julho 27, 2007

Infeliz

Somente aqueles que são colonizados intelectualmente, somente aqueles é que chegam no exterior pensando em fazer discurso em estrangeiro. Quando você vê, na televisão, alguém num fórum internacional, um brasileiro falando a língua do outro, primeiro, é um metido à besta.


Luiz Inácio Lula da Silva - 27/07/07


Eu falo inglês porque estudei. Ele não fala nem português porque é arrogante o suficiente para nunca ter feito o esforço de aprender!

Abraços!

Engarrafamento Aéreo é Coisa de Pobre

Quanta diferença!

Quando fizemos a viagem para New York, as passagens foram emitidas em nome da Chris, já que ela tinha um cartão fidelidade da Delta Airlines e poderia aproveitar as milhas. Hoje, ela recebeu um e-mail com os seguintes termos:


From: Delta Air Lines
Subject: Help Us Fly To The Far East

Delta has requested approval from the U.S. Department of Transportation to offer you the first and only nonstop flights between the Southeast's "capital" of Atlanta and China's financial and political capitals of Shanghai and Beijing. These new flights would fill a critical void in air travel today — the lack of service between the Southeastern United States and China.

What would our new China service mean for you? Improved access, convenience and service to one of the world's fastest growing leisure and business travel destinations, as well as:
    • Nonstop or one-stop access to China for customers in nearly 150 destinations across the U.S. — thanks to extensive connections available at the world's largest and fastest growing airline hub in Atlanta.

    • The latest in creature comforts, including completely flat seating planned for the BusinessElite® cabins of new Boeing 777 aircraft flying this route, beginning as early as March 2008.

We hope you will join us in supporting our efforts to make Delta and Atlanta the next gateway to China. You can do so by visiting nextgatewaytochina.com and signing our online petition. Thank you in advance for your support, and, as always, thank you for choosing Delta.

Ou seja, com a maior educação possível, seguindo todos os protocolos imagináveis, uma empresa aérea americana que quer colocar um vôo entre o sul dos Estados Unidos e a China tem que apresentar alguma medida da demanda por esta conexão.

Enquanto isto... em um certo país, aqueles que juravam estar diminuindo o fluxo de vôos para o aeroporto de maior movimentação da América Latina ainda não vieram a público explicar (talvez por falta de curiosidade da imprensa em perguntar, ou porque todo mundo já sabe que vai ouvir algum desaforo "top-top-top" de volta) porque este edital de 2006 ampliava o número de vôos circulando pelo dito aeroporto. Detalhe para a contradição: mesmo que os outros órgãos dessem condições técnicas para mais pousos e decolagens no aeroporto, se existisse uma política de redução do número de operações, este edital deveria, no máximo, fazer uma realocação dos horários de operação.

É incrível, mas o acidente da TAM só serviu para constatar uma tragédia: excesso de movimento em aeroportos é coisa de país pobre, que não tem condições de construir outros, e cujos responsáveis pela área distribuem vôos com a mesma naturalidade que se respira. Em país rico, no mínimo, um abaixo-assinado para medir a demanda pelo espaço aéreo solicitado pela empresa.

Abraços!

P.S.: Ah, e antes que se diga que era redistribuição dos espaços de outra empresa que faliu, note que foram adicionados vôos aos 50 originais que a falida tinha direito.

Angelo em Duke, Versão South Park



Figura criada aqui: http://www.sp-studio.de/

Abraços!

julho 24, 2007

Words of Wisdom

— Outside of a dog, a book is a man's best friend. Inside of a dog, it's too dark to read.
— Hey, what are you doing inside a dog, perv?!?!?!



Abraços!

julho 20, 2007

Medalhas?!?!?!?!

No Brasil, premia-se o construtor de restaurante de aeroporto com Medalha de Mérito Santos-Dumont - depois de um desastre aéreo. Durma-se com esta.

O último que sair, favor apagar a luz.

Abraços!

P.S.: estão achando que é piada, ou montagem de O Globo? Então olhem aqui.

julho 19, 2007

LFV - Vergonha!

Trecho lamentável da coluna de Veríssimo na Zero Hora e O Globo de Hoje:


Era notório o entusiasmo pelo nazismo em setores da aristocracia inglesa, por exemplo[...] Não tardou para Hitler desiludir seus apologistas e a guerra falsa se transformar em guerra mesmo, todos contra o fascismo. Mas por algum tempo os nazistas tiveram seu coro de admiradores bem-intencionados na Europa e no resto do mundo - inclusive no Brasil do Estado Novo. Mais tarde estes veriam, em retrospecto, do que exatamente tinham sido cúmplices sem saber. Na hora, aderir ao coro parecia a coisa certa.
[...]
Se esses dois exemplos ensinam alguma coisa é isto: antes de participar de um coro, veja quem estará do seu lado. No Brasil do Lula é grande a tentação de entrar no coro que vaia o presidente. Ao seu lado no coro poderá estar alguém que pensa como você, que também acha que Lula ainda não fez o que precisa fazer e que há muita mutreta a ser explicada e muita coisa a ser vaiada. Mas olhe os outros. Veja onde você está metido, com quem está fazendo coro, de quem está sendo cúmplice. A companhia do que há de mais preconceituoso e reacionário no país inibe qualquer crítica ao Lula, mesmo as que ele merece.


Se eu entendi direito, os que vaiaram Lula no Maracanã poderiam estar iludidos em seus atos, tanto quanto os europeus que aplaudiram Hitler contra os comunistas. Ainda de acordo com o colunista, antes de vaiar, seria importante procurar as "companhias", que seriam "preconceituosas" e "reacionárias" auxiliando a vaiar o presidente. Pergunto: existe algo mais reacionário que Sarney, Renan, Delfim, Michel Temer, só para ficar nos mais notórios?

Tivesse eu a chance e olhasse para os lados, não teria dúvida sobre o que fazer no Maracanã. Veríssimo também não. Entretanto, não estaríamos do mesmo lado.

Abraços!

julho 18, 2007

Ele Disse...

"Esqueçam o que eu escrevi", na versão Lula:

Eu, Artur, pego a minha experiência de 20 anos no movimento sindical, e fico olhando a quantidade de coisas que eu falei e falava porque era moda falar, mas que não tinham substância para sustentar na hora em que você pega no concreto. Na hora em que você entra no “pão-pão, queijo-queijo” tem uma diferença, e tem determinadas coisas que não podem ser um debate eminentemente ideológico, ele é real.


Para consulta ao original, aqui, no meio da página 4. Com áudio disponível, aqui, na reunião do dia 17 de julho de 2007.

Abraços!

Macabra Gramática

Trecho de reportagem da Folha de São Paulo de hoje (18/07/07 – "Depois da "tristeza", presidente mostra bom humor e faz brincadeiras no Planalto"):

Por fim, Lula fez uma de suas tiradas prediletas, ao dizer que sempre repete muitas vezes uma palavra difícil, depois que aprende a dizê-la. Já houve a fase do "sine qua non" (essencial) e a de "transesterificação" (processo para a produção de biodiesel). Ontem, foi a vez de "inexorável", citada quatro vezes no discurso improvisado.
"Quero dizer para vocês que também é inexorável – de vez em quando eu aprendo uma palavra difícil e a repito muito, inexorável eu acho o máximo – a sustentabilidade do crescimento econômico brasileiro."


Olhando para a gramática governista, o adjetivo que o presidente aprendeu, infelizmente, parece qualificar apenas sujeitos como "incompetência governamental", "ocupação política de cargos", "corrupção" e, de forma trágica, "acidentes aéreos".

Triste.

Abraços!

P.S.: diga-se, para evitar problemas de entendimento, que a matéria trata da tristeza presidencial após as vaias no Maracanã, mas antes do acidente aéreo.

julho 17, 2007

Acidente Aéreo

Sempre senti um frio na barriga ao chegar em Congonhas: a sensação de mergulhar em meio a prédios e ver o avião fazendo toda uma sequência de esforços para tentar parar sobre a pista me deixava apreensivo. Só me restava agarrar forte o banco do avião e torcer pela perícia do piloto da aeronave. O frio na barriga foi sempre (felizmente) seguido do alívio do anúncio de "Bem-vindos a São Paulo".

Entretanto, nenhum aeroporto que eu tenha conhecido dá uma sensação combinada de pavor e admiração em um procedimento de decolagem/pouso do que o de Santiago, no Chile. Quando estivemos por lá, chegamos à noite, era impossível ver o que se passava no lado de fora do avião. Apenas na volta para o Brasil nos demos conta do que acontecia ao nosso redor. Antes, um pouco de geografia: a foto abaixo mostra a localização da cidade de Santiago, em torno das montanhas que formam os Andes.



Imaginem um avião no seu procedimento de subida: dá para ouvir os motores trabalhando forte, alguma tensão na cabine, já que não é permitido a ninguém, nem a tripulação, sair dos seus assentos... Agora, imaginem que este esforço segue por 15, 20 minutos, meia hora, 40 minutos... E, ao abrir a janela do avião, a visão das montanhas dando a impressão de que não saímos do chão, que as montanhas crescem na mesma velocidade em que o avião se desloca. A vista é absolutamente deslumbrante, os picos nevados são lindos, mas a sensação do avião fazendo o seu esforço para atingir a altitude necessária e ninguém se mexendo no vôo é agoniante.

Fiquei curioso: quantos acidentes ocorreram neste aeroporto, em que, mais do que em qualquer outro lugar, a falha humana não perdoa? Respostas aqui. Dica: eu não era vivo no último acidente em Santiago.

Abraços!

julho 15, 2007

Por Una Cabeza

A mis amigos Hernán e Esteban, los saludo. Se quedaron por (tres) cabezas!

Abraços!

Por Una Cabeza

Por Carlos Gardel

Por una cabeza de un noble potrillo
que justo en la raya afloja al llegar
y que al regresar parece decir:
No olvides, hermano, vos sabés que no hay que jugar...
Por una cabeza, metejón de un día,
de aquella coqueta y risueña mujer
que al jurar sonriendo, el amor que está mintiendo,
quema en una hoguera todo mi querer.

Por una cabeza
todas las locuras,
su boca que besa
borra la tristeza,
calma la amargura.

Por una cabeza
si ella me olvida
qué importa perderme,
mil veces la vida
para qué vivir...

Cuántos desengaños, por una cabeza,
yo juré mil veces, no vuelvo a insistir,
pero si un mirar me hiere al pasar,
su boca de fuego, otra vez, quiero besar.

Basta de carreras, se acabó la timba,
un final reñido yo no vuelvo a ver,
pero si algún pingo llega a ser fija el domingo,
yo me juego entero, qué le voy a hacer.

julho 12, 2007

Fica Quieto e Faz o que eu Digo!

Não, a frase título do post não é nenhum resumo de briga minha com a Christiane. A frase deveria, na minha opinião, sintetizar o que deveria ser a relação Banco Central - Governo. Ainda que aparentemente agressiva, a frase sintetiza bem dois aspectos importantes da condução da política monetária sob um regime de metas de inflação:

  1. Existem dois papéis fundamentais, e, em alguns países, excludentes, no jogo de política monetária desenhado pelo regime de metas de inflação: o primeiro papel é o de formulador da meta – no Brasil, o CMN é quem escolhe a meta de inflação com até dois anos de antecedência; o segundo papel é o de executor, onde o Banco Central ajusta a taxa de juros de forma a tentar cumprir o desígnio do formulador.

  2. O Banco Central é o executor da política, e possui toda a autonomia de instrumentos para gerar o resultado desejado, minimizando a diferença entre meta e inflação no horizonte de tempo planejado.

Meu amigo Shikida escreveu um post em seu blog tratando do que seria um comportamento cíclico de governos reeleitos: cumpre-se um primeiro mandato com a política mais rígida possível, para depois um afrouxamento capaz de garantir o necessário para ser mostrado nas próximas eleições. Segundo a sua opinião, da qual compartilho, está em marcha uma política econômica para os próximos anos cujo custo será devidamente medido através da variação da carga tributária e da inflação (variação positiva, para a média da população, em ambos os casos).


Entretanto, um ponto desta discussão sobre a meta para 2009, origem de todos os debates atuais sobre política monetária no Brasil, ainda não está claro no desenho institucional do jogo: por que o presidente do Banco Central está discutindo com o ministro da Fazenda sobre o número da meta? Porque ele faz parte do CMN, o órgão do governo que decide a meta de inflação. Mas por que ele faz parte do CMN? E aí falta uma resposta convincente. Os custos do bate-boca entre Fazenda e Banco Central já estão se tornando evidentes (a última estimativa é de R$ 2.2 bilhões, só na conta de juros), e nem por isto parece que o debate esfria.


O ideal, neste caso, seria adotar literalmente um regime de acordo com o título do post: deixando-se claro que o BC não tem participação alguma sobre a escolha da meta de inflação, o governo assumiria os custos de vir a público e dizer, explicitamente, que ele deseja, sim, mais inflação no longo prazo; que, sim, os gastos públicos contratados hoje serão pagos com o papel pintado em 2009; que, sim, o governo tolera "um pouco mais" da distorção inflacionária em troca (não garantida) de um crescimento pouco maior neste ano.


Entretanto, o que é feito no país? Cria-se uma incerteza desnecessária, com o Banco Central pagando o mico do que deveria ser uma discussão de governo. E paga o mico duas vezes: uma, por estar debatendo com argumentos técnicos uma decisão que foi tomada politicamente (os ouvidos dos políticos são notavelmente surdos aos argumentos técnicos); e duas, por ser obrigado a cumprir uma meta em um ambiente de negócios mais difícil, curiosamente formado a partir da discussão atual (os R$ 2.2 bilhões começaram a se formar no início do debate).


Fico feliz por ter a oportunidade de escrever este post, já que ele organiza um pouco mais as idéias que já tinha lançado em outros dois (aqui e aqui) sobre os custos de política monetária mal desenhada.



Abraços!

julho 08, 2007

Blackout

Sim, fomos atingidos pelo apagão que se abateu sobre Manhattan naquela semana. O apagão pegou o nordeste da ilha, atingindo toda a rede de metrô e a superfície a partir da 77. Eu e Chris tínhamos saído do Guggenheim Museum (que fica na 89) e pensávamos em pegar o metrô para ir até o Empire State Building (na 33, cerca de assistir a chegada da noite do mirante. Quando a Chris começou a descer as escadas do metrô, começou a subir uma galera lá de dentro, os comerciantes fechavam as portas e colocavam os funcionários para fora, de maneira a impedir que novos clientes entrassem nas lojas, os sinais todos apagaram... um inferno!

Pior do que o inferno, só a consequência dele: tivemos que sair a pé (andamos pouco mais de cinco quilômetros até chegar ao Empire State), sem chance de pegar um taxi (já que estavam todos ocupados com o pessoal fugindo da região do apagão), sem metrô e debaixo de um calor que beirava os 40 graus. Mesmo depois de sair da região do apagão, não adiantava voltar para o metrô, já que toda a rede tinha caído.

Na foto abaixo, um cozinheiro de uma lanchonete coordenando o trânsito em uma das esquinas atingidas. Notem no detalhe o sinal de trânsito completamente desligado e o caos ao redor do pobre homem.


Abraços!

julho 05, 2007

Civilização

Outro dia, foi uma nota no Painel, da Folha de São Paulo, falando que o ministro Patrus Ananias teria passado na frente da fila em uma churrascaria em Brasília. Terça, saiu uma notícia dizendo que o ex-ministro Palocci foi pego no flagrante, "furando" a fila em um aeroporto com uma "carteirada" (expressão da reportagem). Agora, uma nota no Blog do Ancelmo Gois dá conta que uma atriz global foi vista discretamente chegando junto do banheiro feminino, em um evento no Rio, e, só para variar, passou na frente de todas as que aguardavam pela sua vez.

Algum dos citados, por um acaso, no maternal ou nos primeiros anos da educação básica, se sentia constrangido ao andar em fila com os demais coleguinhas? Ou será que a educação "moderna" não prevê mais isto?

O exemplo parece fútil, mas é apenas um sinal de que o país perde, a cada dia, um pouco de seus referenciais mais primitivos de civilização, assistindo como comportamento normal a máxima do "você sabe com quem está falando?" Triste.

Abraços!

julho 03, 2007

Ainda o iPhone

Ainda sobre o iPhone, li hoje em O Globo On Line matéria dando conta dos problemas de operação que a AT&T está tendo para atender a demanda inicial pela rede do aparelho. De toda a matéria divulgada, o interessante é o número: 2% de todos os telefones vendidos tiveram algum tipo de problema. Considerando que o volume de vendas foi muito maior do que o esperado, acho este percentual de problemas muito baixo.

Mas o que chamou a atenção mesmo da primeira matéria foram os comentários dos leitores, a maioria reclamando da demora para a chegada do aparelho no Brasil, alguns desdenhando, dizendo que, "daqui a 2 ou 3 meses vai exisitir (sic) toneladas de clones chineses, mais baratos, e sem problemas de contrato com a AT&T", e, por fim, outros afirmando que o aparelho é mero lixo tecnológico. Vou tentar responder algumas das questões, com base no que eu vi, usei e, principalmente, li na imprensa daqui.


Primeiro, sobre a demora para chegar ao Brasil, lamento informar, mas é fato: se, para a Europa, a previsão de chegada do aparelho é no final de 2007 (2008 para a Ásia), acho que a América Lat(r)ina vai ter que se contentar com o aparelho apenas por volta de 2009, a depender da evolução das telecomunicações por aí.

Este atraso tem as suas vantagens: fatalmente, o aparelho que chegar no Brasil vai ser mais avançado que o lançado aqui. E o melhor exemplo disto foi justamente o iPod: quando comprei no free-shop o meu, o vendedor mal sabia para que servia o player de música digital. Pouco tempo depois (acho que seis meses depois), a Chris, voltando da Europa, já tinha disponível o iPod nano, muito mais avançado e com capacidade de armazenamento maior que o meu. Ou seja, uma vez lançadas as versões mais novas, o produto comprado no Brasil vai ter uma qualidade muito maior do que a atualmente disponível aqui.

De toda forma, acredito que a maior restrição para o uso do aparelho no Brasil é a própria infraestrutura de internet disponível: um dos maiores baratos do aparelho é a conexão com a internet totalmente wi-fi. Ou seja, entrando em um café daqui, dá para, enquanto se come um bolo, acompanhar o noticiário de qualquer canto do mundo através do celular. Ou então, chegando na universidade, descarregar as apresentações que serão feitas em sala de aula diretamente para o aparelho, e usar os visualizadores de pdf's para acompanhar a apresentação do professor. Como fazer isto, no Brasil, onde as operadoras de internet banda larga ainda entregam aqueles modems para conexão com fios no PC (aqui, antes, pergunta-se em que tipo de computador será usada a conexão: se for laptop, modem wi-fi sem custo adicional), e são ainda poucos os estabelecimentos comerciais que investem em uma infraestrutura destas para manter os clientes no estabelecimento (não vou nem falar de universidades e/ou serviço público em geral).

Sobre a possibilidade de clonagem, de fato, existe um esforço de hackers para tentar driblar a principal restrição sobre o uso do iPhone nos Estados Unidos: como fazer para usá-lo com outras companhias de telefonia que não a AT&T. Agora, fora isto, acho difícil uma clonagem mais avançada, tendo em vista tanto questões de software como de hardware. Na parte de software, vale lembrar que os Mac's são os micros menos clonados do mundo, tendo em vista que eles só funcionam com o software da Apple, ao contrário dos PC's-Windows. No hardware, seria necessário clonar os sensores de orientação, luz e proximidade, que fazem os principais recursos do iPhone funcionarem, como a possibilidade de visualização da imagem na horizontal apenas com um giro do telefone na mão.

Sobre ser lixo tecnológico, o review mais completo que eu já vi sobre o aparelho conclui dizendo que a Apple, com este lançamento, elevou o nível não apenas do que se conhece como telefone celular, mas também para todos os tipos de aparelhos multimídia portáteis, a despeito dos problemas com a operação de e-mail e internet encontrados. De fato, ainda que ele tenha muito a evoluir, de acordo com o review, o iPhone é uma peça de tecnologia absolutamente fantástica, de acordo com este humilde escriba.

Abraços!

P.S.: tá bem, tá bem, eu desisto. Não vai ter como dar certo, mesmo.

julho 02, 2007

Seinfeld - O Toque de Midas

Para quem acompanhou o seriado, deve lembrar do episódio do "Nazista da Sopa", em que um cozinheiro preparava as sopas mais gostosas de NY, mas só vendia se o cliente seguisse um certo ritual no pedido da sopa, comprometendo-se com um comportamento humilde ao pedir o prato. Caso o cliente não seguisse o procedimento padrão, vinha a frase que se tornou um dos slogans do programa:

"- No soup for you!!!"

Ao ser avisado sobre o endereço original por um dos guias da cidade, resolvemos no sábado parar na frente e, com sorte, tomar uma sopa, ainda que debaixo de um calor de quase 40 graus que fazia em NY nestes dias. Decepção: o lugar estava fechado, e já faz algum tempo que está assim!


Não satisfeitos, resolvemos no dia seguinte conhecer o novo local de trabalho de Al Yeganeh - o Homem da Sopa Original! E aí ficou evidente o toque de midas de quem, indiretamente, se envolveu com o seriado Seinfeld: o novo endereço fica em uma das principais esquinas da quinta avenida (quase em frente à Biblioteca Pública da Cidade de NY), em um prédio com fachada de mármore, inclusive se dando ao luxo de não abrir para os clientes nos domingos - exatamente quando a cidade está cheia de turistas!


De fato, o seriado rendeu mais frutos para os personagens temporários do que para os próprios protagonistas: vale lembrar que Michael Richards (Kramer) foi acusado de racismo durante uma performance de "stand up comedy", Julia Louise-Dreyfus (Elaine) apenas recentemente conseguiu se desligar do show com sucesso no novo seriado, Jason Alexander (George) apenas fez pequenas aparições em público, enquanto Jerry Seinfeld continua percorrendo o país com um aclamado show, mas bem distante da televisão. Vida bem diferente da que hoje pode manter o cozinheiro "das melhores sopas do mundo".

Abraços!

Ainda Basquete em NY

Duas notas bem rápidas:

  1. Se eu tivesse mais tempo disponível na cidade, com certeza eu gastaria meia hora (mais do que isto eu não aguentaria) tentando jogar bola no Central Park. Pareceu ser bem divertido.
  2. Por coincidência, estivemos em NY na mesma semana do draft da NBA. Estávamos passeando na 8th Avenue, em paralelo com a Broadway, na altura de Times Square, quando passou pela gente simplesmente Greg Oden - o primeiro jogador recrutado neste ano! Quando passamos por ele, e eu entrei em estado de choque, Christiane olha para mim e pergunta "aquele ali não é um dos jogadores de basquete que tu ficava acompanhando, Angelo?" Não preciso de prova nenhuma mais de que, de fato, estive diante de um dos maiores prospectos da NBA: quando a própria esposa olha para o cara e, de alguma forma, o reconhece, então era o cara, mesmo!

Abraços!

"Fasolo Jordan" Batendo o Relógio

Tendo em vista a grande repercussão do video anterior, e a pressão constante que nós, grandes jogadores, sofremos diariamente em busca da melhor performance, trago aos meus prezados leitores mais um momento mágico captado neste final de semana. Reparem no pequeno passo para trás no último arremesso, configurando a jogada de três pontos, seguido da trajetória perfeita da bola e a explosão das arquibancadas. Algo realmente para a história.



Agradeço à minha cinegrafista, que soube captar com tamanha sutileza este momento único.

Abraços!

R.I.P. Punk

Visita feita na sexta-feira, a partir de passeio sugerido em um guia da cidade de NY que compramos por aqui: aqui jaz CBGB.


Na foto abaixo, as mensagens pixadas pelos fãs do bar, que se mudou para Las Vegas. Entre as mensagens, muitas referências aos Ramones ("Do You Wanna Dance"), algumas lembranças evidentes ("I was here", "Bowery will never be the same"), e frases furiosas contra o capitalismo (ah, anarquistas...) e o dono do local, que se negou a renovar o aluguel do prédio.


O passeio sugerido no guia é bem legal, passando por alguns pontos históricos do movimento punk de NY, e do próprio rock'n'roll. Além de algumas casas de tatuagens onde gente famosa teve o corpo devidamente desenhado, paramos para tirar foto nas escadas dos sobrados que serviram de imagem para o disco "Physical Graffiti" do Led Zeppelin.

Por fim, o lado mais deprimente, que só confirma a morte do movimento punk: na mesma quadra dos sobrados, só que do outro lado da rua, uma lojinha pequena vendia camisetas, videos, copos, canecos e outras bugigangas com o nome do CBGB. Preço de uma camiseta (preta, escrito CBGB - OMFUG): 20 dólares! Duvida? Então olha só aqui o website da loja!!!

Abraços!

julho 01, 2007

"Jordan, For Three..."

Em algum ponto de NY.

Abraços!

Meninos, Eu Vi

Vi, mexi, olhei, fucei... E posso dizer com toda a certeza: esqueçam tudo o que vocês sabem sobre telefone celular, palmtop e acesso à internet por dispositivos móveis. Estivemos hoje na loja da Apple na quinta avenida para conhecer a febre do momento: o iPhone.

O aparelho tem a espessura de meio polegar feminino (testado nos dedos da Chris), e não é maior que uma boa câmera digital. Entre os recursos, o acesso à internet completamente sem fios, combinado com a resolução de vídeo do aparelho, me deixou de queixo caído. Consegui, por exemplo, carregar via Google Earth, imagens de Bento Gonçalves - RS (Bento, sacramento, para os íntimos), podendo transformar a imagem para o formato de mapas das ruas da cidade - via Google Maps. A resolução de video, incrível, possibilitou que eu carregasse um video do YouTube e assitisse quase como se fosse uma imagem de cinema - e era um video com uma gravação feita de um show do Rush, possivelmente com uma câmera do mesmo nível da minha.

Ainda auxiliado pelos recursos de video, o gerenciamento das músicas é muito eficiente, já que dá para escolher os discos que serão tocados a partir da capa do cd. Além disso, recurso que não existe nos i-Pods atuais, é possível fazer seleções automáticas ("shuffle") de músicas de um mesmo artista.

O iPhone tem uma câmera fotográfica embutida. Não sei qual a resolução, mas a foto que tirei da Chris no local ficou muito nítida no aparelho. As fotos são gerenciadas da mesma forma que as músicas, podendo ser feitas separações por álbuns, temas, etc.

Na parte de aplicativos, o iPhone possui um recurso tipo "bloco de notas", que possibilita anotações rápidas e pequenos textos. O teclado, acionado na ponta dos dedos, ao invés das canetas que os palmtops usam, não é desconfortável. Outros recursos: previsão do tempo, calendário, alarme, relógio... Além disso, não se deve desconsiderar o esforço que os desenvolvedores de software estão fazendo para criar novos recursos desenhados para o iPhone.

Por fim, testamos o navegador internet com sites brasileiros. Carregamos o site do UOL, lemos algumas notícias na Folha OnLine, e tudo fazendo uso do recurso de ampliação das imagens da tela com as pontas dos dedos. Absolutamente incrível! Se você achava que conhecia palmtops, celulares, blueberries e afins, prepare-se para rever todos os seus conceitos.

Abraços!

"Se Gritar 'Imigração', Não Fica Um, Meu Irmão..."

Um pouco de Ciudad del Este em pleno centro de Manhattan.


Abraços!