Vocês devem, obviamente, ter lido sobre a recepção de "Tropa de Elite" no Festival de Berlin, e agora estão sabendo que o filme conquistou o maior prêmio da mostra. Quando estivemos no Brasil, e antes de ver o filme, um amigo nosso comentou que o filme seria visto como uma espécie de filme de ficção científica a partir de um determinado momento, já que as cenas não seriam vistas dentro do que se entende por "sociedade" para quem mora fora do país.
Pois, durante a exibição de Berlin, resolvi coletar algumas resenhas sobre o filme e verificar qual foi o entendimento que os críticos tiveram sobre o filme. Na medida do possível, tentei separar o que era juízo de valor sobre o filme, e fiquei concentrado apenas no entendimento que os críticos tiveram da história em si. A melhor pérola foi encontrada na crítica do site "Hollywood Reporter".
Ainda que tenha achado o filme divertido para quem procura um pouco de ação, o crítico deixou de entender partes importantes da história. Exemplo disto é o trecho sobre os novatos na polícia, Matias e Neto, afirmando que "por algum motivo, seu trabalho envolve empregos secundários, de tal forma que Neto trabalha na 'auto shop' da polícia, enquanto Matias estuda Direito". Ou seja, o crítico não entendeu que a oficina é parte da corporação policial (lógico, em países desenvolvidos, a polícia paga alguém para fazer a manutenção das viaturas, ao invés da própria polícia fazer os serviços), e que fazer faculdade é uma forma de, no futuro, procurar um emprego que tenha remuneração melhor que a oferecida pela polícia.
Além disso, o crítico se surpreende, pois mesmo depois de muitos flashbacks, ainda que a trama esteja toda em torno do evento, "nada do Papa aparecer ao final do filme". Possivelmente, como disse a Chris, ele devia estar esperando uma imagem do Papa desembarcando no Rio de Janeiro e trazendo a paz para toda a humanidade. Tenha dó!!!
Foi a crítica mais divertida que li sobre o filme. E o mais interessante é que foi reproduzida em diversos sites. Espero ansioso pela recepção do filme por aqui.
Um abraço!
2 comentários:
Não falei que não iam entender nada?
Abraços,
Marcelo
Teu comentário foi a primeira coisa que lembrei quando li a crítica... rsrsrsrsr
Abraços!
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