fevereiro 28, 2009

Cubanos Deportados

Declaração do Ministro da Justiça, Tarso Genro:


Lara, hoje refugiado nos EUA com o colega, disse que ele e Rigondeaux não queriam ter deixado o Brasil. A afirmação foi feita em entrevista publicada esta semana em "O Estado de S. Paulo". A informação vai contra a posição do Ministério da Justiça, que diz ter oferecido asilo aos cubanos, o que teria sido rejeitado por eles. Tarso manteve o posicionamento.


"O cubano não ficou aqui no Brasil porque não quis, os colegas dele ficaram", disse o ministro, referindo-se a outros cubanos que pediram asilo e ficaram no país --Rafael da Costa Capote (handebol), Michel Fernandez Garcia (ciclista) e Lazaro Ramirez (treinador).

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Geografia (medidas de acordo com o Google Earth):

— Distância Rio de Janeiro-Miami: 6701.13 Km

— Distância Havana-Miami: 362.92 Km

De fato, Tarso tem razão: para buscar a liberdade, fugir de Havana para os EUA exige percorrer uma distância menor do que saindo do Brasil. Faz todo o sentido os boxeadores cubanos terem se entregado.

Abraços!

P.S.: meu argumento assume que Miami está nos EUA. Acrescente 968.50 Km se quiser considerar uma cidade americana de verdade (Atlanta).

fevereiro 27, 2009

Na Embraer

Para satisfazer o juíz do TRT, a Embraer recebe o sindicato de trabalhadores.

— Que bom, companheiro presidente da Embraer, que o senhor cedeu aos apelos para negociação, agora podemos sentar para conversar e...

— O relógio está correndo.

— Calma, companheiro presidente da Embraer. Nós temos uma contraproposta para fazer sobre as 4200 demissões: que tal começar a reduzir o número de horas em cada turno?

— Chegou algum pedido de compra de aviões? Ainda não? Então reduzir o número de horas não reduz custos. Proposta rejeitada: não.

— Mas companheiro, os trabalhadores vão sofrer com isto, é muito triste...

— O relógio está correndo.

— Companheiro presidente da Embraer, assim o senhor está sendo pouco flexível! Que tal esta outra proposta: férias coletivas. Nós ficamos em casa, sem fazer nada, até que novos pedidos cheguem para a empresa.

— Alguém recebeu pedido de compra de aviões novos? Não? Então férias coletivas não reduz custos. Proposta rejeitada: não.

— Companheiro, nós estamos aqui discutindo uma situação muito séria! O papel social da Embraer para o país deve ser considerado nestes casos!

— O relógio está correndo.

— Nós entendemos o problema da empresa, companheiro presidente da Embraer, mas o senhor não está cooperando! Mais uma proposta: reduzir o número de demissões, mais férias coletivas e redução do turno para quem fica.

— Aviões novos? Alguém? A proposta não resolve o problema. Proposta rejeitada: não.

— Companheiro presidente da Embraer, o senhor é um neo-liberal insensível, adorador de jiló, propagandista do Consenso de Washington!!! O senhor só pensa no lucro da empresa, e desconsidera a classe trabalhadora!!!

— Quando a Embraer, até pouco tempo atrás, recebia pedidos e contratou 10000 funcionários para atender a demanda, preocupação com o lucro não tinha nada demais, nem eu fui obrigado a negociar a contratação com alguém, não é? Agora que acabou a festa, lamento informar, acabaram as contratações.

— Mas companheiro presidente da Embraer, o senhor não está negociando...

— Estou: você fez três propostas que não resolvem o meu problema. Eu rejeitei as três. Negociamos, não deu certo. O relógio marca uma hora de reunião. Tempo encerrado, passar bem.

— Companheiro presidente da Embraer...

— Passar bem.

Abraços!

fevereiro 26, 2009

A Equação da Crise

Se você ainda está batendo cabeça para tentar entender como os bancos de Wall Street embarcaram em uma crise que estaria localizada apenas no mercado imobiliário, não perca a excelente matéria da Wired.

Para mim, o melhor trecho da reportagem, e que deixa a dica para muito material adicional, é este (grifos meus):

"[J]ust about anything could be bundled and turned into a triple-A bond—corporate bonds, bank loans, mortgage-backed securities, whatever you liked. The consequent pools were often known as collateralized debt obligations, or CDOs. You could tranche that pool and create a triple-A security even if none of the components were themselves triple-A. You could even take lower-rated tranches of other CDOs, put them in a pool, and tranche them—an instrument known as a CDO-squared, which at that point was so far removed from any actual underlying bond or loan or mortgage that no one really had a clue what it included. But it didn't matter. All you needed was Li's copula function."


Na frase em negrito, dá até para ver os imigrantes ilegais, estudantes de pós-graduação, entre outros tipos esquisitos, sendo classificados como crédito tipo AAA pelos bancos.

Abraços!

Coerência

Pergunto: se o Ministro da Justiça do Brasil acha que o poder judiciário italiano não oferece "direito à ampla defesa", o governo brasileiro está obrigado, por coerência, a solicitar ao governo italiano a extradição dos 50 brasileiros presos por falsificação de documentos naquele país, certo?


Abraços!

Sou um Tapado

Seguindo o Cláudio, também consulto o pai dos burros. Do Dicionário Houaiss:


"Tapado: ■ adjetivo: 1) que se tapou; fechado, obturado, vedado; (...)7) Derivação: sentido figurado. Uso: pejorativo. Falto de inteligência ou cultura; tolo, ignorante, bronco;(...)■ substantivo masculino: 11) indivíduo sem inteligência, bronco, estúpido."


Isto me define. Enquanto estava no Banco, a piada nos corredores consistia em nos definir, a partir do título de um livro, os "cabeças de planilha". Precisava estimar os modelos? Chamem os "cabeças de planilha"! E lá ia eu como parte da equipe para fazer o trabalho... Divertidíssimo!

Venho para o doutorado. O que eu faço? Mais modelos! Inclusive grito com a convergência de alguns, de tão bonitos!!! Isto é coisa de quê? "Cabeça de planilha", óbvio!

Agora, descubro que sou um tapado: poderia estar rico, estudando apenas por prazer, depois de operar no mercado sabendo que a crise viria. Não dependeria de emprego para viver (fosse no Banco, em alguma empresa do setor privado, em outro órgão público, como a TV Brasil...), apenas teria os louros das apostas bem sucedidas no mercado.

Você duvida disto? Então olhem o que eu perdi ao ficar preso aos modelos. Tapado, óbvio!!!

Abraços!

fevereiro 25, 2009

Arrastando

Gripe, aulas, apresentações, renovação de bolsa. Mas é só até daqui a pouco, depois acaba. Só falta mais uma apresentação, depois dedicação total à tese, daqui até o final do curso.

Me arrastando para a aula. Gripado, faço a última apresentação. Depois, desligo. É o meu "feriado de carnaval" (bem entre aspas, mesmo) que começa, com uma semana de atraso, e terminando na próxima segunda.

Abraços!

fevereiro 22, 2009

Duke Basketball: 22-5

Flertando com o colapso, de novo. Depois de se tornar número 1 no ranking nacional ao colecionar 18 vitórias e apenas 1 derrota, Duke seguiu a sua sina recente nos meses de janeiro e fevereiro. Com um desempenho recente lamentável (4 vitórias e 4 derrotas, totalizando 22 vitórias e 5 derrotas ao todo), Duke luta para chegar em boas condições ao torneio nacional.

Hoje, Duke bateu o time que lhe rendeu a segunda derrota do ano. Wake Forest derrubou o então número 1 do país, jogando em casa, no dia 28 de janeiro. Hoje, Duke deu o troco, ainda que em uma vitória apertada. Fez um primeiro tempo brilhante (Gerald Henderson Jr., guardem este nome em um dos próximos dois drafts da NBA), chegou a abrir 22 pontos, mas cedeu no final, ganhando por 101-91, depois de passar sufoco com uma diferença de apenas 2 pontos na metade do segundo tempo.

As outras derrotas de Duke foram contra Clemson (horrível, faziam 13 anos que Duke não perdia por um placar tão elástico, 74-47), no clássico local contra a UNC (em casa) e Boston College (fora de casa). Em todos os jogos, ficou clara a falta de poder de marcação dos armadores e alas de Duke, o que sobrecarrega os já fracos (fisicamente) pivôs. Também o declínio físico do time foi evidente, com jogadores como Kyle Singler se arrastando ao final dos jogos, consequência do elevado tempo que gastaram em quadra mais cedo na temporada.

Agora, é torcer para um desempenho decente no Nacional. Contar com uma participação no Final Four é complicadíssimo, a despeito do bom desempenho no início do ano.

Abraços!

Caça e Caçador

País xenófobo, preconceituoso, trata os imigrantes como escravos para depois, em época de crise, descartá-los como se não fossem gente. Deveriam fazer uma política de ampla legalização do imigrante ilegal, porque não é possível que gente que trabalhe sério seja punida apenas por estar em condições irregulares no país e... ops, meu lado "humanista-defensor dos direitos humanos-trambiqueiro-onguista" veio à tona, mas não era para falar mal dos EUA. É de outro país...

Falando sério agora, onde estão as associações que gritam pedindo pela legalização do trabalho imigrante ilegal aqui nos EUA? Ou a situação não é a mesma?

Abraços!

fevereiro 21, 2009

Gastou Tudo

O Cláudio está furioso, e com razão, com o jornalista Guilherme Fiuza, de Época. O dito cujo saiu dizendo em seu blog, pela ordem cronológica:

1) na sexta-feira, dia 13, que "o Brasil foi estuprado na pele de Paula Oliveira",

2) no domingo, dia 15, que "os anjinhos nazistas da Suíça estão prontos pendurá-la na cruz da xenofobia" (arre!);

3) ainda no domingo, dia 15, que "a Suíça, além das inclinações totalitárias, é o paraíso mundial da corrupção";

4) na quinta-feira, dia 19, que o processo suíço seria tão bem organizado que "vai aparecer de tudo. É capaz até de ela confessar que é membro da al-Qaeda."

Por fim, ele escreve hoje, dia 21, ainda sobre o caso Paula, dizendo que "a opinião pública é fascista", que "julga sumariamente, pela internet, pela TV ou a milhares de quilômetros de distância do fato. Um oceano é uma poça d’água para os juízes implacáveis da opinião pública."

Fiuza escreveu um bom livro na sua carreira, "3000 Dias no Bunker", tratando das condições políticas que cercaram a elaboração do Plano Real. A linguagem do livro, lembro de memória, é tão dramática quanto os seus posts. Em termos de conteúdo, entretanto, parece que os méritos não foram tão bem distribuídos quando a linguagem: a qualidade do livro é muitas vezes superior ao que aparece no blog. Talvez, para escrever um livro, se use o cérebro, e não o fígado.

Abraços!

O Medo

Dois posts em um espaço de menos de um dia, escritos por duas pessoas diferentes, morando em dois países diferentes. Uma única conclusão. A dimensão exata do medo de andar pelas ruas do Brasil, nos dias de hoje, só é corretamente medida quando se mora fora do país por um certo tempo. É chocante ter que ouvir de novo, ao retornar, as recomendações de "não andar com as janelas do carro abertas", "esconder o celular", "deixar a bolsa em casa", "evitar sair com o relógio de marca"...

E o choque é o mesmo, seja para quem mora na Suécia, na França, nos EUA, ou em qualquer país onde ainda restam sinais de civilização.

Abraços!

fevereiro 19, 2009

Carnaval 2009

Agora vai: ziriguidum, tereco-teco, balaco-baco, dois dedinhos apontados para cima.

Agora chega, passou, já foi.

Este foi o post de Carnaval.

Abraços!

fevereiro 17, 2009

fevereiro 16, 2009

O Alienista

A história de Simão Bacamarte deveria ser melhor estudada nas escolas brasileiras. "Os americanos são preconceituosos", "os italianos são fascistas loucos", "os suíços perseguem quem quer trabalhar duro", "os espanhóis acham que as mulheres brasileiras são prostitutas"... O mundo todo tem um problema conosco.

Será que "malucos" são só os outros? Notícias que coletei em 5 minutos esta noite apenas NAS CAPAS dos principais portais de notícia do país.

Acusado de matar jovem inglesa em GO é psicopata, diz laudo

Pastora brasileira é acusada de abusar de menina nos EUA

Paula enviou a amigos ultrassom falso, diz colega

Mãe de bebê que ingeriu cocaína é presa em MT

Adolescente morre após ser baleada na quadra da Imperatriz

Corpo de torcedor do Atlético-MG é enterrado

Namoro de Madonna e Jesus é 'uma farsa', diz jornal

Garotos matam adolescente e enterram corpo atrás de casa em Coronel Macedo (SP)

MP sugere reduzir para 5% presença de visitantes em estádios

Simão Bacamarte está entre nós.

Abraços!

fevereiro 13, 2009

Boto Cor-de-Rosa

Ah, boto! Eu sabia que tu ia dar a cara! Estava demorando! Com a sutileza de uma Kombi, a agilidade de um elefante, mas ainda um boto! Qual é o problema, boto? O olho da sogra estava muito doce, deu indigestão? Ou o novelo de lã (dela) emaranhou e tu não sabes desfazer os nós? Boto, boto... tsc, tsc... que coisa!

Boto cor-de-rosa, vou te dar uma dica: pedala, boto!!! Vai fazer teu tratamento! Eu não precisei, mas parece que o teu chapéu está tapando o buraco por onde respiras. Levanta a cabeça, vem para a superfície, mas não faça mais isto, boto cor-de-rosa. Pega a tua donzela e vai ser gauche na vida, boto cor-de-rosa. Ela também ficará da tua cor (é meio cinzento, eu sei, mas tu sabes o que fazer)! Larga de frescura, porque como já dizia o poeta, a inveja não é mais do que matéria fecal.



Abraço!

fevereiro 10, 2009

O Haiti Perto de DC

Agora vai!!! Tenham fé, profetas do apocalipse! Se depender da imprensa americana, seus desejos serão realizados.

Primeira entrevista coletiva de Obama para a imprensa na Casa Branca. Objetivo da entrevista: discutir o plano de estímulo que está sendo discutido no Congresso. O país parou para assistir a entrevista, seriados tiveram suas apresentações adiadas para que todas as principais redes transmitissem a palavra do Presidente. O velhinho que abre a porta do ginásio da universidade aumenta o volume de todas as televisões no ginásio para todos ouvirem a coletiva. O palco está montado.

Começa a entrevista: pacote econômico, debate com os republicanos, relações externas (já fugindo do foco da entrevista), o problema do Irã. Volta para a economia: "excesso de gastos", "corte de impostos", aprovação do Congresso, relações bi-partidárias.

Próxima pergunta: Michael Fletcher, Washington Post.


"What's you're reaction to Alex Rodriguez's admission that he used steroids as a member of the Texas Rangers?"


No meio da maior crise econômica da história do país, o reporter do Washington Post usa a única oportunidade que tem para fazer uma pergunta ao Presidente da República em cadeia nacional para saber a sua opinião sobre a confissão do ex-namorado da Madonna que usou esteróides entre 2001 e 2003, quando ficou entre os melhores jogadores do campeonato de baseball.

O Haiti nunca foi tão próximo de Washington, ao menos do Post.

Abraços!

fevereiro 09, 2009

Trading Baby

Propaganda muito popular por aqui. O final do filme deve estar relacionado com o desempenho atual das ações por aqui... "I just buy a stock, no big deal." Yeah!

Abraços!

fevereiro 08, 2009

Caramba...

Já fazem 5 dias que eu não escrevo por aqui. Então, deixa assim. Vou voltar para trabalhar, escrevo depois.

Abraços!

fevereiro 03, 2009

BC de Outro Mundo

O Banco Central do Brasil está muito bem de pesquisadores: não bastasse a quarta colocação no ranking Repec de publicações em economia no Brasil, ainda se dá ao luxo de contratar pesquisadores vindos, literalmente, do além, como atesta a figura abaixo:


Não notaram nada de estranho na lista? Olhem quem é o 16° da lista, e confiram aqui o seu histórico. É do outro mundo!!!

Abraços!

fevereiro 01, 2009

Bad Bank: Reduzam o Quadrado

Uma das propostas novas que andam circulando sobre planos de ação para corrigir os problemas de crédito resultantes da crise financeira refere-se à criação de "bad banks": instituições que concentrariam todo o crédito ruim contido nos 4 maiores bancos americanos, em troca de um auxílio para que os bancos retomassem a confiança necessária para reativar o mercado de crédito.

As críticas sobre a criação dos "bad banks" são basicamente três:

1) os "bad banks" seriam criados com grande uso de dinheiro público limpando a sujeira dos créditos podres contidos nos balanços das grandes instituições. O dinheiro público viria de duas fontes: mais dívida ou maior dinheiro impresso. No primeiro caso, a intervenção significa o aumento da já gigantesca dívida pública do governo americano. No segundo caso, imprimir dinheiro resulta em mais inflação.

2) a criação dos "bad banks" seria avalista do problema de "moral hazard" que as grandes instituições enfrentam: se toda vez que o banco fizer concessões burras de crédito, o governo aparecerá para corrigir o problema, o banco não tem motivo nenhum para fazer análises de risco de crédito no futuro.

3) que preço pagar por ativos cujo retorno é altamente questionável? O valor de face ou o retorno esperado? Se for o valor de face, é injeção de dinheiro público na veia, já que o governo ficaria no prejuízo. Se for o retorno esperado, então a ajuda é nula, já que nenhum dinheiro entraria no banco. Esta é a crítica original feita por Krugman ao plano de Paulson.

No NYT de hoje, uma análise interessante de Max Holmes discute uma alternativa à criação tradicional dos "bad banks", baseada em experiências do final da década de 80 nos EUA. Para entender a proposta, é preciso visualizar o funcionamento do balanço de um banco problemático na situação atual. A figura abaixo mostra a divisão entre ativo e passivo do banco, com o total de ativos ruins superando o valor total do patrimônio, mas menor que o total do passivo sem contar o patrimônio líquido. Pela figura, assumindo que o total de ativos podres resulte em um retorno igual a zero, fica claro que o banco é insolvente, já que depois de liquidadas todas as operações, o patrimônio líquido final é negativo.


As propostas iniciais de intervenção nos bancos, na linha desenhada até agora, consistiam em usar dinheiro público para comprar dos bancos a fatia vermelha do balanço, de forma a limpar o balanço das instituições. Basicamente, a fatia vermelha seria "transformada" em uma fatia branca com o uso do dinheiro público, e o governo administraria um conjunto de ativos cujo retorno assume-se zero. Esta é a proposta que citei acima cujo resultado final, para a economia, seria mais inflação ou maior endividamento público.

A proposta comentada por Max Holmes consiste em transferir a parte vermelha para o "bad bank", tendo como contrapartida uma fatia do passivo dos bancos. Ou seja, ao invés de "transformar" a parte vermelha, o quadrado todo seria reduzido, na medida exata da área vermelha. O total do passivo transferido seria formado pelos títulos emitidos pelos bancos para captar recursos, com vencimento equivalente ao dos ativos podres, para que o gerenciamento do "bad bank" seja possível.

Além de evitar o uso do dinheiro público para salvar instituições insolventes, a proposta penaliza também o banco através da retirada de parte do passivo. A punição viria através da transferência de dívidas do banco falido de perfil favorável para o "bad bank", caso os vencimentos dos ativos podres fossem compatíveis.

Alguém consegue ver falhas neste tipo de intervenção? Área de comentários aberta.

Abraços!