maio 02, 2009

Lucas (A Crítica) em Finanças

O Márcio trouxe um texto interessante do Financial Times a respeito da teoria de cópulas em finanças, tratando do uso desta fórmula na precificação de ativos relacionados com as hipotecas americanas. Este assunto já foi tratado naquele texto da Wired, mas uma frase nesta matéria me chamou a atenção (grifos meus):

clipped from www.ft.com

The unwinding started, as we all now know, in the US subprime housing market. Defaults started to increase in late 2006. The banks weren’t worried at first. Their models assumed that the pinprick default points all over the US were not correlated. But the defaults kept coming. By early 2007, it was clear that the US subprime market had a problem and by that summer, homeowners all over the US were defaulting on their mortgages. The cheap debt made available by the finance revolution was so cheap, in fact, that the loans should never have been made. And the correlation model was still mapping the housing market as it had been in 1990s, not the grossly inflated monster it had become. The development of the model had, ironically, changed the nature of the reality it was modelling.

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O parágrafo todo me lembra algum exemplo de livro-texto da chamada "Crítica de Lucas" em modelos macroeconômicos antigos: o uso de formas reduzidas pode ser uma boa explicação do que ocorreu no passado, mas um péssimo previsor do futuro, tendo em vista que as equações são, justamente, uma forma reduzida. Eu não entendo de finanças, mas a última frase seria justamente a definição da crítica, uma vez que a falha do modelo estaria justamente no "aprendizado" dos agentes sobre as respostas daquela forma reduzida e o comportamento derivado do aprendizado.

Se alguém tiver uma explicação, um palpite para informar se estou pensando corretamente, agradeço.

Abraços!

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