Acho que está sempre faltando alguma coisa:
1) Frio, mas sem neve.
2) Listas de exercício, mas sem tempo para descanso.
3) Christiane com carteira provisória de motorista, mas sem carro.
4) Provas começando a chegar, mas sem ninguém para segurar o relógio.
5) Cabelo ainda crescendo, mas ninguém para me forçar a cortá-lo.
6) Passou o domingo, mas sem futebol americano na TV (Super Bowl neste domingo!!!).
7) O sanduíche do almoço é bom, mas não tem o molho que do Xis do Bocão.
8) Garrafa de vinho no balcão da cozinha, ninguém para bebê-lo.
Mais um dia normal em Durham.
Abraços!
"Hazard - 1. A hazard is something which could be dangerous to you, your health or safety, or your plans of reputation. (...) 2. If you hazard or if you hazard a guess, you make a suggestion about something which is only a guess and which you might be wrong." - Do Dicionário "Collins Cobuild"
janeiro 29, 2007
janeiro 25, 2007
Meteorologia para Mães Desnaturadas
Interessante o final do último aviso de emergência para o tempo por aqui, publicado no Weather Channel. As funções maternais do alerta climático... (negritos e itálicos da mensagem por minha conta)
Special Weather Statement
PERSON-GRANVILLE-VANCE-WARREN-HALIFAX- FORSYTH-GUILFORD-ALAMANCE- ORANGE- DURHAM-FRANKLIN-NASH-EDGECOMBE- DAVIDSON-RANDOLPH-CHATHAM- WAKE- JOHNSTON-WILSON-STANLY-MONTGOMERY- MOORE-LEE-HARNETT-WAYNE- ANSON- RICHMOND-SCOTLAND-HOKE-CUMBERLAND- SAMPSON- INCLUDING THE CITIES OF... ROXBORO...OXFORD...HENDERSON... WARRENTON...ROANOKE RAPIDS...WINSTON- SALEM...GREENSBORO... HIGH POINT... BURLINGTON...CHAPEL HILL...DURHAM... LOUISBURG... NASHVILLE...ROCKY MOUNT... LEXINGTON...ASHEBORO...PITTSBORO... RALEIGH...SMITHFIELD...WILSON... ALBEMARLE...TROY... SOUTHERN PINES... SANFORD...LILLINGTON...GOLDSBORO... WADESBORO... ROCKINGHAM...LAURINBURG... RAEFORD...FAYETTEVILLE...CLINTON 250 PM EST THU JAN 25 2007
...WIND CHILLS IN THE TEENS ARE EXPECTED LATE TONIGHT...
COLD AIR WILL CONTINUE TO FILTER INTO THE MID ATLANTIC REGION TONIGHT. LOWS ACROSS CENTRAL NORTH CAROLINA WILL BOTTOM OUT IN THE LOW TO MID 20S. NORTHWEST WINDS FROM 10 AND 20 MPH WILL GUST UP TO 30 MPH THROUGH SUNSET... AND THEN DIMINISH TO LESS THAN 10 MPH BY DAYBREAK. THE COMBINATION OF THE COLD TEMPERATURES AND WINDS WILL RESULT IN WIND CHILL VALUES IN THE TEENS. HIGH TEMPERATURES ON FRIDAY WILL STRUGGLE TO REACH THE UPPER 30S TO LOWER 40S.
PARENTS SHOULD MAKE SURE CHILDREN WHO WILL BE EXPOSED TO THE COLD AT BUS STOPS IN THE MORNING ARE DRESSED WARMLY.
Abraços!
Special Weather Statement
PERSON-GRANVILLE-VANCE-WARREN-HALIFAX- FORSYTH-GUILFORD-ALAMANCE- ORANGE- DURHAM-FRANKLIN-NASH-EDGECOMBE- DAVIDSON-RANDOLPH-CHATHAM- WAKE- JOHNSTON-WILSON-STANLY-MONTGOMERY- MOORE-LEE-HARNETT-WAYNE- ANSON- RICHMOND-SCOTLAND-HOKE-CUMBERLAND- SAMPSON- INCLUDING THE CITIES OF... ROXBORO...OXFORD...HENDERSON... WARRENTON...ROANOKE RAPIDS...WINSTON- SALEM...GREENSBORO... HIGH POINT... BURLINGTON...CHAPEL HILL...DURHAM... LOUISBURG... NASHVILLE...ROCKY MOUNT... LEXINGTON...ASHEBORO...PITTSBORO... RALEIGH...SMITHFIELD...WILSON... ALBEMARLE...TROY... SOUTHERN PINES... SANFORD...LILLINGTON...GOLDSBORO... WADESBORO... ROCKINGHAM...LAURINBURG... RAEFORD...FAYETTEVILLE...CLINTON 250 PM EST THU JAN 25 2007
...WIND CHILLS IN THE TEENS ARE EXPECTED LATE TONIGHT...
COLD AIR WILL CONTINUE TO FILTER INTO THE MID ATLANTIC REGION TONIGHT. LOWS ACROSS CENTRAL NORTH CAROLINA WILL BOTTOM OUT IN THE LOW TO MID 20S. NORTHWEST WINDS FROM 10 AND 20 MPH WILL GUST UP TO 30 MPH THROUGH SUNSET... AND THEN DIMINISH TO LESS THAN 10 MPH BY DAYBREAK. THE COMBINATION OF THE COLD TEMPERATURES AND WINDS WILL RESULT IN WIND CHILL VALUES IN THE TEENS. HIGH TEMPERATURES ON FRIDAY WILL STRUGGLE TO REACH THE UPPER 30S TO LOWER 40S.
PARENTS SHOULD MAKE SURE CHILDREN WHO WILL BE EXPOSED TO THE COLD AT BUS STOPS IN THE MORNING ARE DRESSED WARMLY.
Abraços!
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Vida EUA
janeiro 23, 2007
Lembrete
Se o governo do seu país divulgou algum plano mirabolante de crescimento econômico, pergunte aos técnicos se eles resolveram esta equação para obter os números finais:
onde:
R - Receitas do governo com tributos
g - Gastos do governo
beta - Fator de desconto intertemporal
pi - Probabilidade de ocorrência de diferentes regimes de gasto do governo
Abraços!
onde:
R - Receitas do governo com tributos
g - Gastos do governo
beta - Fator de desconto intertemporal
pi - Probabilidade de ocorrência de diferentes regimes de gasto do governo
Abraços!
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Economia
janeiro 21, 2007
O Mercosul Está Aqui
Foto do encontro de cúpula Brasil-Argentina, realizado ontem à noite aqui em casa. Da esquerda para a direita, Belem, Christiane, "Primo It/Boneco de Neve/Toca Raul, Cabeludo", Esteban e Hernan.
Abraços!
Abraços!
janeiro 19, 2007
Neve de Papel
Mais uma música: Vitor Ramil
Neve de Papel
Por Vítor Ramil
Quem se vai ali
Olha, sou eu
Sob a neve de papel
Que cai de um céu
De janelas do ano que foi
Será que vem
Alguma carta pra mim?
Mas de quem virá?
O que irá dizer?
“Que surpresa encontrar
Você aqui”
São janelas feitas de ar
Todas iguais
Qual delas se abre por mim?
Que me vou por ali
Que fiquei por aqui
Quem ficou ali
Olha, sou eu
Sobre a neve de papel
No chão, ao léu
Folhas brancas, contas, jornais
Onde estará
Aquela carta pra mim?
Que me vou por aqui
Que fiquei por ali
Neve de Papel
Por Vítor Ramil
Quem se vai ali
Olha, sou eu
Sob a neve de papel
Que cai de um céu
De janelas do ano que foi
Será que vem
Alguma carta pra mim?
Mas de quem virá?
O que irá dizer?
“Que surpresa encontrar
Você aqui”
São janelas feitas de ar
Todas iguais
Qual delas se abre por mim?
Que me vou por ali
Que fiquei por aqui
Quem ficou ali
Olha, sou eu
Sobre a neve de papel
No chão, ao léu
Folhas brancas, contas, jornais
Onde estará
Aquela carta pra mim?
Que me vou por aqui
Que fiquei por ali
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Música
janeiro 18, 2007
O Mundo Visto da Minha Janela - Inverno
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Fotos
janeiro 14, 2007
Minha Casa
Fazia tempo que não colocava no ar alguma música. Resolvi, então, recuperar uma canção de letra muito bonita do Zeca Baleiro, gravada no disco Líricas, de 2000.
Minha Casa
Por Zeca Baleiro
É mais fácil cultuar os mortos que os vivos,
mais fácil viver de sombras que de sóis.
É mais fácil mimeografar o passado
que imprimir o futuro.
Não quero ser triste
como o poeta que envelhece
lendo Maiakóvski na loja de conveniência.
Não quero ser alegre
como o cão que sai a passear com o seu dono alegre
sob o sol de domingo.
Nem quero ser estanque
como quem constrói estradas e não anda.
Quero no escuro
como um cego tatear estrelas distraídas.
Minha casa
Amoras silvestres no passeio público,
amores secretos debaixo dos guarda-chuvas.
Tempestades que não param,
pára-raios quem não tem
mesmo que não venha o trem não posso parar.
Veja o mundo passar como passa
uma escola de samba que atravessa,
pergunto onde estão teus tamborins
pergunto onde estão teus tamborins.
Sentado na porta de minha casa,
a mesma e única casa,
a casa onde eu sempre morei.
Abraços!
Minha Casa
Por Zeca Baleiro
É mais fácil cultuar os mortos que os vivos,
mais fácil viver de sombras que de sóis.
É mais fácil mimeografar o passado
que imprimir o futuro.
Não quero ser triste
como o poeta que envelhece
lendo Maiakóvski na loja de conveniência.
Não quero ser alegre
como o cão que sai a passear com o seu dono alegre
sob o sol de domingo.
Nem quero ser estanque
como quem constrói estradas e não anda.
Quero no escuro
como um cego tatear estrelas distraídas.
Minha casa
Amoras silvestres no passeio público,
amores secretos debaixo dos guarda-chuvas.
Tempestades que não param,
pára-raios quem não tem
mesmo que não venha o trem não posso parar.
Veja o mundo passar como passa
uma escola de samba que atravessa,
pergunto onde estão teus tamborins
pergunto onde estão teus tamborins.
Sentado na porta de minha casa,
a mesma e única casa,
a casa onde eu sempre morei.
Abraços!
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Música
OPA!!!
Para quem leu a coluna do Elio Gaspari neste domingo (publicada simultaneamente na Folha, O Globo, Correio do Povo, entre outros), afirmo: Duke não é uma universidade de elite! Ou, ao menos, nunca fui convidado para o tipo de festas que ele descreveu por lá.
Abraços!
Abraços!
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Notícias Brasil,
Vida EUA
janeiro 11, 2007
"Magoei..."
Recebi um texto muito interessante, publicado no Journal of Economic Perspectives, sobre o histórico de artigos famosos até a sua publicação. O trabalho conta histórias engraçadíssimas sobre trabalhos seminais em economia que foram rejeitados nas primeiras tentativas de publicação. Entre as histórias, algumas merecem destaque:
— O artigo clássico de Akerloff, sobre seleção adversa e o "mercado de limões", foi submetido e rejeitado em duas revistas (American Economic Review e Journal of Political Economy) por motivos exatamente opostos, antes de ser aceito e publicado no Quarterly Journal of Economics. Na primeira tentativa, o autor recebeu a resposta que o "tema era interessante, mas era trivial"; na segunda, "o artigo possui uma generalização tão grande de aplicações que não seriam verdadeiras as conclusões".
— Paul Krugman submeteu o seu trabalho sobre retornos crescentes de escala, concorrência monopolística e comércio internacional ao Quarterly Journal of Economics. Recebeu como resposta que, de fato, os dois primeiros tópicos poderiam ser importantes na determinação dos fluxos de comércio, "mas que a atual compreensão destes fenômenos não seria suficiente para escrever o que ele colocou no artigo". O trabalho só foi publicado porque Jagdish Bhagwati era o editor do Journal of International Economics e, apesar de duas recomendações de revisores contra, resolveu bancar por contra própria a publicação.
— O parecerista do texto clássico de Robert Lucas, "Expectations and the Neutrality of Money", na sua justificativa contra a publicação na American Economic Review, disse que o texto "se possuísse algum resultado relevante", estaria escondido no meio da matemática complicada...
— Algumas das melhores histórias falam de economistas já mortos, mas ainda assim são divertidíssimas. Keynes, por exemplo, enquanto editor do Economic Journal, merece uma seção especial inteira do trabalho com suas façanhas. O maior exemplo foi o trabalho de Ohlin sobre intensidade dos fatores de produção e comércio internacional, que foi rejeitado pelo editor e, por engano, a nota com a rejeição acabou encaminhada para o autor. Dizia:
O trabalho valeu para Ohlin, anos mais tarde, o Prêmio Nobel de economia.
O artigo possui uma série de histórias hilárias, e serviu como capítulo de um livro publicado em 1994. Outros economistas "rejeitados" foram Gary Becker, James Buchanan, Milton Friedman, Franco Modigliani, Paul Samuelson, James Tobin... Vale muito a pena para quem se frustra com facilidade depois de ter o trabalho severamente criticado: anime-se, a culpa pode ser de quem leu!!!
Referências:
GANS, J.S. e SHEPHERD, G.B. "How Are the Mighty Fallen: Rejected Classic Articles by Leading Economists". The Journal of Economic Perspectives, vol.8, no.1 (Winter 1994), pp. 165-179.
SHEPHERD, G.B. "Rejected: Leading Economists Ponder the Publication Process". Ed. Thomas Horton & Daughters, 1994.
Abraços!
— O artigo clássico de Akerloff, sobre seleção adversa e o "mercado de limões", foi submetido e rejeitado em duas revistas (American Economic Review e Journal of Political Economy) por motivos exatamente opostos, antes de ser aceito e publicado no Quarterly Journal of Economics. Na primeira tentativa, o autor recebeu a resposta que o "tema era interessante, mas era trivial"; na segunda, "o artigo possui uma generalização tão grande de aplicações que não seriam verdadeiras as conclusões".
— Paul Krugman submeteu o seu trabalho sobre retornos crescentes de escala, concorrência monopolística e comércio internacional ao Quarterly Journal of Economics. Recebeu como resposta que, de fato, os dois primeiros tópicos poderiam ser importantes na determinação dos fluxos de comércio, "mas que a atual compreensão destes fenômenos não seria suficiente para escrever o que ele colocou no artigo". O trabalho só foi publicado porque Jagdish Bhagwati era o editor do Journal of International Economics e, apesar de duas recomendações de revisores contra, resolveu bancar por contra própria a publicação.
— O parecerista do texto clássico de Robert Lucas, "Expectations and the Neutrality of Money", na sua justificativa contra a publicação na American Economic Review, disse que o texto "se possuísse algum resultado relevante", estaria escondido no meio da matemática complicada...
— Algumas das melhores histórias falam de economistas já mortos, mas ainda assim são divertidíssimas. Keynes, por exemplo, enquanto editor do Economic Journal, merece uma seção especial inteira do trabalho com suas façanhas. O maior exemplo foi o trabalho de Ohlin sobre intensidade dos fatores de produção e comércio internacional, que foi rejeitado pelo editor e, por engano, a nota com a rejeição acabou encaminhada para o autor. Dizia:
"This amounts to nothing and should be refused, J.M.K."
O trabalho valeu para Ohlin, anos mais tarde, o Prêmio Nobel de economia.
O artigo possui uma série de histórias hilárias, e serviu como capítulo de um livro publicado em 1994. Outros economistas "rejeitados" foram Gary Becker, James Buchanan, Milton Friedman, Franco Modigliani, Paul Samuelson, James Tobin... Vale muito a pena para quem se frustra com facilidade depois de ter o trabalho severamente criticado: anime-se, a culpa pode ser de quem leu!!!
Referências:
GANS, J.S. e SHEPHERD, G.B. "How Are the Mighty Fallen: Rejected Classic Articles by Leading Economists". The Journal of Economic Perspectives, vol.8, no.1 (Winter 1994), pp. 165-179.
SHEPHERD, G.B. "Rejected: Leading Economists Ponder the Publication Process". Ed. Thomas Horton & Daughters, 1994.
Abraços!
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Economia
janeiro 09, 2007
Boicote = Censura?!?!?!?!?!?
Ainda a respeito do caso YouTube X Cicarelli, quem pisou feio na bola foi a MTV com a sua nota oficial sobre o caso. Antes do comentário, duas definições, adaptadas do dicionário Michaelis On-Line:
O que os sites e blogs na internet propõem é o boicote à emissora e aos produtos que a ex-Sra. Ronaldo Chantilly anuncia. Quando a MTV escreve uma nota dizendo que "a maioria desses protestos no fundo compartilha dos mesmos desvalores que quer atacar pois fomenta a censura a um canal de televisão", ela confunde as duas palavras e se coloca na condição de agredida. Vale destacar: minha cerveja (Samuel Adams por aqui), minha música (Pink Floyd), meu canal de televisão preferido (ESPN), eu escolho. Eu não mando fechar a fábrica da cerveja ruim (Kaiser), queimar em praça pública os cd's que não gosto (pagodeiros, respirem aliviados!) ou tirar do ar os canais que passam programas para jovens cabeça-oca. Respeito as diferenças de gosto, mas mando longe aqueles que querem me empurrar o que não quero.
Por fim, cabe lembrar a campanha feita nas últimas eleições, sugerindo o voto nulo. Voto nulo é um boicote ao sistema eleitoral. Se a interpretação do editor da nota está valendo, a MTV estava sugerindo a censura ao processo eleitoral também? Isto, na minha terra, tem nome, e não rima com democracia.
Abraço!
"Boicote: Sanção negativa que consiste em suspender relações sociais, sobretudo econômicas e políticas.
Censura: (...) 3) Exame crítico de obras literárias ou artísticas. 4) Corporação ou tribunal encarregado de censurar (livros, filmes etc.). 5) Instituição, sistema ou prática de censurar obras literárias, artísticas ou comunicações escritas ou impressas: Censura da imprensa. 6) Condenação eclesiástica de certas obras. 7) Crítica com o fim de corrigir. 8) Admoestação, repreensão. Censura prévia: ato de rever e julgar em tribunal competente qualquer obra antes de ser publicada."
O que os sites e blogs na internet propõem é o boicote à emissora e aos produtos que a ex-Sra. Ronaldo Chantilly anuncia. Quando a MTV escreve uma nota dizendo que "a maioria desses protestos no fundo compartilha dos mesmos desvalores que quer atacar pois fomenta a censura a um canal de televisão", ela confunde as duas palavras e se coloca na condição de agredida. Vale destacar: minha cerveja (Samuel Adams por aqui), minha música (Pink Floyd), meu canal de televisão preferido (ESPN), eu escolho. Eu não mando fechar a fábrica da cerveja ruim (Kaiser), queimar em praça pública os cd's que não gosto (pagodeiros, respirem aliviados!) ou tirar do ar os canais que passam programas para jovens cabeça-oca. Respeito as diferenças de gosto, mas mando longe aqueles que querem me empurrar o que não quero.
Por fim, cabe lembrar a campanha feita nas últimas eleições, sugerindo o voto nulo. Voto nulo é um boicote ao sistema eleitoral. Se a interpretação do editor da nota está valendo, a MTV estava sugerindo a censura ao processo eleitoral também? Isto, na minha terra, tem nome, e não rima com democracia.
Abraço!
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Notícias Brasil
Ética no Congresso
A Câmara aprovou, no início do ano, um pacote de medidas buscando moralizar o comportamento de deputados diante de lobbies e grupos de interesse. Agora, o Senado está correndo atrás, tentando fazer passar uma lei parecida. Entre as medidas aprovadas:
- Proibição do uso por parte dos deputados de jatos particulares, mesmo com o reembolso dos gastos.
- Deputados não podem aceitar presentes, refeições ou viagens pagas por lobistas, ou por empresas que tenham contratado os serviços de lobistas.
Isto só podia ter sido aprovado, mesmo, em um país atrasado, sub-desenvolvido, onde o Congresso é tão criticado pelos seus padrões éticos, como os Estados Unidos. No Brasil, está tudo bem...
Abraços!
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Notícias EUA
Ainda Sobre Cicarelli
- Se Cicarelli transou em local público, por que ela faz uma ação que reclama do uso indevido da sua imagem? Se o local era público, que imagem ela quer preservar?
- Ver ela transando em lugar público não pode, mas chamá-la de prostituta pode? Existe alguma ação movida pela ex-Sra. Ronaldo Chantilly contra este video?
- Cicarelli é: a) apresentadora; b) modelo; c) ex de jogador de futebol; d) prefeito de Ponsacco-ITA
- Por que a imprensa internacional é tão folgada, achando que a culpa pelas imagens, de fato, é dos paparazzi, ao invés de quem se expôs, em local público, em atos pouco recomendáveis? (preste atenção no final da matéria)
- Por que os escândalos políticos recentes não geraram tanta comoção quanto o corte do YouTube?
Chega de pensar, vou dormir!
Abraços!
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Notícias Brasil
janeiro 08, 2007
Cicarelli Mandou: "NoTube"!!!
Agora que os amigos do Brasil estão cumprindo a ordem da maior autoridade brasileira do momento (não, não é o Lula), queria fazer um teste, até para saber se é possível furar o bloqueio: é possível acessar os videos que eu coloquei no blog, ou estes também estão bloqueados?
Se alguém no Brasil puder me dar a resposta, agradeço! Testes aqui, aqui e aqui.
Ah, antes que eu esqueça: protestos contra a ex-Sra. Ronaldo Chantilly podem ser feitos aqui.
Abraços!
Se alguém no Brasil puder me dar a resposta, agradeço! Testes aqui, aqui e aqui.
Ah, antes que eu esqueça: protestos contra a ex-Sra. Ronaldo Chantilly podem ser feitos aqui.
Abraços!
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Notícias Brasil,
Vídeos
Comida: Paixão Adolescente
Saiu uma matéria por aqui dizendo que a febre entre adolescentes daqui é a Food TV, sendo comparada, em termos de perfil de audiência, inclusive, com o que foi a MTV. Talvez o interessante sejam os motivos da procura pelo canal: 1) meninas preocupadas com a forma física; 2) garotos querendo impressionar garotas com dicas para cozinhar para elas; 3) garotos interessados em "como é feito o Cheetos".
Eu já assisti alguns programas do canal. Nada de muito interessante: algumas competições para ver quem prepara o prato refinado mais rápido; guias sobre como comer bem gastando no máximo US$ 30.00 em diferentes lugares do mundo; dicas sobre como apreciar sushi. Um dia eu paro com mais calma para assistir isto!
Abraços!
Eu já assisti alguns programas do canal. Nada de muito interessante: algumas competições para ver quem prepara o prato refinado mais rápido; guias sobre como comer bem gastando no máximo US$ 30.00 em diferentes lugares do mundo; dicas sobre como apreciar sushi. Um dia eu paro com mais calma para assistir isto!
Abraços!
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janeiro 06, 2007
janeiro 05, 2007
Sobre Política Fiscal
Resolvi escrever esta nota para exercitar um pouco da intuição econômica, já que mais um semestre de teoria pura se aproxima. O noticiário ainda está um pouco confuso a respeito do dito pacote fiscal do governo, mas a Folha de hoje parece ter feito um esforço para compilar tudo o que estaria decidido até agora. Alguns pontos importantes:
— Composição dos gastos: esta é uma proposta decente, se sair da retórica. A idéia é deixar de gastar em custeio da máquina e utilizar o dinheiro para investimentos. Por conceito, isto não altera o perfil da dívida: é como deixar de ir ao restaurante caro no final de semana para juntar um dinheiro para trocar o carro velho. No final, o volume de gastos é o mesmo, mas o sacrifício de comer em um restaurante mais barato é compensado pelo carro novo. O problema é sair da retórica.
— Mudança no debate: aqui as coisas começam a complicar um pouco. Chamar a atenção para a evolução do resultado nominal, ao invés do primário, é importante, por permitir uma comparação com resultados internacionais. O problema é usar o conceito operacional para encobrir aumento de gastos: equilíbrio no conceito operacional pode ser obtido tanto através de ajustes no consumo do governo como na conta de juros (vou tentar explicar isto em outro post) e isto pode ser uma bela máscara para gastança.
— Previdência: que boa piada! Amarrar todos os gastos e comprometimentos do governo através do salário mínimo até 2023, quando a maior exigência do quadro fiscal é justamente dar maior flexibilidade para o governo manejar as suas receitas. O argumento da previsibilidade dos gastos, dado pelo governo, não funciona muito neste caso: não adianta ser previsível dizendo que será dado um passo à frente na beira do penhasco...
— Salário mínimo contracíclico? A proposta de reajuste do salário mínimo incorporando o crescimento da economia de dois anos atrás pode se tornar um tiro no pé. Vamos pensar no seguinte: imagine a economia aquecida em 2007, relativamente estável em 2008 e em recessão em 2009. Quer dizer que, em 2009, o aumento do salário mínimo terá como base o crescimento da economia em 2007? Ou seja, o crescimento do salário mínimo será maior quando o governo tiver mais dificuldade em arrecadar impostos, pelo fato da economia estar desaquecida? Não funciona. Se o desejo era a criação de um mecanismo anti-cíclico, que se pense em outro sistema que não corra o risco de penalizar tanto as contas públicas.
O pacote é bom? Se for apenas isto, não. As propostas serão efetivamente implementadas? Não. Por quê? Porque toda e qualquer pacote fiscal no Brasil acaba sempre redundando na prorrogação da DRU e da CPMF. O país ainda não evoluiu a ponto de pensar a sério seus problemas de tamanho do Estado.
Veja as notas da Folha aqui, aqui e aqui.
Abraço!
— Composição dos gastos: esta é uma proposta decente, se sair da retórica. A idéia é deixar de gastar em custeio da máquina e utilizar o dinheiro para investimentos. Por conceito, isto não altera o perfil da dívida: é como deixar de ir ao restaurante caro no final de semana para juntar um dinheiro para trocar o carro velho. No final, o volume de gastos é o mesmo, mas o sacrifício de comer em um restaurante mais barato é compensado pelo carro novo. O problema é sair da retórica.
— Mudança no debate: aqui as coisas começam a complicar um pouco. Chamar a atenção para a evolução do resultado nominal, ao invés do primário, é importante, por permitir uma comparação com resultados internacionais. O problema é usar o conceito operacional para encobrir aumento de gastos: equilíbrio no conceito operacional pode ser obtido tanto através de ajustes no consumo do governo como na conta de juros (vou tentar explicar isto em outro post) e isto pode ser uma bela máscara para gastança.
— Previdência: que boa piada! Amarrar todos os gastos e comprometimentos do governo através do salário mínimo até 2023, quando a maior exigência do quadro fiscal é justamente dar maior flexibilidade para o governo manejar as suas receitas. O argumento da previsibilidade dos gastos, dado pelo governo, não funciona muito neste caso: não adianta ser previsível dizendo que será dado um passo à frente na beira do penhasco...
— Salário mínimo contracíclico? A proposta de reajuste do salário mínimo incorporando o crescimento da economia de dois anos atrás pode se tornar um tiro no pé. Vamos pensar no seguinte: imagine a economia aquecida em 2007, relativamente estável em 2008 e em recessão em 2009. Quer dizer que, em 2009, o aumento do salário mínimo terá como base o crescimento da economia em 2007? Ou seja, o crescimento do salário mínimo será maior quando o governo tiver mais dificuldade em arrecadar impostos, pelo fato da economia estar desaquecida? Não funciona. Se o desejo era a criação de um mecanismo anti-cíclico, que se pense em outro sistema que não corra o risco de penalizar tanto as contas públicas.
O pacote é bom? Se for apenas isto, não. As propostas serão efetivamente implementadas? Não. Por quê? Porque toda e qualquer pacote fiscal no Brasil acaba sempre redundando na prorrogação da DRU e da CPMF. O país ainda não evoluiu a ponto de pensar a sério seus problemas de tamanho do Estado.
Veja as notas da Folha aqui, aqui e aqui.
Abraço!
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Economia,
Notícias Brasil
janeiro 04, 2007
Porque Estamos Onde Estamos
Dois argentinos, um brasileiro, dois búlgaros e um ucraniano saem para almoçar, todos estudantes de economia. Era o dia seguinte à morte de Pinochet, e o assunto veio a tona, evoluindo para discussões aborrecidas sobre "direita/esquerda".
Diálogo:
[Argentino 1] — As políticas de esquerda, de um modo geral, não tem como dar certo: é controle demais sobre a economia.
[Búlgaro 1] — Você está se referindo a que tipo de política?
[Argentino 1] — As tradicionais, baseadas em forte intervenção do Estado, estatização de empresas, controles rígidos de capital.
[Búlgaro 2] — Bom, mas então não se deve generalizar isto como "política de esquerda", já que é possível elaborar uma política dita "de esquerda" sem partir para soluções socialistas ou comunistas. Vide, por exemplo, os países nórdicos da Europa, ou o próprio Partido Democrata aqui nos Estados Unidos...
[Argentino 2] — Mas como você pode falar de "políticas de esquerda" sem se referir à socialismo e Marx?!
[Búlgaro 1] — E por que eu preciso de Marx e socialismo para fazer uma política não-liberal?
[Argentino 1] — Isto não é possível: se você é de esquerda, precisa entender, ler e pensar em Marx!
[Ucraniano] — Para que eu preciso disto? Todos os países europeus, inclusive os do Leste Europeu, já abandonaram este viés socialista...
[Argentino 1, já um pouco exaltado] — Eu não compreendo o que você está falando!!!
[Brasileiro, para os colegas do Leste Europeu] — Deixa eu tentar explicar uma coisa: a América Latina ainda possui esta concepção de pensamento de esquerda atrelada ao socialismo muito enraizada. Basta lembrar que, nas últimas eleições do Brasil, uma candidata obteve mais ou menos 10% dos votos no primeiro turno com um programa que ainda falava sobre revolução proletária e estatização dos meios de comunicação...
[Búlgaro 2] — Que horror!!!
[Brasileiro, para os colegas argentinos] — Dá para entender agora porque a América Latina está onde está? Se até eles, ex-membros da Cortina de Ferro, ficam apavorados com as propostas que nós ouvimos e lemos nos jornais todos os dias, não dá para ter muitas esperanças sobre o continente, certo?
Abraços!
Diálogo:
[Argentino 1] — As políticas de esquerda, de um modo geral, não tem como dar certo: é controle demais sobre a economia.
[Búlgaro 1] — Você está se referindo a que tipo de política?
[Argentino 1] — As tradicionais, baseadas em forte intervenção do Estado, estatização de empresas, controles rígidos de capital.
[Búlgaro 2] — Bom, mas então não se deve generalizar isto como "política de esquerda", já que é possível elaborar uma política dita "de esquerda" sem partir para soluções socialistas ou comunistas. Vide, por exemplo, os países nórdicos da Europa, ou o próprio Partido Democrata aqui nos Estados Unidos...
[Argentino 2] — Mas como você pode falar de "políticas de esquerda" sem se referir à socialismo e Marx?!
[Búlgaro 1] — E por que eu preciso de Marx e socialismo para fazer uma política não-liberal?
[Argentino 1] — Isto não é possível: se você é de esquerda, precisa entender, ler e pensar em Marx!
[Ucraniano] — Para que eu preciso disto? Todos os países europeus, inclusive os do Leste Europeu, já abandonaram este viés socialista...
[Argentino 1, já um pouco exaltado] — Eu não compreendo o que você está falando!!!
[Brasileiro, para os colegas do Leste Europeu] — Deixa eu tentar explicar uma coisa: a América Latina ainda possui esta concepção de pensamento de esquerda atrelada ao socialismo muito enraizada. Basta lembrar que, nas últimas eleições do Brasil, uma candidata obteve mais ou menos 10% dos votos no primeiro turno com um programa que ainda falava sobre revolução proletária e estatização dos meios de comunicação...
[Búlgaro 2] — Que horror!!!
[Brasileiro, para os colegas argentinos] — Dá para entender agora porque a América Latina está onde está? Se até eles, ex-membros da Cortina de Ferro, ficam apavorados com as propostas que nós ouvimos e lemos nos jornais todos os dias, não dá para ter muitas esperanças sobre o continente, certo?
Abraços!
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Economia
janeiro 03, 2007
Presentes de Natal: Perda de Tempo?
Como falei em um post anterior, nunca tive lembranças muito marcantes na infância sobre o Natal. Entre os motivos, acho que sou um adepto daqueles que dizem que o Natal perdeu muito do sentido de reunião de família e amigos para se tornar mais um evento comercial. Mas também não reclamo das festas na minha família: sempre tivemos encontros muito divertidos, no mínimo sinalizando uma expectativa positiva sobre o ano que chegaria dali a uma semana.
Bom, toda esta introdução era só para dizer que saiu uma matéria na The Economist recuperando um estudo desta raça esquisita chamada de economistas. O objetivo é responder uma pergunta bem objetiva: o quão "erradas" são as nossas escolhas nos presentes de Natal para nossos conhecidos. Os resultados da pesquisa ficam dentro do esperado: quanto maior a proximidade das pessoas, mais acertados são os presentes; quanto maior a diferença de idade entre Papai Noel e presenteado, piores os presentes (como disse a revista, mérito para os vovôs, que resumem os presentes a um dinheirinho para os netos); quanto maior a surpresa do presente, ou o valor sentimental contido na lembrança, melhor o presente.
A frase final da matéria resume bem o que deveria ser o espírito dos presentes de Natal:
Abraços!
Bom, toda esta introdução era só para dizer que saiu uma matéria na The Economist recuperando um estudo desta raça esquisita chamada de economistas. O objetivo é responder uma pergunta bem objetiva: o quão "erradas" são as nossas escolhas nos presentes de Natal para nossos conhecidos. Os resultados da pesquisa ficam dentro do esperado: quanto maior a proximidade das pessoas, mais acertados são os presentes; quanto maior a diferença de idade entre Papai Noel e presenteado, piores os presentes (como disse a revista, mérito para os vovôs, que resumem os presentes a um dinheirinho para os netos); quanto maior a surpresa do presente, ou o valor sentimental contido na lembrança, melhor o presente.
A frase final da matéria resume bem o que deveria ser o espírito dos presentes de Natal:
"The lesson, then, for gift-givers? Try hard to guess the preferences of each person on your list and then choose a gift that will have a high sentimental value. As economists have studied hard to tell you, it's the thought that counts."
Abraços!
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Economia
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