E aí, Shikida? Acho que a Veja não explorou a matéria como devia, né? Afinal, se é para passar na frente assim...
Sem brincadeira agora, este caso de cola na Fuqua (Escola de Business de Duke) está dando um bocado que falar por aqui. Para dar mais detalhes, era o exame de uma cadeira de finanças e era permitido que o exame fosse levado para casa (ou seja, era, na verdade, um trabalho que cada aluno precisava fazer sozinho), e uma parte do exame consistia em montar uma planilha em Excel para que a questão fosse respondida. Foi aí que apareceu a cola: a maior parte dos arquivos de Excel apresentadas pelos alunos tinham no registro do arquivo o nome de apenas um dos alunos.
Pois bem. Agora, o argumento do advogado de defesa dos alunos que foram pegos apareceu com a seguinte pérola: as violações das normas da universidade foram menores e não intencionais, tendo em vista que muitos dos estudantes orientais (a maioria que foi atingida pela cola) não entende a importância do código de honra da universidade, nem dos procedimentos judiciais envolvidos em caso de violação do código.
Que Duke seja chamada de "universidade de brancos", "de ricos", "de estupradores" (como se dizia até pouco tempo atrás), eu entendo. Agora, se o cidadão passou no processo de seleção, então é porque um mínimo de conhecimento de inglês ele possui. Mais do que isto: todo o estudante de pós-graduação, antes de começar as aulas, faz novos exames de inglês, independentemente de resultados de TOEFL e IELTS apresentados, para verificar a consistência do texto acadêmico e da fluência na conversação. Se os resultados destes exames não são bons, o aluno pode passar até dois anos fazendo cadeiras complementares para aperfeiçoar o inglês. Desta forma, se os alunos leram o que consta de todo o exame como sendo o código de honra da universidade, então eles têm perfeita consciência do que se está falando ali.
E que não me venham com argumentos sobre diferenças culturais: em terra que ministros se matam ao reconhecer culpa em casos de corrupção, o entendimento sobre as consequências de fraude em exames é bem claro.
Só uma perguntinha, para encerrar: se a maioria dos alunos fosse latino-americana, o comportamento do advogado seria o mesmo?
Um abraço!
P.S.: para ver como os programas da Microsoft registram o criador do arquivo, abra um arquivo qualquer e clique no menu Arquivo-Propriedades. Deve aparecer o nome do proprietário do programa que criou o arquivo na opção Resumo.
Um comentário:
se a maioria dos estudantes pegos fosse de latinos com dinheiro para pagar a defesa, sim, a postura do advogado seria a mesma.
Advogado 'e igual em qualquer lugar do mundo: ele defende ate' o coisa-ruim, desde que $$$ entre no bolso!!!!!! rsrsrsrs
E uma coisa primaria desta... tinha que ser da Business mesmo, ne'?? hahahaha hahahahaha
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