Mais críticas aos modelos DSGE. Ao menos, desta vez, são sérias: Robert Solow sabe muito. A crítica ao chamado "agente representativo" é séria, ainda que antiga (inclusive, o próprio Solow, em um dos seus artigos mais famosos, utilizou fartamente do artifício). O problema é que modelos que fogem deste paradigma ou são de difícil computação (por exemplo, Krusell e Smith, 1998), ou assumem hipóteses que, nas palavras do próprio Solow, não passam do "smell test".
É sabido, nos meios acadêmicos, que Solow nunca aceitou bem a idéia que o seu modelo, de alguma forma, é a base daquilo que hoje se chama de modelos DSGE: a idéia de um agente maximizador de utilidade que oferece trabalho no mercado em troca de um salário capaz de financiar o seu consumo já estava no trabalho de 1956. O que a literatura atual fez foi adicionar, como ele mesmo destacou, fricções capazes de incrementar a aderência do modelo aos dados na frequência do "business cycle". A grande crítica por ele elaborada é que o mesmo modelo que explicaria o crescimento de longo prazo (o dele) não serviria para ser aplicado na macroeconomia de curto prazo.
Não deixe de ler a nota de Solow, vale a pena.
Abraços!
"Hazard - 1. A hazard is something which could be dangerous to you, your health or safety, or your plans of reputation. (...) 2. If you hazard or if you hazard a guess, you make a suggestion about something which is only a guess and which you might be wrong." - Do Dicionário "Collins Cobuild"
julho 27, 2010
Solow e DSGE
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Um comentário:
Ótimo post, Ângelo!
Abração,
Ulises
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