em branco, neste instante, pelos nossos amigos, colegas de serviço público, do Ministério da Defesa. Esta história de proibir o chamado overbooking – venda de algumas passagens aéreas a mais para um determinado vôo – não passa de uma grande bobagem que, se levada a extremos, pode resultar em prejuízos para um setor que já é deficitário como a aviação comercial.

Por que eu acho que esta proibição do governo não vai resultar em nada nesta área? Porque esta medida, no longo prazo, vai resultar em aumento de custos para os usuários frequentes de aviões, e isto não costuma ser muito tolerado pela "turma do andar de cima", como diz o Élio Gaspari. Imagine, por exemplo, que uma pessoa muito ocupada, como o nosso Ministro da Defesa, esteja em São Paulo e queira retornar à Brasília no mesmo dia. Seus assessores, para agilizar o transporte do chefe, irão reservar passagens para o Ministro retornar à Brasília em todos os vôos disponíveis para a cidade naquele dia. Uma vez definido em qual vôo o patrão retorna, remarcam-se as demais passagens para outros trechos previstos na agenda do ocupado Ministro. Esta é a rotina de secretárias de executivos de altos escalões tanto do governo quanto da iniciativa privada.

Qual é a reação atual da empresa aérea ao constatar que o Ministro, por mais ocupado que seja, não é onipresente como o Criador a ponto de estar em TODOS os vôos São Paulo-Brasília naquele dia? Viaja com a certeza de que, em todos os vôos para Brasília, exceto um, ela terá sempre uma poltrona vazia? Não! A empresa vende uma passagem a mais para todos os vôos, e indeniza um passageiro do vôo em que o Ministro se fizer presente. O overbooking representa, justamente, um seguro que a empresa faz contra este (péssimo) hábito dos grandes usuários do tráfego aéreo: ao invés de repassar o custo de assentos vazios em uma aeronave para o preço médio das passagens, corre-se o risco de oferecer algum reembolso para o excesso de passageiros em um determinado vôo. Um "seguro" para correr "riscos" parece um contra-senso, mas, na verdade, é a lógica de mercado reagindo aos padrões dos consumidores (ver também aqui).

Qual será a reação da empresa proibida de fazer overbooking? Entre as possíveis, ela poderá não aceitar mais a remarcação das passagens para outros horários e destinos – para que remarcar a passagem de alguém que não aparecerá de novo? A tendência passa a ser a criação (formal ou informal) de uma "lista negra", onde os passageiros "furões", ao comprar a sua passagem, pagarão um ágio pela possibilidade de não aparecerem no vôo (lembram das aulas de microeconomia, sobre discriminação de preços em empresas com poder de mercado?). No limite, a empresa aérea pode simplesmente se recusar a vender as passagens para o nosso ocupado Ministro.

Se nenhum tipo de discriminação de preços for permitida? Bom, aí sobra, naturalmente, para o consumidor pagar a conta - neste caso, alguém do "andar de cima" -, ou as empresas aéreas arcarem com os custos destes lugares vazios. Como as empresas não podem se dar ao luxo de perder passageiros, sobrará a solução de aumentos lineares nos preços das passagens. Ou seja, o tiro saindo pela culatra, pelo hábito dos nosso monges (inclusive) da Defesa.

Abraços!

dezembro 23, 2006

Feliz Natal

Fiz um esforço aqui para ver se tinha alguma lembrança de Natal guardada, que fosse realmente importante para mim, mas não encontrei. Posso dizer que sempre gostei mais das festividades de Ano Novo, por representarem uma idéia de reinício, recomeço, de revisão do que passou e da expectativa do que está por vir. Mas, do Natal, não tenho muitas recordações.

De toda forma, aproveitem! Toda a pausa junto à família é um momento a ser aproveitado. Um Feliz Natal para os quatro leitores do blog!

Abraços!

Música para Ouvir no Trabalho

Já ouvi sobre todos os macetes possíveis e imagináveis para obter o máximo rendimento nos estudos: há quem exija o silêncio absoluto; tem aqueles que estudam melhor deitados em uma cama; também existe quem precise de algum objeto para extravazar o nervosismo. Eu também tenho os meus macetes , mas quero discutir um em especial. Não gosto de estudar em completo silêncio (me dá sono), mas também não posso ouvir conversas ao meu redor (acabo distraindo com facilidade). A minha solução: ouvir música.

Lógico que algumas pré-condições são necessárias para a fórmula funcionar: não é qualquer volume o ideal, como também não é qualquer música que serve. Sobre o volume, para os interessados, cabe a experiência: existe uma espécie de "volume ótimo", em que a pessoa tem certeza absoluta que a música está sendo tocada, pois o som ambiente está abafado, mas em que a música não tire a atenção do objeto central de estudo. Assim, fica estabelecido um mínimo e um máximo para o volume.

O objetivo, aqui, é discutir o que eu ouço ao estudar. Vou citar tanto o que funciona como o que não funciona. Já tinha prometido este post a algum tempo para um dos quatro leitores do blog, e ao saber do tema ele me jurou de morte caso alguns nomes aparecessem por aqui. Vou correr o risco. Segue a seguir uma lista de discos, músicas e artistas que costumam frequentar a minha lista de favoritos, e os seus resultados sobre os meus estudos.

1) Pearl Jam: os discos mais novos não funcionam muito, mas curiosamente as guitarras distorcidas em Ten, o álbum de lançamento, não prejudicam a concentração. É um álbum que flui tranquilamente, e os vocais de Eddie Vedder, muitas vezes amargurados, funcionam para evitar dispersões desnecessárias na leitura.

2) R.E.M.: muito cuidado aqui!!! As baladas dos discos Out of Time e Automatic for the People são excelentes pedidas. Entretanto, evite músicas como Everybody Hurts no meio da leitura do capítulo 4 do Stockey e Lucas, ou do capítulo 1 do Mas-Colell: a vontade de largar tudo e ficar se achando um inútil tende a ser incontrolável.

3) Sepultura: não funciona para estudo. Já tentei o Chaos A.D. e o B-Sides. Poucos momentos de concentração efetiva ouvindo Kaiowas. Entretanto, são excelentes soluções para provas pela manhã, em que a mente ainda está adormecida, e torna-se necessário fazer o cérebro funcionar "no tranco" (ainda que, para esta última função, Helmet, com o disco Meantime, seja imbatível).

4) Simon & Garfunkel: passe longe disto!!! Músicas como Mrs. Robinson podem dar um barato momentâneo, mas é depressivo demais para boa concentração! Sounds of Silence geram efeitos parecidos com Everybody Hurts, citado acima.

5) Pink Floyd: não é todo o álbum que funciona. The Wall, apesar de excelentes momentos para obter foco em Comfortably Numb, é ruim no geral, muito em função dos gritos agonizados ao fundo, que tiram a atenção. Todavia, Wish You Were Here é ótimo! Ainda em Pink Floyd, merece um capítulo à parte...

6) The Dark Side of the Moon: talvez este seja o melhor disco para ser ouvido durante leituras de artigos e capítulos de livros!!! A abertura, com Speak to Me/Breath parece seguir a mesma lógica de artigos científicos, com uma introdução definida, metódica, gritos com hora marcada para acabar, seguida de melodia em ritmo quase grudento. The Great Gig in the Sky mantém o foco, como o desenvolvimento de um tópico importante. Brain Damage e Eclipse fazem um fechamento perfeito, como em capítulos em que você chega na conclusão contente por ter efetivamente aprendido algo. Também é a hora da revelação, em que as idéias do texto se conectam, as proposições fazem sentido, o todo aparece na plenitude. Excelente pedida!!!

7) Jorge Ben: sim senhores! Funciona! Mas apenas um disco: o acústico da MTV, com muitas músicas com sopros reduzidos, mais melodias, menos improvisações. O mestre do suingue brazuca manda sua bronca na leitura acadêmica.

8) Fito Paez: os hermanos se fazem presentes, com o grande disco Euforia. Uma releitura acústica dos sucessos do melhor dos portenhos, com letras maravilhosas. Combinam perfeitamente com a resolução de listas de exercícios.

9) Eric Clapton: não é todo o disco que funciona! A coletânea The Cream of Clapton é uma boa pedida, mas discos como From the Cradle e Reptile, que revelam o lado mais blues do guitarrista, devem ser evitados.

10) Rush, Led Zeppelin, The Who: infelizmente, nenhum destes funcionam, apesar de músicas interessantíssimas para um início de capítulo, ou para entender algumas anotações de aulas. Ainda que abafem bem o som externo e sejam excelentes por definição, músicas como Natural Science, Gallows Pole e Baba O'Reilly não se sustentam em uma tarde de estudos.

Esta é uma amostra do que passa nos meus ouvidos enquanto tento colocar conteúdo na cabeça. Cabe lembrar, mais uma vez: cada um possui o seu método preferido de estudo. Se você não consegue estudar com barulho, não será seguindo as minhas dicas musicais que os estudos irão começar a render alguma coisa.

Abraços!

dezembro 22, 2006

Caos nos Aeroportos

Quem foi que disse que em aeroporto de primero mundo não tem atraso nos vôos? Estamos ficando exatamente iguais a Londres, ou a Denver. Só faltam a neblina e a nevasca de cada uma das cidades para as causas serem iguais!!!

Um abraço!

Adaptando...

... o blog às mudanças do Blogger! Alguns detalhes de lay-out se perderam, mas muita coisa melhorou. Vou corrigindo aos poucos.

Abraços!

dezembro 21, 2006

dezembro 20, 2006

Discursando Sobre Economia

"Did you ever think that making a speech on economics is a lot like pissing down your leg? It seems hot to you, but it never does to anyone else."

Do presidente americano Lyndon B. Johnson para o economista John Kenneth Galbraith.

Azar, vocês vão continuar lendo sobre isto por aqui. Mas que a frase é boa, é!!!

Abraços!

dezembro 19, 2006

Política de Ponto de Ônibus

Dias de compras para a casa, em função da nova moradora (para que mais uma vassoura? Não discuto, deixo a piloto dizer) e da falta de comida por causa da preparação para os exames de final de ano. Ponto de ônibus, retorno para casa do Wal-Mart. Eu, Chris, e uma garota com uma sacola pequena da "Whole Foods" pendurada no seu celular Nokia. Diálogo:

[Garota com sacola da "Whole Foods"] — De onde vocês são?

[Chris] — Brasil.

[Garota com sacola da "Whole Foods"] — Você sabe para onde vai o dinheiro que você gastou no Wal-Mart?

[Chris] — Eu acho que sei, mas...

[Garota com sacola da "Whole Foods", para uma outra garota que tinha chegado naquele instante] — Pois é, porque o Wal-Mart... (e segue um discurso que eu não entendi, porque estava querendo saber a que horas o ônibus iria passar, e me interessava mais chegar em casa de uma vez. De acordo com a Chris, algum papo tipo "Wal-Mart explorador de países pobres e oprimidos, que coloca o trabalhadores em regime de trabalho escravo, yada-yada-yada...").

O diálogo não foi bom. Acho que deveríamos ter sido mais objetivos na resposta, até para evitar o discurso infame em parada de ônibus. Assim, levantamos algumas alternativas para respostas que a Christiane deveria ter dado à garota sobre "para onde vai o dinheiro que você gasta no Wal-Mart":

— Você sabe para onde vai o dinheiro que você gastou no Wal-Mart?

1) — De volta para o meu bolso: tenho algumas ações da Wal-Mart na minha carteira de aplicações. Logo, estou apenas recolhendo parte dos meus dividendos.

2) — Para o mesmo lugar onde foi o dinheiro que você gastou no seu celular Nokia de último tipo.

3) — Sinceramente, espero que vá para algum lugar que produza alguma comida com gosto, ao invés desta alfafa integral que você está carregando na sacola.

4) — Estou investindo no meu país: com este dinheiro, o Wal-Mart abre mais filiais no Brasil, gerando empregos por lá. Quem sabe, se eu gastar muito, as sacolas de plástico de lá acabem sendo tão boas e resistentes quanto as daqui.

5) — Eu bem que falei para o Angelo que não era certo comprarmos no Wal-Mart: bom mesmo seria escravizarmos os chineses que moram no nosso condomínio, pagando mixarias para eles produzirem bugigangas que nos abasteceriam, e ainda sobraria um troco para tomar uma cerveja no final de semana!

6) — Para onde vai o dinheiro que eu gasto, não sei. Mas sei que vou fazer com o dinheiro que eu economizei comprando aqui. E não é torrar tudo na produção da sua alfafa integral.

7) — A senhora já ouviu falar de Barbacena? Pois é, eu tenho um primo que mora por lá que vende verduras para o Wal-Mart. O dinheiro vai para ele. É a forma que eu tenho de mandar grana para o Brasil sem passar pela fiscalização do Banco Central.

8) — Tomara que não vá para a "Whole Foods": assim ela pára de vender a alfafa integral que você está carregando na sacola.

9) — Eu comprei no Wal-Mart???? Que coisa!!! Achei a cara do lugar tão parecida com a padaria que eu tinha na esquina de onde eu morava no Brasil...

10) — Vai para o cofrinho em formato de porquinho que o dono do Wal-Mart tem em casa, ora bolas!

11) — Não me interessa para onde vai o dinheiro: quem pagou a conta foi o meu marido!

Abraços!

dezembro 17, 2006

dezembro 07, 2006

Te Cuida, Ben Wallace!

Tô chegando lá!!!

Presentes

A todos os que mandaram presentes antecipados de aniversário e Natal, através do pacote do correio que a Christiane postou, meus sinceros e comovidos agradecimentos. Todavia, infelizmente, ainda não abri nenhum dos pacotes que chegaram: quero fazer isto com calma, no dia 17 mesmo, para poder curtir direito cada uma das lembranças (o horário em que esta mensagem foi postada deve dizer um pouco da correria por aqui). Mas fica o registro que tudo chegou direitinho aqui.

Abraços a todos!

dezembro 05, 2006

Campanha!!!

Colega economista,

Uma nova campanha está no ar, depois do estrondoso sucesso da anterior. Para você, colega economista:

- Que começa a sonhar com as festas que podem ser feitas no encontro da ANPEC/SBE a partir do momento em que o local é anunciado (os últimos encontros foram em Natal, 2005, João Pessoa, 2004, Porto Seguro, 2003, e o deste ano é em Salvador).

- Que pega aquelas suas notas de aula que gastou um tempo organizando, ou aquela monografia que ficou perdida em uma gaveta, olha para elas com carinho e se abraça em um dicionário de inglês, acreditando que "papers" são mais aceitos que "artigos".

- Que passa horas na frente do computador até altas horas da madrugada perto do prazo limite de submissão dos arquivos para a ANPEC, porque a maldita vírgula faz com que o artigo fique com 21 páginas, ao invés das 20 permitidas pela organização.

- Que fica olhando as listas de pareceristas do encontro, e pensando se o seu paper sobre história do pensamento econômico não poderia ser submetido na área de finanças, já que o cara é seu amigo, e pode lembrar que você escreveu alguma coisa na área.

- Que briga com a mulher dos Correios para postar o envelope com as cópias dos artigos com a data do dia anterior, ao invés da data correta, já que era um prazo que você não poderia perder de jeito nenhum.

- Que começa a rezar todo o dia para o seu santo, jurando que, se o "paper" for aceito, no ano que vem você vai gastar um tempo para escrever algum material novo.

- Que liga, depois da aprovação, para todos os amigos, tanto os que tiveram trabalhos aceitos (para marcar as festas), quanto para os que foram rejeitados (para receber os parabéns e dizer que as bancas são umas porcarias, mesmo, e que nada presta neste evento, que o trabalho do cara dizendo que o seu fluxo de caixa é um bom indicador da saúde dentária é muito bom).

- Que reserva as passagens, faz as malas, separa o principal (calção, bronzeador, máquina fotográfica, chinelos) e até algumas coisas desnecessárias (a apresentação e uma cópia com anotações do "paper").

- Que chegou no aeroporto hoje, 5 de dezembro de 2006, pronto para fazer a festa em Salvador, E TEVE O SEU VÔO CANCELADO PELA ANAC!!!!

Meu amigo economista, deixo aqui o espaço para a sua manifestação: faça aqui o seu desabafo!!! Escreva, e eu estarei aqui para oferecer toda a solidariedade neste momento difícil! O espaço é seu, amigo economista!

Abraço, e muita força nesta hora!!!

P.S.: se você ainda estiver constrangido para escrever, veja aqui e aqui a ficha dos "especialistas na área" que cancelaram o seu vôo hoje (detalhe para o prêmio que o segundo recebeu), e depois sinta-se livre para desabafar.

Alô ANAC...

... pedido de socorro: minha esposa tem que chegar, pô!!! Não vai mostrar todas as tuas cagadas agora – aparelhos falhos, falta de funcionários, problemas no treinamento das novas turmas, presidente que não é técnico da área –, impedindo que ela chegue, que tá cheio de roupa aqui para ela lavar, casa prá limpar, panela engordurada... A propósito, senhor presidente da ANAC, ela não está vindo para cá a passeio. Logo, ou arruma esta bronca, ou pede o boné e vai cuidar de agência de turismo!

Abraços!

P.S.: brincadeira, viu, Kiki?

dezembro 04, 2006

Registro

Só para dizer que, na minha opinião, ainda que o calendário oficial diga o contrário, o inverno chegou: são 19:22hs e neste instante faz -1ºC lá fora.

Abraços!

dezembro 02, 2006

Led Zeppelin, O Bonde do Tigrão e o Regime de Metas no Brasil

Uma das grandes vantagens do regime de metas de inflação é estabelecer uma aplicação direta do chamado "Axioma da Preferência Revelada". O axioma, com este nome horroroso, diz basicamente o seguinte: se você pode fazer uma escolha entre A e B, e escolhe A, então ou você gosta mais de A do que de B, ou você não pode comprar B. Por exemplo, digamos que você tenha alguma grana guardada no final do mês e resolve comprar um CD. No mercado, existem três tipos de CD's: o box com três CD’s do Led Zeppelin “How the West Was Won”, que custa quase R$ 90,00; o disco “Reptile” do Eric Clapton, por R$ 18,00 (boa música garantida); ou o último CD do Bonde do Tigrão, vendido no camelô da esquina (versão pirata) por R$ 2,00. Se você tiver R$ 20,00 no bolso, eu espero (mais do que isto, torço!) que você compre o CD do Eric Clapton, porque: 1) o disco do Led Zeppelin é caro; e 2) você não gosta do Bonde do Tigrão. (Estou propositalmente excluindo possibilidades como "o CD do Led Zeppelin vendido no camelô por R$ 10,00, ok?)

Voltando para a discussão sobre o regime de metas de inflação, o debate na imprensa deveria dar um passo adiante, através de considerações baseadas na lógica acima. Por exemplo, em 2005, o sindicalista Luiz Marinho chegou a pedir a cabeça dos diretores do BC por causa de um aumento de juros. Em 2005, a inflação fechou acima da meta estipulada pelo governo. Logo, na lógica do sistema de metas de inflação, o BC, na prática, teria errado ao não usar juros mais altos para enquadrar a inflação na meta. Agora, em 2006, o Ministro do Trabalho diz que o resultado do PIB faz parte das “conseqüências de uma política monetária conservadora”, ainda mais porque as projeções apontam para uma inflação de 2006 abaixo da meta – ou seja, o BC deveria ter baixado mais rapidamente os juros.

A lógica do Ministro para 2006, a posteriori, está correta já que o BC pode, no máximo, estimar o comportamento atual da economia quando fez a decisão de juros – ou seja, culpa de quem errou a projeção (eu??? hahahah). Entretanto, e aí dando um passo adiante, poderíamos aplicar o “Axioma” para chegar a duas conclusões possíveis a respeito do atual Ministro do Trabalho: 1) ou ele não entende nada de política econômica, pois não vê que o BC não tem como atingir no curto prazo a combinação “maior crescimento + inflação baixa” (ou seja, o box do Led Zeppelin); ou, 2) ele gosta de inflação (ou seja, o CD pirata do Bonde do Tigrão), já que, para qualquer relação entre a taxa de inflação e a meta estipulada pelo governo, o ex-sindicalista vai sempre preferir juros mais baixos.

Evidências sobre a hipótese número 1 do comportamento do Ministro do Trabalho podem ser encontradas em vários lugares: todo o dia aparece alguém na imprensa usando o BC como bode expiatório, ainda que a escolha da meta de inflação seja atribuição exclusiva do governo. O CMN, ao escolher a meta, conta com dois votos do “governo”, contra um do BC, assumindo-se que o BC seja parte efetivamente independente do resto do governo. Ou seja, no regime de metas, quem escolhe a meta, em última instância, é o governo, e o BC que a execute. Querer o CD do Led Zeppelin (mais crescimento com inflação baixa), todos querem, mas o BC só pode cuidar de um pedaço do problema.

A respeito da hipótese número 2, eu também não duvido da sua comprovação. Vale lembrar que os sindicatos, no Brasil, ganharam muita força justamente na época de inflação elevada, onde as categorias organizadas conseguiam garantir aumentos muito mais expressivos em relação aos setores não-sindicalizados. Sem a ilusão gerada pela inflação alta, os aumentos salariais ficam restritos ao que for possível, e isto diminui muito o poder de barganha dos nossos “companheiros”.

Se o Ministro acha que os juros estão muito altos, que faça direito o seu trabalho, ou que arque as conseqüências e venha a público dizer que acha que “um pouco mais de inflação não faz mal ao país”. Vale o mesmo para outros ministros, sindicalistas ou pseudo-empresários. Esta é a preferência, a escolha, que o sistema de metas traz à tona, e que poderia ser melhor explorada pela imprensa. Outro dia, o Reinaldo Azevedo, no seu blog, estava perguntando onde é que estavam as pessoas que gostam de mais inflação, que o presidente do BC ficava apontando. Consegui deixar um rascunho de resposta?

Abraços!

novembro 30, 2006

Ode à Convergência

Modelo no papel, idéia na cabeça, estou na frente do computador. Matrizes, filiais do inferno, inverte, transpõe todos os limites. Tudo certo, aperto o play. Erro, não converge. Convergência, na Wikipedia, “medida pela qual determinado método iterativo se aproxima do seu resultado.” Leio outra: “propriedade de um feixe de radiação ou de partículas em que os raios ou as trajetórias se dirigem para um mesmo ponto.” Sim, o lunático está na minha cabeça. Ergo a minha lâmina, faço as minhas mudanças. Play, de novo: não converge. Mudo os parâmetros, as matrizes se invertem de novo. Tudo o que eu crio, tudo o que eu destruo está no papel, no programa. Convergência? Não. O maluco está na minha cabeça: “You gotta smash your head in the wall until the answer appears in front of you”. O italiano maldito está certo. Mais café. Outra tentativa. O computador pára. Ei, tem alguém aí dentro? Faça algum aceno se estiver me ouvindo... Sem resposta, desligo tudo. A água ferveu, a cabeça ferve. Maldito Ramsey: se ele tivesse o Matlab na época dele, teria lido as mesmas mensagens de erro! Não, não reconheça a derrota sem uma luta. Não vou trocar meus heróis por fantasmas. Sigo em frente, mais café. O feixe de radiação passa raspando pela minha cabeça. Eu sou jovem, a vida é longa, mas eu não tenho tempo para perder hoje. Outro ajuste, mais um raio que passa perto, a resposta é diferente. Convergiu? Não sei. Mas também não apareceu a mensagem de erro. Testes. As nuvens fazem barulhos, trovões em meus ouvidos. Eu grito, mas ninguém parece me ouvir. Convergência, o nirvana. Todos no seu lugar, no mesmo ponto, coordenados. Cheguei no lado escuro da lua.

Este texto foi escrito logo após terminar uma lista de exercícios de macroeconomia. Estava ouvindo Pink Floyd, como as referências devem deixar claro.

Abraços!

Síntese

Exigo a me non ut optimis par sim, sed ut malis melior. by Seneca.

Abraços!

novembro 29, 2006

Duke at Duke

Sim, senhores!!! E a profecia se fez como o previsto! Dia 28 de novembro de 2006 foi a data em que coloquei os pés no ginásio da Universidade para assistir a um jogo de basquete. E que jogo!!! Duke vs. Indiana, transmissão em rede nacional, casa cheia! E eu estava lá!!! Na foto abaixo, os três bravos que encararam a fila para entrar: Hector, Matt e o Primo It.

Ginásio pequeno (9000 lugares), bafo na nuca do banco do time adversário, no juiz, placar central fazendo as recepções da casa. Go, Duke! Go! Go! Go, Duke! Go! Go!

Obviamente, Coach K estava por lá, fazendo o seu trabalho, ao som da charanga local, executando, entre outras, Creedence só com instrumentos de sopro.


Como não poderia deixar de ser, no teto do ginásio, o tributo aos antigos jogadores. Quem acompanha um pouco de basquete na NBA vai rapidamente associar alguns nomes: Grant Hill, número 33, atualmente no Orlando Magic; Christian Laettner, único universitário a fazer parte do Dream Team número 1 (aquele com Michael Jordan, Magic Johnson, Larry Bird, entre outros); Shane Battier, pivô do Houston Rockets.

Por fim, é claro, o jogo!!! E não fui pé-frio: 54 a 51, sendo que Indiana teve três oportunidades para empatar o jogo e errou os três arremessos. No fim, muita diversão, e a certeza do dever cumprido!

Abraços a todos!

novembro 28, 2006

Surpresa, surpresa!

Momentos de alta tensão e expectativa: uma chance única apareceu nesta noite, 21hs no horário daqui. Relatos a seguir! Aguardem!!! Fight, fight, fight!!!

Abraço!

novembro 24, 2006

Futebol Americano

Eu falei que a programação para o feriado ia ser um pouco mais agitada. Taí: jogo de futebol americano, reunindo professores, alunos, muita lama, sujeira... Resultado do jogo: o time dos professores nos deu uma paulada, sobraram algumas escoriações leves, um dedo inchado depois de tentar uma grande recepção e a mente completamente descansada.

Um abraço!

novembro 23, 2006

Thanksgiving Lunch

Conforme prometido, aqui segue a primeira parte da programação de feriado: John (o primeiro à esquerda na foto abaixo) me convidou para o almoço de Ação de Graças na casa dele. Eu, Vladi (búlgaro) e Andrii (ucraniano) éramos os estrangeiros da festa.

Todas as devidas tradições foram seguidas na festa: um brinde com vinho, seguido de um pensamento sobre pelo que estamos agradecendo no ano que passou. No cardápio, peru com bastante molho, purê de batata comum e batata doce e vagem cozida. Na foto abaixo, toda a mesa reunida.

Para a sobremesa, uma variedade de tortas: torta de abóbora tradicional, abóbora com creamcheese, nozes, limão e cranberries. Após a sobremesa, passamos a tarde conversando. Bom papo, boa companhia, excelente festa.

Para o resto do final de semana, mais algumas atividades estão programadas, mas vou manter o suspense por aqui, ao menos mais um pouco. Prometo, assim como fiz da última vez, à medida que os eventos forem se sucedendo, mais fotos no blog.

Um abraço!

novembro 22, 2006

Início de Feriado

Bom, como vocês podem notar, dois posts escritos no mesmo dia, é sinal de que as coisas estão um pouco mais calmas por aqui. Não exatamente, neste caso. A liberdade que estou tendo para escrever agora deve-se mais ao feriado que começou hoje, o Thanksgiving. O feriado na faculdade começou hoje, e vai até o domingo.

Para os economistas, uma nota interessante que eu encontrei sobre o Thanksgiving deve-se à sexta-feira que fica exatamente no meio do feriado: esta é conhecida por "Black Friday". Quando vi o nome, logo associei a alguma tragédia ou coisa do gênero. Muito pelo contrário. A sexta-feira no meio do feriadão deve-se ao início da temporada de compras de final de ano nos Estados Unidos. As duas versões que encontrei para o uso desta expressão deve-se exatamente a isto: uma hipótese para a origem do nome é a sexta-feira registrar o primeiro dia do ano em que alguns lojistas registram seus resultados contábeis com tinta preta (lucro), ao invés da tinta vermelha (prejuízo); a segunda história diz que a sexta-feira é negra justamente pelo inferno que os shopping centers se transformam, com gente querendo aproveitar as liquidações.

A programação para este feriado promete ser interessante (sem compras!!!). Vou atualizando o blog à medida que os eventos forem acontecendo.

Um abraço!

Registros

Acho que faz um tempo que não escrevo sobre as evoluções da casa. Vamos a elas:

1) Em razão da expectativa quanto à futura moradora do local, tive que providenciar um kit básico de recepção: pequena decoração de Natal, com um Papai Noel e duas meias para receber os presentes; tapete para a entrada da casa; um cabide para as roupas não ficarem jogadas pelo quarto; um cesto para colocar a roupa suja; adoçante (para ela, lógico).

2) Sobre alimentação, pouca coisa mudou. O conjunto básico de compras é formado pelo trio "pão, queijo e presunto", além de sopas enlatadas, café (Nescafé, ainda que mexicano), açúcar e cookies. Todavia, em função do conjunto de panelas que eu comprei ainda em outubro (Tramontina, acredite!!!), pude evoluir para itens mais avançados: hamburguer congelado no freezer, pacotes de massa, molho de tomate, salsicha, latas de atum. Até aparecem, de vez em quando, tomate e cebola na geladeira. Quando consigo carona para o supermercado, me dou ao luxo de trazer pizza congelada.

3) Sobre os cookies, mais especificamente: ainda estou em fase de pesquisa, mas se alguém tiver sugestão sobre alguma marca que seja atraente na relação custo/benefício, agradeço. No momento, estou comprando os de chocolate da Chips Ahoy, da Nabisco. Vale o destaque, também, que agora eu descobri os donnuts: variando entre os glaceados e os com chocolate, eles quebram o galho em qualquer café de final de semana.

4) Kit de limpeza: estou armado com dois sprays de limpeza que garantem o básico para o banheiro e os vidros da casa, além de uma vassoura, que eu estreei no último final de semana de outubro (só varri a parte de cima da casa; ainda falta a sala e a cozinha).

Bom, acho que é isto. Como podem ver, cumpri o receituário de montar algo que, vendo bem de longe e sem prestar muita atenção, pode ser chamado de "casa".

Um abraço!

novembro 18, 2006

Para o Meu Super-Herói



Úlcera no duodeno não ia ser a criptonita para derrubar o meu super-herói. Melhoras, pai.

Abraço!

novembro 16, 2006

novembro 15, 2006

Comfortably Numb

Nada como os clássicos para nos entenderem em certas situações. Depois de algumas horas de estudo, seguido de noites mal dormidas, pensando e sonhando com equações de diferenças, modelos de informação assimétrica e transposição de matrizes, nada como a boa e velha dupla Gilmore-Waters para expressar o que sentimos. Música redescoberta (que besteira, como se precisasse ser redescoberta!) nos CD's que chegaram aqui.

Não bastasse ser maravilhosa, a música ainda me traz uma ótima lembrança: "The Wall" foi um dos primeiros LP's que eu peguei do meu pai para ouvir com mais calma, ainda no aparelho "Polivox" cinza que ficava na sala de casa (está na churrasqueira agora). Tocar o disco exigia uma operação toda especial, pois tinha que andar na sala da mãe (que tinha que ser mantida limpa) e mexer no som do pai. Ai de mim se algo desse errado!

Comfortably Numb

Letra e música: Roger Waters e David Gilmore

Hello.
Is there anybody in there?
Just nod if you can hear me.
Is there anyone home?

Come on, now.
I hear you're feeling down.
Well I can ease your pain,
Get you on your feet again.

Relax.
I need some information first.
Just the basic facts:
Can you show me where it hurts?

There is no pain, you are receding.
A distant ships smoke on the horizon.
You are only coming through in waves.
Your lips move but I can't hear what you're saying.
When I was a child I had a fever.
My hands felt just like two balloons.
Now I got that feeling once again.
I can't explain, you would not understand.
This is not how I am.
I have become comfortably numb.

Ok.
Just a little pinprick. [ping]
There will be no more - aaaaaahhhhh!
But you may feel a little sick.

Can you stand up?
I do believe its working. Good.
That will keep you going for the show.
Come on it's time to go.

There is no pain, you are receding.
A distant ships smoke on the horizon.
You are only coming through in waves.
Your lips move but I can't hear what you're saying.
When I was a child I caught a fleeting glimpse,
Out of the corner of my eye.
I turned to look but it was gone.
I cannot put my finger on it now.
The child is grown, the dream is gone.
I have become comfortably numb.


Abraços!

novembro 13, 2006

Sabedoria Italiana (2)

Vejam aqui como o sábio Germano Mosconi já influencia até o Vaticano!

Sabedoria Italiana (1)

Quando tudo parece perdido; quando o Mas-Colell parece um livro de grego, ao invés de um livro de micro; quando as matrizes do livro do Hayashi parecem um emaranhado sem sentido; quando as equações de diferença no livro do Sargent que deveriam convergir te levam para os caminhos mais absurdos; a única solução só poderia vir do mestre italiano:

novembro 11, 2006

O Mundo Visto da Minha Janela - Outono

Kill Bill

Na versão brasileira de Kill Bill, a mulher toma um tiro na cabeça, reclama que uma bala na nuca está incomodando um pouco, mas que vai manter a rotina. E eu esperando a versão tropical de "a tale of bloody revenge" (por David Carradine em "Kill Bill 2"). Que país porcaria este!!!! *risos

Abraços!

novembro 10, 2006

Contra a Corrente

Além de odiar os meus vizinhos (eu odeio os meus vizinhos), eu odeio correntes na Internet. Correntes na internet correspondem a tudo que existe de pior na espécie humana: a existência de um aproveitador barato (o criador da corrente) e de otários (as pessoas que seguem a brincadeira). Sinceramente, não sei quem deveria ser punido neste caso: o criador ou a pessoa que repassa a corrente. Ambos são tipos abjetos.

A corrente na internet é um dos malefícios gerados pelas novas tecnologias: correntes antigas eram as de cartas, que começavam circulando com aquela brincadeira de escrever o seu nome no final da lista, e repassar aquele texto para mais cinco pessoas. A decadência do envio de cartas resultou no fim das correntes – ninguém mais gastava tempo indo ao correio para postar um maço de papel com uma mensagem cuja única graça era ter o seu nome no final e a esperança de receber alguma coisa em troca. O e-mail trouxe de volta esta atividade triste.

Milhões de mensagens são enviadas tratando da “fulaninha que está com câncer atrás da orelha e que o AOL vai doar 5 centavos para cada vez que esta mensagem for repassada”; ou as mensagens que fazem abaixo-assinados “para serem encaminhados ao Ministério da Justiça e ao Presidente” com o suposto relato de uma “jovem agonizante após um acidente de carro, em que ela ouviu as palavras da mãe para não beber antes de dirigir na volta da festa, mas morre depois de atingida por outro carro conduzido por um rapaz bêbado”; tem ainda aquela outra corrente do famigerado “Horóscopo Chinês”, onde você escreve os nomes de algumas cores, uns números, a data de nascimento, entre outras esquisitices, para no final dizer que “Seus desejos se realizarão se você mandar para 5 pessoas em uma hora. Mande para 10 pessoas e seu desejo se realizará antes de seu aniversário” (acho que foi o Cony que escreveu uma coluna dizendo que o país da moda determina de onde é o “Horóscopo”, e que a vez agora era da China). Não podemos nos esquecer, também, das correntes de fundo religioso, é claro! Uma das que recebi dizia: “lê baixinho:’Jesus eu te adoro e preciso de ti, vem pra dentro do meu coração agora’, envie para 15 pessoas e terás um milagre essa noite.” Além das mensagens referentes aos amigos: “repasse esta mensagem a todos os seus amigos, aqueles que não lhe encaminharem de volta esta mensagem não são seus amigos verdadeiros”.

As próprias correntes de e-mails também se moldam à tecnologia mais atual: agora, com o Orkut e o seu sistema de mensagens curtas, um novo conjunto de correntes se desenvolve, explorando a curiosidade das pessoas. Quem nunca recebeu esta: “Se vc quer a relaçao completa de quem fuça seu orkut,e quantas vezes essa pessoa fuçou é simples,mande esta mensagem para todos seus amigos do orkut e em seguida aperte a tecla F5,o orkut lhe enviará automaticamente não os ultimos e sim todos que te visitaram desde o primeiro dia da sua conta criada no orkut. Incrivel!!!!!” Ou ainda esta: “Pelo fato de haverem muitos profiles não ativos e pelo grande númerode fakes existentes, o orkut está limpando seu cadastro. Todas as pessoas que não repassarem essa mensagem em 48 horas terão seu profile deletado e só poderão se recadastrar após um mês. JÁ FOI CONFIRMADO E O GOOGLE JÁ ESTÁ AGINDO!!!Para não ter seu orkut deletado, passe essa mensagem para as pessoasda sua lista de amigos.”

Todas as correntes pedem para ser repassadas explorando dois defeitos do ser humano: a ignorância e o medo. As mensagens que tratam de notícias que “o Orkut vai ser pago” ou que “a lista será enviada para o Ministério da Justiça e para o Presidente” estão no primeiro caso; as do horóscopo chinês e do número de amigos, no segundo. Se as pessoas parassem por um instante para pensar no significado da mensagem em termos do que efetivamente pode representar de retorno, estas correntes não se propagariam! Por que os meus desejos tem mais chances de serem realizados se eu mandar a “mensagem mágica” para 500 ao invés de apenas 5 amigos? Se o Orkut desse a chance de ver todas as pessoas que já visitaram o nosso perfil, por que isto não seria um recurso disponível a todos, como ele fez para o acesso às últimas cinco visitas?

Ainda não sei quem é pior: os criadores das correntes, os propagadores, ou os meus vizinhos.

Abraços!

P.S.: se você transformar este texto em uma corrente na internet, você ficará broxa para o resto de sua vida!

Cerveja!

Como eu não sou preconceituoso quanto à marcas americanas (no Brasil, cerveja é Polar, e não se fala mais nisto), seguem duas propagandas daqui. Esta da Bud Light é "auto-explicativa":



Já esta da Miller Light precisa de uma introdução: de acordo com a companhia, foi reunido um grupo de "notáveis" entre os homens, para discutir os assuntos fundamentais da categoria. Entre os temas relevantes:

1) vale colocar fruta na cerveja, como uma rodela de limão?

2) quebrar a latinha de cerveja na cabeça é uma boa brincadeira?

3) quanto tempo esperar para dar em cima da ex-namorada do melhor amigo?

Mas esta aqui é a melhor!!!


Abraços!

P.S.: na minha geladeira, atualmente, Samuel Adams esperando gelada.

Notas

Algumas notas, só para dizer que estou vivo:

1) Odeio meus vizinhos. Todos eles. Profunda e honestamente, odeio os meus vizinhos. Eles fazem barulho à noite? Não. Eles perturbam o meu horário de estudos? Não. O que eles fazem de ruim? Lotam o varal comunitário com as suas roupas no primeiro dia de sol disponível!!! Tiro a sexta-feira para lavar roupas, e o varal está cheio! Eles tinham que estar trabalhando, da mesma forma que eu estava estudando na sexta pela manhã! Odeio meus vizinhos.

2) Todo o filme que atinge o topo das bilheterias por aqui tem que ter alguma controvérsia. Chegou a vez de Borat. Não posso dizer nada sobre o que pode ter acontecido, ou se as cenas são, de fato, humilhantes para os garotos. Agora, um aspecto que chama a atenção é eles serem parte destas "fraternidades" daqui. Como disse um colega: só faz parte de "fraternidade" quem não consegue fazer amigos. Lógico que existem as que fazem distinção por mérito acadêmico, entre outros feitos; agora, a grande maioria delas só serve mesmo para promover festas, juntar otários e fazer com que os americanos aprendam as letras do alfabeto grego (todas são identificadas por combinações destas letras).

3) Faz sentido, tem lógica política, ainda que seja a sepultura de bananas no RS.

4) Com todo o respeito: o cara é muito bom, mas que o projeto não se torne curso superior, ok?

5) Respirem aliviados, Ricardões! As chances de vocês serem descobertos é pequena se a coisa der errado: o produto tem sempre a cara dela!

6) Odeio meus vizinhos.

Um abraço!

novembro 06, 2006

O Que Mais Falta?

Pode interessar também a cor da cueca que eu uso para escrever estes posts? A velocidade de produção de bobagens no país cresce assustadoramente... E o que é pior: de alguma forma, o projeto já está andando nas comissões do Senado, como se não tivesse nada mais importante para ser feito.

Um abraço!

novembro 04, 2006

Mafalda, De Novo...

A ingenuidade infantil misturada com a política. Isto tem nome: Mafalda.

Abraços!

novembro 03, 2006

Nova Campanha

Irrite seu amigo: vista-se de preto!

Uma campanha pelo fim da intolerância no Brasil.

Porque isto aqui e isto aqui não podem continuar acontecendo.

Abraços!

outubro 31, 2006

Tempestade

Tempos negros vêm do sul. Por aqui, o frio vem do norte, mas a tempestade é sempre do sul. Os sinais não são bons, o final de outubro representa o final do outono, início de um inverno que promete ser longo, muito longo. Não me refiro ao inverno daqui, mas à longa estação de trevas que se anuncia em outras bandas. O tempo frio normalmente traz a melancolia; este, traz o medo, a falta de esperança. É marcado pela violência, pela intolerância no contraditório, pela cisão do “nós” contra “eles”, quando deveríamos ser “todos”.

Tempos negros vêm do sul. Seriam tempos de lutar, travar a boa guerra, o bom debate. A tempestade traz a fúria dos que se dizem injustiçados, ainda que os fatos todos se mostrem contra os furiosos. Os falsos injustiçados se armam: bandeiras não representam mais idéias, mas armas para a luta física, para a caça aos traidores da causa; falar, agora, é vigiado, deve ser contornado; se somos contra, somos contra todos – “todos” escondem o mau-caráter de alguns.

Tempos negros vêm do sul. Aqui, o final de outubro abre espaço para os monstros escondidos em todos nós. No sul, os monstros já andam entre nós, ao longo de todo o ano, de toda a nossa existência. Até achamos normal! E os monstros entre nós não se acalmam com doces. Trick or Treat, a travessura já está indo longe demais, já até deixou de ser travessura: virou assunto sério, caso que deveria ser de polícia. Mas qual polícia?

Tempos negros vêm do sul. E só vem do sul porque estou no norte. O lado meridional começa a desaparecer, a não interessar. “Hein? Ah, carnaval!” Não, o carnaval é no verão, é tempo de alegria. A tristeza ainda não chegou, mas as amarguras geradas pelos sinais de início do longo inverno me fizeram pensar, pela primeira vez, em abandonar o rincão.

Abraços!

Halloween


Acho que esta fantasia já é suficiente para assustar as crianças da vizinhança.

Abraços!

outubro 29, 2006

Sirvam Nossas Façanhas de Modelo à Toda Terra

Sempre ouvi de muita gente que não é possível entender no que os gaúchos se acham diferentes dos demais, que existe um orgulho exacerbado acerca do que se faz, que tudo no sul é sempre sobrevalorizado. Quero chamar a atenção para alguns fatos que mostram uma área onde nós, gaúchos, somos especialmente diferentes do resto do país: ao contrário de certos partidos que berram para si o chavão, no RS somos “contra tudo isto que está aí”, em toda e qualquer situação. Com a eleição de uma governadora do PSDB, o RS radicaliza em termos de oposição aos governos centrais de uma forma poucas vezes vistas em eleições passadas.

Para provar este ponto, vou destacar os resultados das últimas seis eleições para governador, sempre contrastando com o resultado nacional:

- 1982: auge do movimento pela democratização. A oposição ao regime vence as eleições nos estados mais importantes. No RS, o eleito (Jair Soares) é do PDS, antiga Arena.

- 1986: na euforia do Cruzado, o RS entra na onda do PMDB e elege Pedro Simon governador.

- 1990: no auge do “fenômeno Collor”, o RS dá a menor votação do país para o eleito no primeiro turno (vale lembrar que Brizola era candidato), e a segunda menor no segundo turno (só sendo superado pelo Rio de Janeiro). O governador eleito é Alceu Collares, do PDT, oposição ao governo central.

- 1994: no RS, apesar do Plano Real, Lula ganha as eleições para presidente. Antônio Britto é eleito governador.

- 1998: nas eleições nacionais, Lula ganha novamente de Fernando Henrique no RS, que elege Olívio Dutra governador (de novo, oposição ao governo central).

- 2002: no auge da “onda vermelha”, Lula tem uma das menores diferenças no RS em relação ao seu oponente (tanto em termos históricos quanto na comparação RS contra os demais estados). O RS elege Germano Rigotto governador, oposição ao governo central.

Síntese dos dados: quando não elegeu um governador de oposição (1986 e 1994), o RS sempre ofereceu algumas das menores votações para o candidato eleito para o cargo de presidente. Com Yeda, o RS vai fazer uma das maiores radicalizações em termos de oposição ao candidato da maioria do país, ao rejeitar não apenas o partido do presidente reeleito, mas também o governo estadual de um partido mutante e fracionado como o PMDB. Outra tradição é quebrada: nunca o governador no poder do RS foi sucedido por alguém do mesmo campo político, configurando uma alternância de poder única.

Por que o título do post, baseado em verso do Hino Riograndense? Poderia simplificar a resposta, perguntando se você está contente com o Brasil de hoje, imaginando que a resposta seja tão negativa quanto a minha, e dizendo que o RS sempre manifestou, através do voto, a sua insatisfação – e o fato de ser sempre no voto é um orgulho no país do mensalão, da compra de dossiês, das tentativas de calar a imprensa.

Dá orgulho de ser gaúcho ao constatar que, mais uma vez, o RS dá o seu recado ao Brasil. Este recado começou a ser dado nas eleições para governador de 2002, passou pelas municipais de 2004, com o PT perdendo a prefeitura de Porto Alegre, e agora ao chega ao auge nestas eleições.

Abraços!

P.S.: os dados sobre votação e proporção de votos para presidente foram extraídos deste artigo. Das eleições mais recentes, o TRE-RS também tem uma ótima compilação de dados.

Dúvidas de Qualquer Estudante

As dúvidas que cercam todo o estudante, em qualquer idade, em qualquer curso, por Mafalda.

Abraços!

P.S.: para quem não conhece, Mafalda é um quadrinho desenhado por Quino, cartunista argentino de altíssima qualidade.

Eleições

Tem eleições neste domingo. O presidente deve ser reeleito, a despeito da oposição raivosa e radical. Foi uma surpresa a ida para o segundo turno, em função dos índices de aprovação do governo, mas mesmo a escolha de um candidato fraco por parte da coligação de centro-direita não impediu o segundo turno (até favoreceu). Nestas eleições, de fato, a continuidade é um sinal de evolução, de um país que conseguiu importantes vitórias nos últimos anos.

Não, eu não enlouqueci.

Abraços!

outubro 27, 2006

Como (Re)Construir um Departamento de Economia?

Um dos motivos pelos quais coloquei Duke entre as minhas preferidas nos Estados Unidos para o doutorado estava exatamente no grupo de professores que estava começando a se formar por aqui. Aquela coisa de ler um paper, gostar, e ver que o cara que escreveu está na mesma universidade daquele outro, de um outro paper que foi lido que era muito bom também... e assim por diante.

Pois aqui temos mais do que, simplesmente, a contratação de professores novos. Eu já tinha ouvido um papo a este respeito, mas o caso é mais sério do que imaginava: existe um plano de levar o Departamento de Economia de Duke efetivamente para a elite norte-americana em termos de pesquisa. Detalhes do processo de contratação e seleção dos professores que vieram para cá, você lê aqui. De acordo com a matéria, Duke estava em 22º lugar no ranking do National Research Council, mas bem abaixo disso em outras escalas (em 35º de um ranking mundial, por exemplo, aqui).

Um ponto interessante do processo é que ninguém aqui é contratado como "estrela", no sentido de ficar pensando "sou pesquisador, então não vou 'sujar as mãos' dando aulas para o primeiro ano do PhD, ou para o mestrado": dos 16 professores listados abaixo na foto da matéria, eu já tive aula com dois, estou tendo aulas com mais dois, e já tenho a confirmação de que, no mínimo, outros dois darão aulas no semestre que vem.

Um abraço!

outubro 25, 2006

Eu Avisei...

Hahahahah... É só o que me sobra - rir. Agora, só falta escolher a pasta.

Só para ressaltar, você foi avisado desta possibilidade aqui e aqui, muito antes do zum-zum-zum começar.

Abraços!

outubro 23, 2006

"O Satânico Dr. No" é o Terceiro no Fundo

Brasileiros com trabalhos importantes, inclusive na burocracia estatal, deveriam receber reconhecimento maior pela obra. Esta notícia vai ficar perdida em algum canto de página de jornal, cujos estafetas estarão, agora, achando que estão publicando por obrigação a nota. Infelizmente, quando o nome dele for cogitado para algum novo posto em Brasília, ele será sempre lembrado por este cargo, e por isto triturado pela esquerda burra e pela imprensa mancheteira. Para justificar a previsão, uma lembrança do que se dizia em meio ao caos do início de 1999.

Abraços!

P.S.: Acham que esta foi uma opinião isolada na época? Então vejam esta e esta. Só não citei mais porque a maioria dos jornais está com o arquivo de notícias limitados para assinantes. E imaginem, a partir desta amostra, as manchetes sobre o que será dito se o nome aqui homenageado for cogitado, por exemplo, para a Fazenda.

Jason Manda Ver no Sanduíche!

Para animar o Halloween, que está chegando por aqui, Jason, de Sexta-Feira 13, se preparando com um sanduíche de respeito!!!



Abraços!

P.S.: Veja como ele perdeu o último emprego aqui!

Severe Weather Alert

Aviso urgente do serviço de meteorologia nacional. Os trechos em negritos são meus. Traduzindo: temperaturas próximas de 0ºC nas próximas noites, atingindo o mínimo na noite de terça-feira. Ainda bem que tenho algumas latas de sopa em casa.

Neste instante, temperatura exterior de 13ºC. Voltei para Bento!

Abraços!

Special Weather Statement


PERSON-GRANVILLE-VANCE-WARREN-HALIFAX- FORSYTH-GUILFORD-ALAMANCE- ORANGE- DURHAM-FRANKLIN-NASH-EDGECOMBE- DAVIDSON-RANDOLPH-CHATHAM- WAKE-WILSON- STANLY-MONTGOMERY-MOORE-LEE-ANSON- RICHMOND- INCLUDING THE CITIES OF... ROXBORO...OXFORD...HENDERSON... WARRENTON...ROANOKE RAPIDS...WINSTON- SALEM...GREENSBORO... HIGH POINT... BURLINGTON...CHAPEL HILL...DURHAM... LOUISBURG... NASHVILLE...ROCKY MOUNT... LEXINGTON...ASHEBORO...PITTSBORO... RALEIGH...WILSON...ALBEMARLE...TROY... SOUTHERN PINES...SANFORD... WADESBORO...ROCKINGHAM 345 AM EDT MON OCT 23 2006
...NEAR FREEZING TEMPERATURES EXPECTED THE NEXT COUPLE OF NIGHTS...

NORTHWEST WINDS TODAY WILL USHER MUCH COOLER AND DRIER AIR INTO CENTRAL NORTH CAROLINA. UNDER MOSTLY CLEAR TO PARTLY CLOUDY SKIES TONIGHT AND A LIGHT BUT STEADY NORTHWEST WIND.... TEMPERATURES TONIGHT WILL DROP INTO THE LOW AND MID 30S. A FEW OF THE NORMALLY COLDER LOCATIONS SUCH AS RURAL HALL...ROXBORO AND LOUISBURG MAY REACH 32 DEGREES FOR A BRIEF PERIOD OF TIME.

THE POTENTIAL FOR A WIDESPREAD LIGHT FREEZE APPEARS TO BE BETTER TUESDAY NIGHT AS SKIES WILL BE CLEAR AND THE WINDS NEAR CALM. THIS WILL ALLOW THE TEMPERATURE TO DROP TO NEAR OR SLIGHTLY BELOW FREEZING FOR A FEW HOURS BETWEEN MIDNIGHT AND 8 AM. IF THIS CONDITION APPEARS TO BE MORE CERTAIN LATER TODAY OR TUESDAY MORNING...THEN A FREEZE WARNING WILL NEED TO BE ISSUED FOR TUESDAY NIGHT FOR A LARGE PART OF CENTRAL NORTH CAROLINA.

PEOPLE WITH PLANTS OR OTHER OUTDOOR OPERATIONS THAT ARE SENSITIVE TO COLD WEATHER SHOULD BEGIN PREPARATIONS FOR COLD TEMPERATURES TODAY. AT THIS TIME A HARD FREEZE...WHEN TEMPERATURES ARE AT OR BELOW 28 DEGREES...IS NOT ANTICIPATED.

Cai Fora Daqui!!!

Um bom resumo do problema econômico atual brasileiro. Na síntese, o que se está dizendo é que, ao pagar impostos, você está abrindo mão do seu papel de consumidor para que um outro agente (o Estado) gaste por você. Não, por mais meritório que alguns destes gastos sejam (bolsa-família com contra-partida em educação, alguns investimentos públicos, o meu doutorado...), não é legal ver uma outra pessoa gastando por você. Por isto que se diz, em economia, que o gasto público "expulsa" (crowds-out) o gasto privado: se o governo resolve hoje gastar mais do que efetivamente pode, alguém terá que deixar de gastar, em algum instante do tempo, para que o processo se sustente. Os dois candidatos? O próprio governo, no futuro, ou o contribuinte/consumidor hoje, com impostos.

Um abraço!

outubro 22, 2006

Jokerman

Ter os meus CD's aqui comigo e ir passando, pouco a pouco, cada um deles para dentro do computador permite relembrar de algumas músicas que, em algum instante, já me chamaram a atenção, seja pela melodia, seja pela letra. Esta letra do Bob Dylan possui diversas interpretações, mas a combinação letra + melodia é ótima no original. A versão que o Caetano gravou, a despeito do péssimo inglês, também ficou muito boa, com o arranjo de cordas de Jaques Morelenbaun.

Jokerman

Por Bob Dylan

Standing on the waters casting your bread
While the eyes of the idol with the iron head are glowing.
Distant ships sailing into the mist,
You were born with a snake in both of your fists while a hurricane was blowing.
Freedom just around the corner for you
But with the truth so far off, what good will it do?

Jokerman dance to the nightingale tune,
Bird fly high by the light of the moon,
Oh, oh, oh, Jokerman.

So swiftly the sun sets in the sky,
You rise up and say goodbye to no one.
Fools rush in where angels fear to tread,
Both of their futures, so full of dread, you don't show one.
Shedding off one more layer of skin,
Keeping one step ahead of the persecutor within.

Jokerman dance to the nightingale tune,
Bird fly high by the light of the moon,
Oh, oh, oh, Jokerman.

You're a man of the mountains, you can walk on the clouds,
Manipulator of crowds, you're a dream twister.
You're going to Sodom and Gomorrah
But what do you care? Ain't nobody there would want to marry yoursister.
Friend to the martyr, a friend to the woman of shame,
You look into the fiery furnace, see the rich man without anyname.

Jokerman dance to the nightingale tune,
Bird fly high by the light of the moon,
Oh, oh, oh, Jokerman.

Well, the Book of Leviticus and Deuteronomy,
The law of the jungle and the sea are your only teachers.
In the smoke of the twilight on a milk-white steed,
Michelangelo indeed could've carved out your features.
Resting in the fields, far from the turbulent space,
Half asleep near the stars with a small dog licking your face.

Jokerman dance to the nightingale tune,
Bird fly high by the light of the moon,
Oh. oh. oh. Jokerman.

Well, the rifleman's stalking the sick and the lame,
Preacherman seeks the same, who'll get there first isuncertain.
Nightsticks and water cannons, tear gas, padlocks,
Molotov cocktails and rocks behind every curtain,
False-hearted judges dying in the webs that they spin,
Only a matter of time 'til night comes steppin' in.

Jokerman dance to the nightingale tune,
Bird fly high by the light of the moon,
Oh, oh, oh, Jokerman.

It's a shadowy world, skies are slippery gray,
A woman just gave birth to a prince today and dressed him inscarlet.
He'll put the priest in his pocket, put the blade to the heat,
Take the motherless children off the street
And place them at the feet of a harlot.
Oh, Jokerman, you know what he wants,
Oh, Jokerman, you don't show any response.

Jokerman dance to the nightingale tune,
Bird fly high by the light of the moon,
Oh, oh, oh, Jokerman.


Abraços!

P.S.: sobre as interpretações da letra, existe a versão que diz que Jokerman é uma autobiografia momentânea de Dylan, uma visão sobre Cristo (em função de suas quase 30 referências bíblicas), e até algumas visões mais "rasteiras", dizendo que é mais uma música de protesto de Dylan.

outubro 20, 2006

Outra Página, Outro E-Mail

Se alguém, por curiosidade, andou xeretando na página da universidade (http://www.econ.duke.edu), pode ter esbarrado neste link: http://fds.duke.edu/db/aas/Economics/grad/angelo.fasolo

O pessoal já pediu para atualizar as informações, colocar uma foto, mas estou sem paciência e tempo para isto. Prefiro gastar o meu tempo de "programador de webpage" escrevendo para vocês ("demagogo de araque, populista de e-mail, egocêntrico!!").

Para quem quiser fazer o caminho completo, siga a seqüência:

1) Página inicial do Departamento de Economia: http://www.econ.duke.edu
2) À esquerda, onde diz "Departamental Directories", clique em "Graduate Students"
3) Procure pelo meu nome!!! A ordem é alfabética a partir do último sobrenome.

Um abraço a todos!

outubro 16, 2006

Quebra Tudo!!!

Se filho meu fizer a metade disto, já vai ser o orgulho do papai...



Abraços!

outubro 14, 2006

Agora Não Tem Mais Erro!

Tudo sob controle em casa: 36 rolos por US$16.00! Agora ninguém segura!!!


Abraços!

outubro 13, 2006

CBGB

Devia ter parado em NY por um tempinho antes de vir para cá. Agora, só que o sobrou, e em Las Vegas!!! Desvantagens da modernidade.

Abraços!

Tô Falando...

O chute que eu dei em outro post está bem calibrado. Olha , está lançado o experimento (veja o último comentário da página). Se o PT não berrar contra, é porque é sério.

Abraços a todos!

outubro 12, 2006

Transição Incompleta

Já tinha falado pessoalmente para ao menos dois dos três leitores deste blog sobre as dificuldades com a adaptação a uma nova língua. Não é apenas o problema do sotaque característico da região: é a questão do "aprender a pensar" em outra língua que não a nativa. Mais cedo ou mais tarde, acabamos nos dando conta de um procedimento sequencial que é mais cansativo do que se imagina à primeira vista:

- recebemos a informação em inglês
- traduzimos a informação recebida para o português
- pensamos a resposta em português
- traduzimos a resposta para o inglês
- e, por fim, enviamos a resposta em inglês.

O ideal, lógico, seria reduzir estas cinco etapas para apenas três (receber a informação, pensar a resposta e enviá-la), e espero conseguir isto com o tempo. Neste ponto (comentário do economista), vantagem para os orientais que vem para cá estudar e trazem consigo seus filhos: as crianças, por serem alfabetizadas em inglês e falarem a língua nativa em casa, não terão esta dificuldade que estou passando. Inevitável, a partir daí, discutir por que os países orientais estão apresentando taxas de crescimento superiores à América Latina.

Mas este tipo de desvantagem linguística, aplicado no contexto do curso que estou fazendo, gera situações engraçadas. Outro dia, estava resolvendo uma lista de exercícios com outros dois colegas na faculdade. Já era perto do final de semana, estava cansado, eram 11 horas da noite. No meio da correria, um deles me faz uma pergunta sobre a matéria, e eu respondo. Os dois colegas param o que estavam fazendo e ficam olhando para mim. Pensei que tinha acontecido alguma coisa, falado alguma barbaridade. Quando um deles olhou para mim e disse "What?" foi que a ficha caiu: eu tinha falado a resposta em português!!!!

Entretanto, como diria um ex-Presidente, "não me deixem só"!!! Hoje, prova de econometria: todo mundo estressado durante toda a semana, reuniões de estudo que duravam até altas horas da noite, listas de exercícios, horas na biblioteca. Terminada a prova, um colega (búlgaro) perguntou para outro colega (argentino) como ele tinha ido na prova:

"- La cuestión numero dos es imposible..."

E seguiram-se mais três ou quatro frases em espanhol. Ou seja, estamos todos no mesmo barco, as dificuldades são as mesmas para todos os que vêm de outras terras para este canto do mundo.

Abraços!

outubro 09, 2006

Inacreditável!!!!

Pagou, levou. Sem comentários. Êêê, São Paulo... (só para provocar, ok, Marcelo? *rsrs)

Abraços!

outubro 07, 2006

Sushi Night

A little rest on Friday night: beer and sushi! In the picture, Alex, Scott, Matt and a bunch of hair over my old brown jacket! Sarah took the picture.


See you!

outubro 06, 2006

A Paisagem dos Últimos Dias

Vista da janela da biblioteca principal da Universidade. Está começando a fazer frio, a temperatura máxima do dia foi de 18°C à meia-noite. Depois disto, veio declinando, e a previsão para amanhã é de máxima de 14°C, com chuvas. Tudo dentro do esperado, tudo no seu lugar.


Abraços!

outubro 04, 2006

É "∩" ou "U"?

Juristas deviam estudar matemática. Não, não estou falando de derivadas, integrais, equações diferenciais, topologia, entre outras maravilhas do mundo lógico: estou falando especificamente de teoria dos conjuntos, matéria que é vista desde a quarta série do ensino primário (ao menos eu lembro de começar a estudar isto por lá).

Por que isto? Esta notícia de hoje dá o que pensar sobre a capacidade de nossos juízes em interpretar o que efetivamente está escrito nas leis. O artigo da cláusula de barreira é o mais claro exemplo possível do que quero dizer:

"Tem direito a funcionamento parlamentar, em todas as casas legislativas para as quais tenha elegido representante, o partido que, em cada eleição para a Câmara dos Deputados obtenha o apoio de, no mínimo, 5% dos votos apurados, não computados os brancos e os nulos, distribuídos em, pelo menos, um terço dos Estados, com um mínimo de 2% do total de cada um deles".

Note que, antes da sentença em negrito, não existe um "e" ou um "ou", e esta é a razão do problema, de acordo com o TSE. Vamos falar um pouco de matemática, definindo os eventos: A = partidos com mais de 5% dos votos válidos no país todo; B = partidos com um mínimo de 2% dos votos válidos em ao menos um terço dos Estados. Graficamente, o que nós temos em termos de teoria dos conjuntos é o seguinte:

A região C é o que seria expresso se a lei tivesse um "e" logo antes do trecho em negrito: eu quero que sobrevivam os partidos com 5% dos votos nacionais E 2% dos votos em um terço dos Estados. Vale lembrar que esta é exatamente a interpretação que todos tinham antes desta eleição e desta confusão organizada pelo TSE. Se tivesse um "ou" antes da área em negrito, o resultado seria A+B (incluindo C): que sobrevivam os partidos que tenham 5% dos votos nacionais OU 2% dos votos em um terço dos Estados.

A redação e a interpretação das leis no Brasil, de modo geral, é muito ruim. Este problema já se manifestou em muitas outras situações. Quero acreditar que o problema esteja na formação dos nossos juristas, ao invés de alguma maldade premeditada para o caso dos partidos de algumas figurinhas não atingirem o desempenho esperado. Devo estar sendo ingênuo...

Abraços!

P.S.: palpite: se o TSE se der conta da bobagem que está fazendo ao sugerir uma interpretação alternativa, vai sair com a máxima do "espírito da lei", interpretando "o que o legislador quis colocar no papel". Legal jogar a culpa nos outros, não é?

outubro 02, 2006

Palpite Político-Econômico

Esta é para concorrer com a imprensa blogueira do Brasil: você só lê aqui esta análise!!! Depois não digam que eu não avisei!

Uma pausa nos estudos, uma leitura rápida de jornal, monta-se o quebra-cabeça e está formado um palpite. Atenção: já está definido o nome do novo ministro da Fazenda de um eventual segundo mandato do atual governo! Vai ser para petistas cometerem suicídio coletivo. Segue a receita: peguem a lista de freqüentadores assíduos do elevador privativo do Palácio do Planalto (todo jornal já deu a notícia que ele tem falado com o Lula); juntem com a lista de deputados que não se reelegeram por São Paulo; acrescente um tanto de vaidade pessoal, da vontade de não querer sumir do mapa; adicione ainda a dependência do futuro governo de partidos de caciques para formação de maioria no Congresso; misture tudo, e está pronta a receita do "bolo". Só espero que seja dividido desta vez... Não preciso dizer quem é, certo?

Um abraço!

setembro 30, 2006

Foto da Noite

Sair da faculdade cada vez mais tarde acaba trazendo estas vantagens: esta é a imagem que tenho toda a noite antes de ir para casa. Ao vivo, a iluminação noturna da catedral do campus é ainda mais bonita.


Abraços!

O Bebê de Mona

O pessoal ficou ouriçado por causa do livro (que não li), mas isto não é teoria conspiratória: é pesquisa.

A propósito, eu continuo com a minha idéia: a Mona Lisa é homem. Dêem uma olhada no tamanho das mãos, em especial os dedos, e comparem com o resto do corpo. Não devia ser nada agradável levar um tapa da senhora (???).

Abraços!

setembro 29, 2006

Saudades do RI? Nope...

Não posso deixar de registrar a minha satisfação (mórbida?) em ver uma nova edição do Relatório de Inflação no ar. Estes últimos dias devem ter sido bem corridos no Banco. Parabéns ao Eduardo e equipe pelo trabalho! (Sei que, de vez em quando, o Duda dá uma passada por aqui...)

Se estou com saudades? Não, nem um pouco: lendo o conteúdo do Relatório, veio à cabeça todas as incomodações para colocar este negócio no ar, todas as discussões prévias sobre resultados, conferências de números, pautas de trabalho... muita coisa! Não troco o Paralamas do Sucesso que estou ouvindo agora, enquanto resolvo listas de exercícios, por esta incomodação.

A propósito, dos Paralamas, segue a letra da música que está tocando exatamente agora.

Abraços!

Meu Erro

Letra: Herbert Vianna

Eu quis dizer, você não quis escutar
Agora não peça, não me faça promessas
Eu não quero te ver, nem quero acreditar
Que vai ser diferente, que tudo mudou
Você diz não saber o que houve de errado
E o meu erro foi crer que estar ao seu lado
Bastaria, ah meu Deus, era tudo o
Que eu queria, eu dizia o seu nome
Não me abandone jamais

Mesmo querendo, eu não vou me enganar
Eu conheço seus passos, eu vejo seus erros
Não há nada de novo, ainda somos iguais
Então não me chame, não olhe pra trás
Você diz não saber o que houve de errado
E o meu erro foi crer que estar ao seu lado
Bastaria, ah meu Deus, era tudo o
Que eu queria, eu dizia o seu nome
Não me abandone jamais

Life During Wartime

Para celebrar os dois meses de Estados Unidos, mais uma música: Talking Heads sempre foram um clássico das festas dos anos 80 no Brasil (o single é de 1979), não poderia esquecê-los agora. A letra também diz muito do que está se passando por aqui... *rsrsrsr

Life During Wartime

Letra e música: Talking Heads

Heard of a van that is loaded with weapons,
packed up and ready to go
Heard of some gravesites, out by the highway,
a place where nobody knows
The sound of gunfire, off in the distance,
I'm getting used to it now
Lived in a brownstore, lived in the ghetto,
I've lived all over this town

This ain't no party, this ain't no disco,
this ain't no fooling around
No time for dancing, or lovey dovey,
I ain't got time for that now

Transmit the message, to the receiver,
hope for an answer some day
I got three passports, a couple of visas,
you don't even know my real name
High on a hillside, the trucks are loading,
everything's ready to roll
I sleep in the daytime, I work in the nightime,
I might not ever get home

This ain't no party, this ain't no disco,
this ain't no fooling around
This ain't no mudd club, or C. B. G. B.,
I ain't got time for that now

Heard about Houston? Heard about Detroit?
Heard about Pittsburgh, P. A.?
You oughta know not to stand by the window
somebody might see you up there
I got some groceries, some peant butter,
to last a couple of days
But I ain't got no speakers, ain't got no
heaphones, ain't got no records to play

Why stay in college? Why go to night school?
Gonna be different this time
Can't write a letter, can't send a postcard,
I can't write nothing at all
This ain't no party, this ain't no disco,
this ain't no fooling around
I'd like to kiss you, I'd love you hold you
I ain't got no time for that now

Trouble in transit, got through the roadblock,
we blended with the crowd
We got computer, we're tapping pohne lines,
I know that ain't allowed
We dress like students, we dress like housewives,
or in a suit and a tie
I changed my hairstyle, so many times now,
I don't know what I look like!
You make me shiver, I feel so tender,
we make a pretty good team
Don't get exhausted, I'll do some driving,
you ought to get some sleep
Get you instructions, follow directions,
then you should change your address
Maybe tomorrow, maybe the next day,
whatever you think is best
Burned all my notebooks, what good are
notebooks? They won't help me survive
My chest is aching, burns like a furnace,
the burning keeps me alive
Try to stay healthy, physical fitness,
don't want to catch no disease
Try to be careful, don't take no chances,
you better watch what you say


Abraços a todos!

setembro 22, 2006

Popeye Já Foi Para o Saco...

A última aqui é a super-Salmonela que está atacando a produção de espinafre. Todo o dia sai alguma notícia sobre o E.Coli, o que fazer para evitá-lo, todo este tipo de coisa bem de país sub-desenvolvido. Acho que vou voltar!!! *rsrsrsrs. Abaixo, um mapa com os estados que já registraram algum caso recente de ataque do virus. A Carolina do Norte é o último Estado não afetado, olhando bem à direita do mapa, contando de baixo (onde está Miami) para cima (em direção à NY).


Também apareceu uma pesquisa muito esquisita perguntando se as pessoas abririam mão de comer salada se tivessem que passar a lavar os vegetais. Especificamente sobre a pesquisa duas perguntas se impõem:

1) Uma das alternativas diz: "eu não lavaria os vegetais já que o trabalho não vale a pena". As respostas acabam não refletindo o que a pesquisa deveria captar: eu posso não querer mais comer salada porque acho que, mesmo lavando, ainda correrei o risco de contrair doenças; posso não querer mais comer porque o custo disto seria elevado, em termos de água, soluções de limpeza de vegetais, etc.; posso não querer mais comer saladas, mas ainda assim consumir vegetais cozidos... Ou seja, preguiça não é o único argumento que justifica uma resposta positiva à pergunta. Desta forma, senhores publicitários, marqueteiros, estatísticos de plantão, cuidado com suas pesquisas!!! Gastem mais tempo elaborando perguntas, para que a resposta obtida efetivamente seja a respeito do assunto que você quer tratar!

2) Americanos não lavam normalmente a sua comida???????

Abraços a todos!

setembro 20, 2006

E Agora, José?

E agora, José? A chapa esquentou, "the animal is catching" (valeu, Shikida!), a casa tá pegando fogo... E agora, José?

Bom, tentei fazer uma paródia do famoso poema, mas a mensagem é só para dizer que os posts estão parados porque, realmente, a coisa resolveu pegar por aqui. A tendência é que exista, a partir de agora, uma concentração de comentários (mais longos) entre os finais de semana ou nas madrugadas (com notas curtas como esta aqui, escrita às 2:30hs da manhã, horário local). Mas está tudo bem: não podia esperar nada de diferente a partir do instante em que topei vir para cá!

Um abraço a todos!

setembro 15, 2006

Marcha para o Oeste

Fim do dia, a cabeça dói, o cérebro se esforça para manter a coerência. Vou pegar o ônibus para iniciar a marcha para o oeste, para minha casa - sim, esta é uma crônica de ônibus - malditos aborrescentes da graduação que se empurram para fazer o caminho direto. São americanos. Americanos são diretos, frases curtas, perguntas mascadas, mas sempre objetivas; latinos falam, falam muito, expressivos, gestos largos - italianos, espanhóis, argentinos, os brasileiros que conheço falam por blogs ou por gestos comedidos, pétreos; droga de cabeça, continua a doer, indianos são polidos, também de gestos largos, mas de extrema educação, observam o movimento doentio dos malditos graduandos; chineses falam chinês: sala de aula, ruas, rodas de discussão, manifestações, poucos gritos, mas chineses falam chinês.
Pego o ônibus que faz algumas paradas a mais antes da chegada no oásis ocidental. Não sou direto, tenho tempo, pouco, preciso do tempo. Americanos são diretos, se amontoam no ônibus que faz o caminho mais rápido, não respiram, seguem a sua rotina, cumprem o mandado, meta traçada, objetivo a ser cumprido. Ônibus mais vazio. Colega chinesa senta na minha frente. Não fala nada, chineses falam chinês, taiwaneses falam muito, também em inglês. Chineses sozinhos não falam, minha colega não fala; chineses em gurpo falam muito, chineses falam em chinês, sempre; chineses pseudo-fake-americanos com cabelos coloridos, tênis Nike produzido por conterrâneos, camisetas da faculdade, falam muito, gritam alto, em chinês. A cabeça dói, música por favor, que se sobreponha ao barulho do ônibus, agora em movimento. A marcha para o oeste inicia. Malditas turbas: graduandos que perderam o ônibus que ia direto agora falam aos gritos na minha condução; chineses americanizados gritam em chinês; chineses falam em chinês, sempre.
Cabeça girando, a viagem está em curso. "It's the end of the world as we know it", e eu estava bem no Brasil. Estou melhor agora, tenho que estar melhor, estar melhor à tempo do que está por vir. A cabeça dói. Chineses falam em chinês, sempre. Em grupos. Sozinhos, se fecham em seus mundos: iPods, palavras novas, acho que não faço questão de aprendê-las, onde estão os outros chineses? Eu estou aqui, o peso de uma semana densa, o corpo refletido em dor de cabeça, enquanto a marcha segue o seu caminho tortuoso. A música alivia: "follow the God that failed". Mas, se Ele falhou, posso ficar aliviado? Não, isto é imperdoável, como não teve perdão a cabeça, a cabeça dói muito. Sono é necessário, boas noites de sono, ponderadas por pensamentos a respeito do que está por vir. A viagem mais longa do ônibus permite organizar as idéias, a música é o meu elixir. Estudo economia, penso em economia, matemática, mas "Natural Sciences" também são importantes, deixe a roda continuar rodando, a viagem seguindo o seu caminho.
A catedral do oeste já está à vista, a marcha para o oeste parece estar chegando ao seu final. Americanos querem fazer o movimento de volta: as turbas se espremem no entorno do ônibus, quero sair, porra!!!, a cabeça dói, a música acaba, o mundo volta ao normal. Chineses falam chinês, sempre. Americanos são diretos, querem cumprir os seus objetivos. Eu só quero a minha cama, descanso, dois minutos de um repouso que para mim parece ser eterno.

setembro 12, 2006

Notícia Preocupante

Esta notícia que saiu na Folha Online sobre o uso de anti-inflamatórios é preocupante não pelo desempenho acionário das companhias (as ações da Novartis, fabricante do Cataflam e do Voltaren, não apresentaram aparentemente nenhuma mudança significativa até agora), mas mais porque, quem conhece como funciona as coisas lá em casa, em Bento, sabe que "se a dor for pequena, é frescura; se for muito forte, toma um Voltaren que passa". Desta forma, acho que faço parte... de um grupo de risco... caramba, tá doendo... hhhuuuummm!!! HELP!!!! SOCORRRO!!!!!!! AAAhhhh....

Brincadeira (ainda que mórbida), ok?

Abraços!

setembro 11, 2006

Também na Universidade...

... a homenagem aos mortos em 11/9. Este é o gramado que fica logo em frente à catedral da universidade. Se vocês procurarem em algum outro post, dá para localizar bem onde as bandeiras foram colocadas.


Um abraço!

setembro 10, 2006

E o Trono Vai Para...

Depois de debates infindáveis, a WTO finalmente resolveu trazer à tona considerações sobre o bem-estar geral da população, além de ver a sua atividade como o cerne da integração mundial!!! Veja aqui!

Admita, colega economista, você estava pensando em assuntos relacionados à comercio internacional quando falei em WTO, certo?

Abraços!

setembro 07, 2006

Da Semana

Um resumo, nas palavras de Arnaldo Antunes: "O pulso ainda pulsa, mas o corpo ainda é pouco!"

A chapa esquentou por aqui, poucos lugares me deixam, neste momento, tão felizes quanto a minha cama quente para as poucas horas restantes para o sono. Já disse um professor em sala de aula: "para fazer um bom doutorado, é necessário distribuir o tempo entre trabalho, lazer e horas de sono. Como, em termos gráficos, no plano, é impossível expressar a combinação entre três itens, acho que o sono de vocês deverá estar incorporado entre as horas destinadas ao lazer." O gráfico abaixo resume o que ele quer dizer com isto (Copyright Wikipedia: Labor Economics)


Acho que ele tem razão.

See you.

setembro 05, 2006

Ah, Se a Moda Pega...

... em outros lugares do mundo que nós conhecemos. Ocupação de vagas de profissionais de carreira por gente ligada ao grupo do poder, inclusive em universidades.

Um abraço!

setembro 03, 2006

Tão Perto, Tão Longe

Minha homenagem para uma pessoa importante para mim, em especial para que chegasse onde cheguei hoje. Feliz aniversário, Chris! Te amo!!!

setembro 01, 2006

Resist

Deixei passar a data importante (um mês de Estados Unidos), mas hoje, ouvindo esta música, ganhei um ânimo a mais para seguir a caminhada. Compartilho a mensagem com vocês.

Resist

by Neil Peart

I can learn to resist
Anything but temptation
I can learn to co-exist
With anything but pain

I can learn to compromise
Anything but my desires
I can learn to get along
With all the things I can't explain

I can learn to resist
Anything but frustration
I can learn to persist
With anything but aiming low

I can learn to close my eyes
To anything but injustice
I can learn to get along
With all the things I don't know

You can surrender
Without a prayer
But never really pray
Pray without surrender

You can fight
Without ever winning
But never ever win
Without a fight


Abraços!

P.S.: ao contrário de "Wherever I May Roam", publicada em outro post, esta música é mais tranqüila para os ouvidos. Se você for absolutamente avesso à guitarras elétricas, duas opções: 1) ouça a versão do disco "Rush in Rio", onde eles tocaram esta música quase como um acústico; ou 2) vai procurar o último sucesso do Belo em outro site, que isto aqui não te pertence!!!!

agosto 30, 2006

agosto 29, 2006

Das Aulas

Notas rápidas sobre as aulas, agora que já fui apresentado a todos os professores:

1) Não se engane!!! Quando o seu professor disser, em sala de aula, que o livro do Barro e do Sala-i-Martin de crescimento econômico é importante, ele não estará querendo empurrar leituras desnecessárias só para se satisfazer enquanto carrasco. O livro é bom, e você pode ganhar um bom tempo mais adiante, talvez lendo os originais do tema (Solow, Swan, Ramsey, entre outros), enquanto seus colegas correm atrás do material!

2) Se você tiver 5 minutos livres, gaste-os visitando o melhor site pessoal de um economista que eu já vi. Não, isto não é auto-promoção do blog, apesar de sermos torcedores do Barcelona, e ele também não é meu professor!!!! Hahahahahaha...

3) Ah, este povo do Filtro de Kalman... Primeira aula de econometria, o professor entra na sala, fala da matéria, provas, etc... antes de começar a matéria propriamente dita, uma pequena introdução sobre econometria (no que difere da estatística), um papo sobre os livros, e uma historinha: ele foi professor assistente em Princeton, e estava quebrando a cabeça para resolver um problema de econometria clássica. Quando foi solicitar ajuda, Prof. Sims lhe deu a seguinte resposta:
— Hon, why don't you become a Bayesian econometrician? That would make this problem so easy to solve...
Logo, se você tiver a chance, não perca: faça um curso de econometria Bayesiana, e esteja na crista da onda!!!!

4) Outra historinha do professor de econometria: segundo ele, o autor deste livro de introdução à estatística e econometria, que está sendo adotado aqui no curso no começo, jurou que jamais rodou uma regressão em um computador. Todo o livro teria sido escrito sem o cara possuir um mínimo de experiência em "meter a mão na massa". Tá bom...

5) Sem novidades no front de Micro: Mas-Collel, mesmo que Christiane queira dizer o contrário depois de sua última viagem, ainda é o cara!!! Nada de mais novo e atual em termos de livros para mestrado-doutorado na área.

Abraços!