fevereiro 28, 2014

Carnaval 2014

Hoje começa oficialmente o carnaval para mim, e o bloco já está na rua. Deliberadamente me aproprio de um ótimo nome que li no Twitter: faço parte, e sou o único membro do bloco “Acadêmicos de Milton Friedman”. Na verdade, para ser sincero, eu e meu amigo Johnny Andador fazemos parte do bloco. Johnny aparece de vez em quando, talvez por isto eu diga que sou o único membro.

O ritual carnavalesco começa falando com a esposa pela internet. Ela já longe de Brasília, dois dedinhos para cima, a-la-la-ô! Iniciação encerrada. O bloco terá diversos desfiles ao longo do feriado: filtros multivariados, finanças públicas, estimações não-lineares, economia computacional e, para variar, modelos DSGE. Todos se movendo de forma sincronizada: ao final, o jurado anuncia: “HARMONIA, NOTA 10!” A fantasia é única, para todo o feriado: calça cinza larga (aquela!!!) e camiseta de show do Sepultura (“ALEGORIAS E ADEREÇOS, NOTA DEZ!”).

O samba-enredo também é o mesmo, todo o ano: 2112, Rush. “We are the Priests of the Temples of Syrinx, our great computers filled the hollowed halls” (“BATERIA, NOTA DEZ!”). Variações: Pink Floyd, Stones, Bowie, Fito… 



O folião se alimenta. Junk food, refrigerante, café, muito café para manter o ritmo. Uma pizza tamanho família a ser pedida amanhã, ainda não sei que sabor. Sei que vai terminar em gorgonzola: com o tempo da pizza fora da geladeira, a maturação do queijo é uma obrigação. Logo, a pizza começa um sabor qualquer, termina um sabor qualquer mais gorgonzola.

A festa não tem horários: apenas a evolução dos blocos determina a hora de dormir, a hora de acordar e a hora de comer (“EVOLUÇÅO, NOTA DEZ!”). O único horário: pegar minhas meninas no aeroporto, na terça-feira.


Bom carnaval, NOTA DEZ, para todos!

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