Shikida citou a falta de educação de certos novos nomeados para cargos por aqui (cuspindo no prato em que vai comer, mas, tudo bem, segue o baile, ele acha normal!!!), e eu trago o texto. Se tirarem do ar, fica o registro: Jornal do Brasil, 9 de dezembro de 2005, ok? Quem sabe ele vai partir para o "não compreenderam o que eu escrevi".
Abraços!
"Hazard - 1. A hazard is something which could be dangerous to you, your health or safety, or your plans of reputation. (...) 2. If you hazard or if you hazard a guess, you make a suggestion about something which is only a guess and which you might be wrong." - Do Dicionário "Collins Cobuild"
fevereiro 27, 2007
Ainda Sobre as Nomeações
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Hein?
A última frase da matéria é genial!!! O IPCA fechou o ano passado em 3,14%, a meta para este ano é de 4,5%, mas "eu não pleiteio uma inflação mais alta". Por isto que eu defendo estes debates: quanto mais os críticos vierem a tona, mais crível se torna a política monetária.
Sobre o último post, o meu amigo Shikida gostou da charada (ver a resposta dele e links relacionados aqui, aqui e aqui), que eu, obviamente, não tive tempo de responder. Agora, vamos imaginar o seguinte cenário, só para enfatizar o ponto: presidente re-eleito de um país está formando a equipe e possui duas listas de economistas para escolher entre uma delas. Na primeira, os nomes são Marcos Lisboa, Afonso Bevilaqua, Eduardo Loyo, Joaquim Levy e Murilo Portugal. A segunda lista tem Guido Mantega, Julio Gomes de Almeida, Paulo Nogueira Batista Jr, Aloizio Mercadante (na CAE do Senado) e Demian Fiocca. Quem está em uma das listas não pode estar na outra (são mutuamente excludentes). O presidente toma a sua decisão e a equipe começa a operar. Se a história nos diz alguma coisa (e me refiro ao que efetivamente saiu publicado como opinião de cada um dos membros da lista), a mudança de lista tinha que representar alguma mudança de estratégia do mercado. Ainda não ocorreu, mas não deve tardar. Emoções fortes estão por vir, e vão culpar a primeira crise externa que aparecer pela frente, só para o roteiro ficar em linha com o que sempre se falou...
Abraços!
Sobre o último post, o meu amigo Shikida gostou da charada (ver a resposta dele e links relacionados aqui, aqui e aqui), que eu, obviamente, não tive tempo de responder. Agora, vamos imaginar o seguinte cenário, só para enfatizar o ponto: presidente re-eleito de um país está formando a equipe e possui duas listas de economistas para escolher entre uma delas. Na primeira, os nomes são Marcos Lisboa, Afonso Bevilaqua, Eduardo Loyo, Joaquim Levy e Murilo Portugal. A segunda lista tem Guido Mantega, Julio Gomes de Almeida, Paulo Nogueira Batista Jr, Aloizio Mercadante (na CAE do Senado) e Demian Fiocca. Quem está em uma das listas não pode estar na outra (são mutuamente excludentes). O presidente toma a sua decisão e a equipe começa a operar. Se a história nos diz alguma coisa (e me refiro ao que efetivamente saiu publicado como opinião de cada um dos membros da lista), a mudança de lista tinha que representar alguma mudança de estratégia do mercado. Ainda não ocorreu, mas não deve tardar. Emoções fortes estão por vir, e vão culpar a primeira crise externa que aparecer pela frente, só para o roteiro ficar em linha com o que sempre se falou...
Abraços!
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fevereiro 23, 2007
Charada Heterodoxa
Dois minutos de pausa nos estudos, à 1:50 da manhã de sexta-feira, para trazer uma charada para os amigos bem informados sobre economia:
Respostas nos jornais de hoje. Dica aqui.
Abraços!
"O que é o que é? Tem nariz de heterodoxo, rabo de heterodoxo, cara de heterodoxo, fala como heterodoxo, pensa como heterodoxo, mas só o mercado que acha que é ortodoxo?"
Respostas nos jornais de hoje. Dica aqui.
Abraços!
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fevereiro 17, 2007
Oh, Abre Alas
Uma nota curta, só para desejar um bom Carnaval aos oito leitores do blog. Já curti meus cinco minutos anuais da festa de Momo, com dois dedos apontando para o alto, uma musiquinha cantarolada em voz baixa e a satisfação de cumprir o dever brasileiro de aproveitar a "maior festa popular do mundo".
Abraços, e aproveitem!
Abraços, e aproveitem!
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fevereiro 14, 2007
BC no Senado: Gostei
Gostei da idéia de levar a diretoria do BC para falar na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Sempre achei uma perda de tempo miserável e sem sentido as entrevistas coletivas que o Diretor de Politica Econômica dá a cada publicação do Relatório de Inflação: ele fala termos técnicos para jornalistas pouco treinados, que acabam elaborando perguntas repetidas e sem sentido. Todo mundo perde: quem têm críticas ao BC nao recebe respostas; quem deve oferecer respostas nao tem a platéia merecida. Um diálogo de surdos, em última instância, onde ninguém se entende.
Ao dar a cara para bater no Senado, o BC ganhará uma certa legimidade ao responder de forma direta as provocações e barbaridades de quem usa microfones da imprensa e das tribunas para ficar aparecendo as custas da instituição. Vale lembrar: por aqui, o presidente do FED tem sessões no Congresso não apenas para tratar de política monetária, mas também de outros assuntos mais gerais da economia e do sistema financeiro (o último sobre política monetária, aqui); na Inglaterra, toda a diretoria, a cada divulgação de Relatório de Inflação, vai para o Parlamento fazer a sua apresentação (exemplo de sessão, aqui). A prestação de contas, neste caso, é uma via de mão dupla: da mesma forma que a autoridade monetária, enquanto ente público, tem o dever de se justificar a quem de direito, também é necessário que os senhores congressistas ouçam o que lhes é de direito (por exemplo, que tal uma discussão sobre a influência da política fiscal sobre a taxa de juros, no meio de um dia no Congresso onde se discuta a liberação de emendas?).
A respeito da imprensa, sendo combinada com a publicação do RI, os jornalistas nao perdem a sua manchete de dia seguinte (algo do tipo "BC prevê inflação abaixo da meta para 2007", que sempre aparece no dia seguinte do RI) podendo obtê-la durante a audiência no Senado. Garanto que as perguntas dos senadores não serão muito melhores que as dos jornalistas em dia de coletiva...
Por fim, aproveitando para completar algumas idéias que já tinha desenvolvido em outro post, acho que outras mudanças no regime de metas e na prestação de contas do Banco Central com a sociedade são necessárias:
1) Reunião especial do CMN para decisão da meta de inflação: acho que o Banco Central, como órgão executor da política monetária, não deveria se fazer presente nas reuniões do CMN que decidem a meta de inflação. A decisão sobre o nível de inflação desejado é uma decisão de sociedade. Assim, no dia em que a meta for decidida, podem colocar quantas pessoas quiserem no CMN, desde que fique bem claro que quem está escolhendo o patamar da inflação é o governo, e não a autoridade monetária. Esta só cumpre a ordem que vem do Planalto.
2) Gosto da idéia de mandatos não-coincidentes para a diretoria do BC em relação ao Poder Executivo. É um pouco extravagante, mas interessante. Isto obriga que a indicação para o cargo cumpra critérios estritamente técnicos para cada função (nenhum partido vai querer colocar um incapaz no BC correndo o risco de se reeleger e ter que manter o infeliz por lá).
3) Em caso de descumprimento da meta de inflação, a carta de justificativa deve ser enviada pelo BC ao Presidente da República e ao Congresso Nacional: decorrência direta do status de ministro do Presidente do BC. Não cabe a um ministro se justificar para o Ministro da Fazenda...
4) Ah, sim, só para lembrar: nada disto funciona sem a formalização em lei da autonomia operacional.
Um abraço!
Ao dar a cara para bater no Senado, o BC ganhará uma certa legimidade ao responder de forma direta as provocações e barbaridades de quem usa microfones da imprensa e das tribunas para ficar aparecendo as custas da instituição. Vale lembrar: por aqui, o presidente do FED tem sessões no Congresso não apenas para tratar de política monetária, mas também de outros assuntos mais gerais da economia e do sistema financeiro (o último sobre política monetária, aqui); na Inglaterra, toda a diretoria, a cada divulgação de Relatório de Inflação, vai para o Parlamento fazer a sua apresentação (exemplo de sessão, aqui). A prestação de contas, neste caso, é uma via de mão dupla: da mesma forma que a autoridade monetária, enquanto ente público, tem o dever de se justificar a quem de direito, também é necessário que os senhores congressistas ouçam o que lhes é de direito (por exemplo, que tal uma discussão sobre a influência da política fiscal sobre a taxa de juros, no meio de um dia no Congresso onde se discuta a liberação de emendas?).
A respeito da imprensa, sendo combinada com a publicação do RI, os jornalistas nao perdem a sua manchete de dia seguinte (algo do tipo "BC prevê inflação abaixo da meta para 2007", que sempre aparece no dia seguinte do RI) podendo obtê-la durante a audiência no Senado. Garanto que as perguntas dos senadores não serão muito melhores que as dos jornalistas em dia de coletiva...
Por fim, aproveitando para completar algumas idéias que já tinha desenvolvido em outro post, acho que outras mudanças no regime de metas e na prestação de contas do Banco Central com a sociedade são necessárias:
1) Reunião especial do CMN para decisão da meta de inflação: acho que o Banco Central, como órgão executor da política monetária, não deveria se fazer presente nas reuniões do CMN que decidem a meta de inflação. A decisão sobre o nível de inflação desejado é uma decisão de sociedade. Assim, no dia em que a meta for decidida, podem colocar quantas pessoas quiserem no CMN, desde que fique bem claro que quem está escolhendo o patamar da inflação é o governo, e não a autoridade monetária. Esta só cumpre a ordem que vem do Planalto.
2) Gosto da idéia de mandatos não-coincidentes para a diretoria do BC em relação ao Poder Executivo. É um pouco extravagante, mas interessante. Isto obriga que a indicação para o cargo cumpra critérios estritamente técnicos para cada função (nenhum partido vai querer colocar um incapaz no BC correndo o risco de se reeleger e ter que manter o infeliz por lá).
3) Em caso de descumprimento da meta de inflação, a carta de justificativa deve ser enviada pelo BC ao Presidente da República e ao Congresso Nacional: decorrência direta do status de ministro do Presidente do BC. Não cabe a um ministro se justificar para o Ministro da Fazenda...
4) Ah, sim, só para lembrar: nada disto funciona sem a formalização em lei da autonomia operacional.
Um abraço!
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fevereiro 13, 2007
Novas Moedas
Deve ser uma porcaria, mesmo, morar em um país onde moedas de valores cada vez mais altos têm que ser cunhadas. Humpf!!!
Abraços!
Abraços!
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fevereiro 12, 2007
Don't Cry for me, Argentina...
Ah, se a moda pega: demitir técnicos que calculam os índices de preços porque o valor não corresponde ao que o governo quer... E a pressão sobre a estatística é constante, como se o problema fosse ali, e não na economia. Lembra o episódio dos anos 70, em que o neo-aliado Delfim dizia que o país tinha inflação por causa do chuchu. Que coisa!!!
Abraços!
Abraços!
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fevereiro 10, 2007
RJ: O Que Vou Dizer?
Alguns colegas vêm falar comigo sobre o Brasil, dizendo que tem muita curiosidade em conhecer o país, que "Kôpakabána" deve ser linda, que gostam de escutar "bôssa-nôva" e querendo saber mais detalhes. Diante dos acontecimentos dos últimos dias na cidade do Rio de Janeiro, resolvi criar uma programação especial de uma semana para que os turistas conheçam todos os detalhes da ex-Cidade Maravilhosa:
Dia 1: A Chegada!
Desembarque no aeroporto do Galeão, com ligação direta da sala de desembarque para vans ilegais que te levam para conhecer todos os morros da cidade, ainda que o seu destino seja Ipanema. Veja de perto moleques de recado do tráfico carregando armas de pequeno porte e rádios-comunicadores para avisar a chegada da polícia. Não deixe de fazer a sua contribuição para a Fundação Recreativa e Cultural Amigos do Zé Cabeleira, chefe de facção criminosa que foi injustamente assassinado pela polícia enquanto tentava cobrar o "dízimo" pela segurança de uma moradora da favela. De fato, não deixe de fazer a sua contribuição, ou você não terá oportunidade de fazer mais nada no passeio...
Dia 2: O Calçadão de Copacabana
Vale a pena gastar um dia inteiro por lá! Durante o dia, sinta a emoção de bater de frente com algum arrastão de pivetes que descem do morro para promover a melhora na distribuição de renda na cidade. Como é linda a política social feita de forma tão direta, tão integrada com o povo!!! À noite, descubra o indivíduo com menor ficha policial no início da Barata Ribeiro (não vale o pessoal que trabalha no Cervantes) e ganhe um vale que dará direito a um dia no Piscinão de Ramos! Siga a sua caminhada em direção à Ipanema e veja a ampla variedade de prostitutas, travestis e simpatizantes com suas abordagens sutis na frente dos hotéis à beira-mar.
Dia 3: Conhecendo as Origens da Bossa-Nova
"Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça!!!" Chegou a hora de conhecer os lugares que marcaram a vida de Tom e Vinícius. Pague algum moleque de rua explorado pela mãe para conseguir alguns trocados que o levará até a Rua Vinícius de Morais. Dê mais alguns trocados, e o rapazinho lhe ensinará as novas tendências do movimento, como as letras melodiosas de Tati Quebra-Barraco e Bonde do Tigrão. Encerre a noite no Bar do Tom, com prostitutas reunidas em uma mesa dividindo uma única Coca-Cola (têm que ter algum consumo para ficar no lugar), cafetões fazendo a vigia e turistas com o tom de pele vermelho-camarão típico se esbaldando em cerveja e drinks com garotas "selecionadas".
Dia 4: Maracanã
Emocione-se vendo os orçamentos da eterna obra inacabada do maior estádio de futebol do mundo (ainda que a última partida importante tenha sido disputada em... em... hummm... peraí... putz, tenho que buscar nos arquivos). Tudo está sendo preparado para o Pan-Americano que será disputado neste ano: cambistas devidamente treinados para tirar todo o lucro nos preços dos ingressos, vendedor de amendoim aprendendo a vender em qualquer língua (menos em espanhol, já que, como falamos português, basta pronunciar as palavras mais lentamente que nos entenderemos), a tia que vende churrasquinho está com o estoque de gatos prontos para serem assados por quase um mês. Mas, peraí? Tem competição de futebol no Pan???
Dia 5: Visitas Guiadas
Conheça todo o lado primitivo da ex-Cidade Maravilhosa: pegue o ônibus da linha 147 e sinta-se na pele dos alvos do marginal (que era vítima da sociedade burguesa-capitalista-neoliberal-boba-comedora de jiló que o corrompeu) que virou filme documentário pago pelos contribuintes através do patrocínio de empresas estatais. Também aproveite para dar uma parada na frente da Igreja da Candelária, para enteder a profundidade da obra do massacre de mendigos do local. Por fim, se o turista tiver um pouco mais de dinheiro disponível, alugue um carro e pare nos sinais das esquinas mais apropriadas para sentir toda a emoção de um assalto como só os típicos moradores da cidade podem sentir. Advertência: se levar crianças, não as coloque no banco traseiro do automóvel. Elas podem ser confundidas com um "boneco de Judas" pelos nativos corrompidos e se machucar.
Dia 6: Iniciando as Despedidas
O passeio começa a chegar no final, e as últimas horas devem ser aproveitadas com algumas compras!!! Nada como gastar uma pequena fortuna para comprar aquelas camisas floreadas, com as cores que apenas os turistas do hemisfério norte sabem escolher. Além da "beleza natural" das camisas, elas ainda possibilitam a fácil identificação dos clientes para as últimas passagens do arrastão final! Que falta vai fazer este contato com o povão, os gritos de "perdeu, tio, perdeu"!!! Outras compras fundamentais: cachaça (para que os porres resultantes façam apagar da memória as noites em que o infeliz terminou abraçado em um travesti), café (para curar os porres), hidratante (para manter o tom vermelho-camarão único na pele).
Dia 7: O Retorno
Se a Infraero deixar, o seu avião sairá com poucas horas de atraso. Afinal de contas, é impossível deixar de gostar da cidade do Rio de Janeiro, e você se sentirá plenamente recompensado por permanecer mais algum tempo neste local paradisíaco!!!
Para os meus amigos cariocas, é muito triste escrever isto, mas só com um bocado de humor para levar adiante a vida depois de eventos macabros como os recentes. Infelizmente, quando me perguntam o que eu recomendo no Brasil, digo que o Rio de Janeiro é ótimo como aeroporto, porta de entrada, mas ficar por lá é perda de tempo e um perigo. Normalmente, recomendo o interior do Estado (não deixo nunca de falar de Búzios, por exemplo), o Nordeste (mesmo com os problemas relacionados à pobreza, é um lugar maravilhoso) e até Brasília (uma visita de poucos dias, conhecendo a arquitetura do local, é interessante). Mas o Rio, cidade, nem pensar: quero o bem tanto dos amigos daqui quanto dos amigos daí.
Abraços!
P.S.: ainda estou procurando a data do último jogo de futebol importante disputado no Maracanã...
Dia 1: A Chegada!
Desembarque no aeroporto do Galeão, com ligação direta da sala de desembarque para vans ilegais que te levam para conhecer todos os morros da cidade, ainda que o seu destino seja Ipanema. Veja de perto moleques de recado do tráfico carregando armas de pequeno porte e rádios-comunicadores para avisar a chegada da polícia. Não deixe de fazer a sua contribuição para a Fundação Recreativa e Cultural Amigos do Zé Cabeleira, chefe de facção criminosa que foi injustamente assassinado pela polícia enquanto tentava cobrar o "dízimo" pela segurança de uma moradora da favela. De fato, não deixe de fazer a sua contribuição, ou você não terá oportunidade de fazer mais nada no passeio...
Dia 2: O Calçadão de Copacabana
Vale a pena gastar um dia inteiro por lá! Durante o dia, sinta a emoção de bater de frente com algum arrastão de pivetes que descem do morro para promover a melhora na distribuição de renda na cidade. Como é linda a política social feita de forma tão direta, tão integrada com o povo!!! À noite, descubra o indivíduo com menor ficha policial no início da Barata Ribeiro (não vale o pessoal que trabalha no Cervantes) e ganhe um vale que dará direito a um dia no Piscinão de Ramos! Siga a sua caminhada em direção à Ipanema e veja a ampla variedade de prostitutas, travestis e simpatizantes com suas abordagens sutis na frente dos hotéis à beira-mar.
Dia 3: Conhecendo as Origens da Bossa-Nova
"Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça!!!" Chegou a hora de conhecer os lugares que marcaram a vida de Tom e Vinícius. Pague algum moleque de rua explorado pela mãe para conseguir alguns trocados que o levará até a Rua Vinícius de Morais. Dê mais alguns trocados, e o rapazinho lhe ensinará as novas tendências do movimento, como as letras melodiosas de Tati Quebra-Barraco e Bonde do Tigrão. Encerre a noite no Bar do Tom, com prostitutas reunidas em uma mesa dividindo uma única Coca-Cola (têm que ter algum consumo para ficar no lugar), cafetões fazendo a vigia e turistas com o tom de pele vermelho-camarão típico se esbaldando em cerveja e drinks com garotas "selecionadas".
Dia 4: Maracanã
Emocione-se vendo os orçamentos da eterna obra inacabada do maior estádio de futebol do mundo (ainda que a última partida importante tenha sido disputada em... em... hummm... peraí... putz, tenho que buscar nos arquivos). Tudo está sendo preparado para o Pan-Americano que será disputado neste ano: cambistas devidamente treinados para tirar todo o lucro nos preços dos ingressos, vendedor de amendoim aprendendo a vender em qualquer língua (menos em espanhol, já que, como falamos português, basta pronunciar as palavras mais lentamente que nos entenderemos), a tia que vende churrasquinho está com o estoque de gatos prontos para serem assados por quase um mês. Mas, peraí? Tem competição de futebol no Pan???
Dia 5: Visitas Guiadas
Conheça todo o lado primitivo da ex-Cidade Maravilhosa: pegue o ônibus da linha 147 e sinta-se na pele dos alvos do marginal (que era vítima da sociedade burguesa-capitalista-neoliberal-boba-comedora de jiló que o corrompeu) que virou filme documentário pago pelos contribuintes através do patrocínio de empresas estatais. Também aproveite para dar uma parada na frente da Igreja da Candelária, para enteder a profundidade da obra do massacre de mendigos do local. Por fim, se o turista tiver um pouco mais de dinheiro disponível, alugue um carro e pare nos sinais das esquinas mais apropriadas para sentir toda a emoção de um assalto como só os típicos moradores da cidade podem sentir. Advertência: se levar crianças, não as coloque no banco traseiro do automóvel. Elas podem ser confundidas com um "boneco de Judas" pelos nativos corrompidos e se machucar.
Dia 6: Iniciando as Despedidas
O passeio começa a chegar no final, e as últimas horas devem ser aproveitadas com algumas compras!!! Nada como gastar uma pequena fortuna para comprar aquelas camisas floreadas, com as cores que apenas os turistas do hemisfério norte sabem escolher. Além da "beleza natural" das camisas, elas ainda possibilitam a fácil identificação dos clientes para as últimas passagens do arrastão final! Que falta vai fazer este contato com o povão, os gritos de "perdeu, tio, perdeu"!!! Outras compras fundamentais: cachaça (para que os porres resultantes façam apagar da memória as noites em que o infeliz terminou abraçado em um travesti), café (para curar os porres), hidratante (para manter o tom vermelho-camarão único na pele).
Dia 7: O Retorno
Se a Infraero deixar, o seu avião sairá com poucas horas de atraso. Afinal de contas, é impossível deixar de gostar da cidade do Rio de Janeiro, e você se sentirá plenamente recompensado por permanecer mais algum tempo neste local paradisíaco!!!
Para os meus amigos cariocas, é muito triste escrever isto, mas só com um bocado de humor para levar adiante a vida depois de eventos macabros como os recentes. Infelizmente, quando me perguntam o que eu recomendo no Brasil, digo que o Rio de Janeiro é ótimo como aeroporto, porta de entrada, mas ficar por lá é perda de tempo e um perigo. Normalmente, recomendo o interior do Estado (não deixo nunca de falar de Búzios, por exemplo), o Nordeste (mesmo com os problemas relacionados à pobreza, é um lugar maravilhoso) e até Brasília (uma visita de poucos dias, conhecendo a arquitetura do local, é interessante). Mas o Rio, cidade, nem pensar: quero o bem tanto dos amigos daqui quanto dos amigos daí.
Abraços!
P.S.: ainda estou procurando a data do último jogo de futebol importante disputado no Maracanã...
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fevereiro 06, 2007
Superbowl Ads
Não tive tempo de comentar sobre como foi estar por aqui durante o maior evento esportivo do ano no país. De fato, não tenho muito para dizer, a não ser que fiquei preso na lista de exercícios de macroeconomia, ao invés de assistir a partida em algum bar, como fizeram possivelmente 70% dos americanos no último domingo (os outros 25% fizeram algum churrasco, e os 5% restantes eram chineses e não deram a mínima para o jogo). Por outro lado, nos poucos minutos que fiquei em frente da televisão, consegui fazer a minha seleção de comerciais durante o jogo.
Este primeiro é da própria NFL, mostrando os torcedores dos outros times que não chegaram à final do campeonato, além do jogador Brett Favre, que estava considerando aposentadoria, mas anunciou que vai jogar a próxima temporada.
Lógico que, no jogo preferido dos americanos, não poderia faltar propaganda de cerveja. Duas da Budweiser foram ótimas. A primeira, esta aqui:
A outra foi esta:
Mas a mais polêmica, sem dúvida (e a mais engraçada, na minha opinião), foi esta. Lógico que os chatos politicamente corretos dos movimentos sociais já estão reclamando por aqui, e parece que a empresa de chocolates decidiu tirar o comercial do ar definitivamente.
Todas os comentários feitos aqui nos Estados Unidos giram em torno de dois aspectos: o dinheiro e os "rankings". Se você consultar o YouTube agora, vai encontrar centenas de rankings com os melhores comerciais do Superbowl em todos os tempos, apenas entre os de 2007, desde 2000, entre outras tantas classificações. Eu deixei a minha por aqui, ainda a aparição não reflita ordem de preferência. Sobre dinheiro, só um valor: 30 segundos de televisão durante este jogo custaram a cada patrocinador a bagatela de US$ 2,5 milhões.
Abraços!
Este primeiro é da própria NFL, mostrando os torcedores dos outros times que não chegaram à final do campeonato, além do jogador Brett Favre, que estava considerando aposentadoria, mas anunciou que vai jogar a próxima temporada.
Lógico que, no jogo preferido dos americanos, não poderia faltar propaganda de cerveja. Duas da Budweiser foram ótimas. A primeira, esta aqui:
A outra foi esta:
Mas a mais polêmica, sem dúvida (e a mais engraçada, na minha opinião), foi esta. Lógico que os chatos politicamente corretos dos movimentos sociais já estão reclamando por aqui, e parece que a empresa de chocolates decidiu tirar o comercial do ar definitivamente.
Todas os comentários feitos aqui nos Estados Unidos giram em torno de dois aspectos: o dinheiro e os "rankings". Se você consultar o YouTube agora, vai encontrar centenas de rankings com os melhores comerciais do Superbowl em todos os tempos, apenas entre os de 2007, desde 2000, entre outras tantas classificações. Eu deixei a minha por aqui, ainda a aparição não reflita ordem de preferência. Sobre dinheiro, só um valor: 30 segundos de televisão durante este jogo custaram a cada patrocinador a bagatela de US$ 2,5 milhões.
Abraços!
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Por Onde Andou o Papo...
... acho que vale a piada, como resposta aos comentários do post abaixo. Foi a Chris que ouviu esta quando foi na reunião de esposas de estudantes na International House.
Mas podem esquecer: com a rotina atual, não dá para pensar em nada neste sentido, por enquanto!
Abraços!
Angelo
"Enquanto os maridos vêm para cá fazer o PhD (Permanent Head Damage), as esposas vêm fazer o MBA (Making Babies in America)"
Mas podem esquecer: com a rotina atual, não dá para pensar em nada neste sentido, por enquanto!
Abraços!
Angelo
fevereiro 03, 2007
Olha que Coisa Mais Linda...
... mais cheia de graça. Escolha da Chris, aprovada por mim e pelo meu bolso. Ano 2000, câmbio automático, som com rádio e CD player, regulagem eletrônica de espelhos retrovisores, ar-condicionado.
Muito bom!
Abraços!
Angelo
Muito bom!
Abraços!
Angelo
Psycho Killer
Minha homenagem ao professor de macro, que, apesar do nome (Jesus), não tem nada de caridoso: são 4:15hs da manhã de sábado, estou trabalhando, e sei que tão cedo eu não vou voltar a dormir. Bem que na aula de sexta, ele recomendou o uso de remédios ("lícitos", fez questão de destacar) que nos fariam ficar fora da cama o tempo suficiente para terminar a lista de exercícios. Nada a reclamar (são as melhores aulas de macro que já tive na vida), mas as horas de sono me fazem falta (menos do que a nota que vale a lista...).
Psycho Killer
Letra: David Byrne, Chris Frantz, Tina Weymouth
I can't seem to face up to the facts
I'm tense and nervous and I can't relax
I can't sleep cause my bed's on fire
Don't touch me I'm a real live wire
Psycho killer, qu'est que c'est
Far better
Run away
Psycho killer, que'st que c'est
Far better
Run away
Oh yeah
You start a conversation you can't seem to finish it
You're talkin' a lot but you're not sayin' anything
When I have nothing to say my lips are sealed
Say something once why say it again
Psycho killer, qu'est que c'est
Far better
Run away
Psycho killer, que'st que c'est
Far better
Run away
Oh yeah
Ce que j'ai fait, ce soir la
Ce qu'elle a dit, ce soir la
Realisant, mon espoir
Je me lance vers la gloire
We are vain and we are blind
I hate people when they're not polite
Psycho killer, qu'est que c'est
Far better
Run away
Psycho killer, que'st que c'est
Far better
Run away
Oh yeah
Abraços!
Psycho Killer
Letra: David Byrne, Chris Frantz, Tina Weymouth
I can't seem to face up to the facts
I'm tense and nervous and I can't relax
I can't sleep cause my bed's on fire
Don't touch me I'm a real live wire
Psycho killer, qu'est que c'est
Far better
Run away
Psycho killer, que'st que c'est
Far better
Run away
Oh yeah
You start a conversation you can't seem to finish it
You're talkin' a lot but you're not sayin' anything
When I have nothing to say my lips are sealed
Say something once why say it again
Psycho killer, qu'est que c'est
Far better
Run away
Psycho killer, que'st que c'est
Far better
Run away
Oh yeah
Ce que j'ai fait, ce soir la
Ce qu'elle a dit, ce soir la
Realisant, mon espoir
Je me lance vers la gloire
We are vain and we are blind
I hate people when they're not polite
Psycho killer, qu'est que c'est
Far better
Run away
Psycho killer, que'st que c'est
Far better
Run away
Oh yeah
Abraços!
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