maio 27, 2009

Rubinho na OMC

Em um belo dia de 2005, no auge da sua insignificância, Rubinho declarou:

"Estava acelerando o máximo que podia até que eles pediram para que eu reduzisse o ritmo. Sou só um brasileirinho tentanto lutar contra esse mundo muito grande. Estou guiando bem o carro, mas tenho que encarar muita coisa que não gosto", disse Barrichello.
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Se Rubinho tivesse estudado Direito, feito uma carreira jurídica de respeito no Brasil, e concorresse a um cargo importante na OMC, a sua declaração, ao saber que perdeu o cargo, seria esta:

Podemos dizer que o Brasil foi mais prejudicado por suas qualidades do que por seus defeitos. O Brasil é o "new kid on the block". E isso gera resistências, vide a posição dos EUA e da China a favor do candidato do México. Houve também resistência regional --a Argentina lançou seu próprio candidato. O Brasil já havia ocupado o cargo por oito anos. Prevaleceu a ideia de rotação. Enfim, são circunstâncias complexas.
No âmbito nacional, o Supremo é o máximo a que se pode aspirar. Mas a vaga na OMC é uma posição importantíssima no que diz respeito ao comércio internacional. Especialmente em tempos de crise, com o protecionismo em alta, esses mecanismos têm de funcionar para impedir um retrocesso. Minha candidatura foi ditada pelo interesse nacional.
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Além da clássica síntese da síndrome de perseguição do brasileiro ao longo da entrevista, a última frase atestando por que Ellen Gracie perdeu o cargo: achou que um posto técnico poderia atender ao "interesse nacional". Tal como Rubinho, que não corre para se realizar profissionalmente, mas para "ser o brasileirinho a representar o pais".

Abraços!

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