"Hazard - 1. A hazard is something which could be dangerous to you, your health or safety, or your plans of reputation. (...) 2. If you hazard or if you hazard a guess, you make a suggestion about something which is only a guess and which you might be wrong." - Do Dicionário "Collins Cobuild"
abril 19, 2008
China vs Tibet em Duke
Toda esta longa introdução serve para contar um episódio que ainda dá o que falar por aqui. No dia dos protestos contra a passagem da tocha olímpica por São Francisco, um grupo de estudantes de Duke resolveu organizar um protesto contra a violação dos direitos humanos no Tibet. Ao saber do protesto, a Associação de Estudantes Chineses da universidade organizou um movimento a ser realizado na mesma hora, no mesmo local (em frente à igreja da universidade) e com um número muito maior de participantes, buscando, nas palavras de um dos seus organizadores, "expressar o desacordo quanto às intenções de misturar política com Olimpíadas e boicotar as Olimpíadas de Beijing com base em desculpas políticas baseadas em fatos distorcidos".
Sinceramente, não me incomoda o fato de existir um protesto pró-China, um protesto pró-Tibet, ou qualquer protesto. De fato, não dou a menor importância para a questão China-Tibet, outros assuntos me interessam mais. Agora, a reação dos chineses ao protesto me incomodou, não por ter sido feita, mas por se sobrepor à manifestação em uma área pública que havia sido originalmente reservada para isto. Os gritos de "liars, liars" e a sobreposição de bandeiras, por mais que argumentem o contrário, eram uma forma agressiva de mostrar o seu ponto de vista: se sou contra uma posição, por que tenho que impedir meu oponente de falar?
E aqui volto ao ponto do comportamento chinês em áreas comuns: a despeito da área em frente à igreja da universidade ser pública, ela tinha sido reservada pelos protestantes pró-Tibet para aquele dia, aquele horário. Da mesma forma que uma área da minha residência foi ocupada para que uma horta fosse plantada (possivelmente, os meus vizinhos idosos não concordam com o uso que dou para a terra), colegas chineses invadiram uma área reservada (a partir do instante em que foi reservada, o ato caracteriza uma invasão) para que o ato fosse abafado. Mais do que isto, notícias dão conta que uma das garotas chinesas que participou do protesto apoiando o lado tibetano sofreu ameaças, e sua família teve a casa atacada por vândalos em função de sua participação nos protestos. De acordo com notícias, em diversos fóruns de chineses, a garota é tratada como traidora, vigarista e alguém apenas interessada em obter um green-card.
A reação dos chineses já foi comparada, em algum fórum de discussão, a crianças que nunca comeram doce e que, subitamente, encontram 100 dólares em seu bolso no meio de uma fábrica de chocolates. Ter a chance de expressar as suas opiniões contra ou a favor do Tibet sem sofrer pressões em contrário parece afetar o julgamento a respeito de reações apropriadas quando as opiniões são confrontadas. Tivessem organizado uma manifestação para o dia seguinte, ou mesmo para a hora imediatamente após o final do protesto pró-Tibet, e a reação não teria sido tão contestada como está sendo.
Por fim, devo começar a considerar o cultivo de alguma coisa no quintal da minha casa.
Abraços!
abril 16, 2008
A Preferência Por Jiló
Qualquer dia desses, nova pesquisa no ar.
Abraços!
abril 15, 2008
"Haroldo Oficioso" Ataca Novamente
"Não fiz anúncio de nada. Eu sou autoridade, não sou subordinado à Comissão de Valores Mobiliários. Sou membro do governo e estava falando para um público especializado" |
E aqui fica evidente a confusão muito presente, no Brasil, entre Governo e Estado. Vamos para o exemplo mais simples: toda a vez que publicamos um artigo na série de Working Papers do Banco Central, sai um aviso, de todo o tamanho, dizendo que "As opiniões expressas neste trabalho são exclusivamente do(s) autor(es) e não refletem, necessariamente, a visão do Banco Central do Brasil". Por que é feito isto? Porque o trabalho, a despeito de ter sido produzido durante o Governo do Presidente A, B ou C, é um trabalho gerado para o Estado brasileiro: o Presidente (da República, do Banco Central, da Petrobrás, ou do órgao do Governo que seja) passa, mas o trabalho fica.
Qual a confusão que faz "Haroldo Oficioso"? Ao dizer que "é membro do Governo", ele coloca uma agência reguladora no mesmo nível do governante do momento, quando, na verdade, ela se encontra acima, em termos da execução de políticas de Estado (aquelas que o Governo do turno não consegue alterar com facilidade). Quando o "Haroldo Oficioso" falou aquilo, ele estava representando o Estado brasileiro: sendo Lula, Fernando Henrique, Collor, Sarney, o Diabo-que-me-carregue o Presidente da República, a informação divulgada por ele é uma informação de Estado. O que ele fez é o equivalente a um artigo do Banco Central que saísse, por exemplo, em meu nome, escrito a partir de informações que apenas eu teria acesso como funcionário do Banco Central. E, pior, que fosse dito que a crítica era ao Governo de Fulano ou Cicrano.
Para simplificar, mais uma vez, a confusão entre Governo e Estado no Brasil, pergunto: ao se colocar como "membro do Governo", quando Lula encerrar o seu mandato, "Haroldo Oficioso" vai pedir o boné também? Não deveria, por princípio, mas acredito que vá.
Abraços!
abril 14, 2008
O Comunista e o "Oficioso"
Entretanto, outras notícias me chamaram a atenção, em especial as notícias com opinião da CVM e do Ministro do Planejamento criticando a divulgação dos dados. Lendo as informações, descubro que o senhor Haroldo Lima, com base em informações "oficiosas" (expressão utilizada na justificativa publicada pela ANP), resolveu falar sobre o tamanho do campo de petróleo, fazendo uso de informações preliminares que a Petrobrás teria coletado no campo. Ao falar, com base em informações "oficiosas", o senhor diretor tornou a ação da Petrobrás uma das 30 mais negociadas no pregão americano naquele dia.
Mas, afinal, qual o problema da declaração? Companhias abertas possuem certas regras para a divulgação de informações importantes. Operar no possível terceiro maior campo de petróleo do mundo é uma informação relevante. Entre as regras, é praxe que as companhias esperem pelo fechamento do mercado para divulgar informações relevantes, e informações com credibilidade. O que o diretor da ANP fez, com poucas palavras, foi movimentar bilhões de dólares em mercados de todo o mundo, com informações "oficiosas". Ou seja, se as informações "oficiosas" não se confirmarem, quem vendeu as ações agora que o preço estava alto faturou um bom dinheiro no mercado.
E quem é o diretor? Procurei alguma informação técnica relevante sobre o senhor Haroldo Lima em seu currículo no site da ANP. O incrível: eu não consegui saber muito mais além do fato que ele foi presidente do Diretório Acadêmico de sua universidade, da União dos Estudantes da Bahia, que ele fugiu da ditadura, que em algum momento de 1967, "sentindo que iria ser preso, Haroldo Lima decidiu entrar na clandestinidade" (sim, isto está no seu currículo). Além disso, o senhor Haroldo Lima participou da campanha das Diretas Já, pelo MDB, elegendo-se deputado federal. Assim que o partido sai da clandestinidade, ele se filia ao PC do B. Ainda em seu currículo, consta que as suas publicações relevantes estão na área de "assuntos de política nacional", além de "assuntos de petróleo, de águas, de direitos humanos e de história brasileira."
Esperando que, finalmente, aparecesse alguma informação técnica sobre as suas publicações, sua biografia na Wikipedia mostra que foi candidato a senador derrotado em 2002, recebendo depois a indicação do presidente eleito Luis Inácio Lula da Silva para o cargo de presidente da ANP. Que coincidência, né? E é este revolucionário que provocou uma movimentação incrível no mercado acionário mundial. Com tamanha credencial técnica, nada além do esperado.
Abraços!
Macumba Made in USA
Eu creio que o máximo que se chegou em termos de superstição em estádios por aqui é a chamada "Maldição do Bambino", onde os torcedores do Yankees, time que está construindo o novo estádio, tiravam sarro dos fãs do Red Sox dizendo que seu time tremia nas finais em função de uma maldição rogada por Babe Ruth, um dos maiores de todos os tempos, ainda nos anos 20, ao ser negociado do time de Boston para o time de NY.
Pelo visto, os torcedores de Boston resolveram tentar algum troco sobrenatural sobre o rival.
Abraços!
abril 13, 2008
O Grande Esquecimento
Bandeira
Autor: Zeca Baleiro
Eu não quero ver você cuspindo ódio
Eu não quero ver você fumando ópio, pra sarar a dor
Eu não quero ver você chorar veneno
Não quero beber o teu café pequeno
Eu não quero isso seja lá o que isso for
Eu não quero aquele
Eu não quero aquilo
Peixe na boca do crocodilo
Braço da Vênus de Milo acenando, tchau
Não quero medir a altura do tombo
Nem passar agosto esperando setembro, se bem me lembro
O melhor futuro este hoje escuro
O maior desejo da boca é o beijo
Eu não quero ter o Tejo escorrendo das mãos
Quero a Guanabara, quero o Rio Nilo
Quero tudo ter, estrela, flor, estilo
Tua língua em meu mamilo água e sal
Nada tenho vez em quando tudo
Tudo quero mais ou menos quanto
Vida vida, noves fora, zero
Quero viver, quero ouvir, quero ver
(Se é assim quero sim, acho que vim pra te ver)
abril 07, 2008
Tiger Woods e Incentivos Adversos
Por que o exemplo é bom? Três motivos básicos:
1) Desempenho em golfe é facilmente mensurável: o desempenho de um jogador é medido através do número de tacadas que o jogador gastou para fazer todo o percurso. Como as exigências em termos de número de tacadas para cada jogador é a mesma, a comparação entre jogadores é óbvia. Além disso, tal como no tênis, a premiação é feita por torneio a partir da colocação. Ou seja, avaliar o ganho esperado é bem mais fácil, porque mensurável.
2) O desempenho de um jogador não é condicionado às ações dos outros: fazer a mesma comparação em outros esportes não avalia, exatamente, o desempenho e o esforço individual, já que o desempenho dos seus adversários pode anular o seu esforço. Exemplo disso é o basquete: alguém poderia argumentar que o mesmo estudo poderia ser repetido nos jogos em que Michael Jordan esteve na quadra. O problema é que, com ele em quadra, a exigência em termos de esforço individual para produzir os mesmos números é muito maior, não apenas por ele jogar muito bem no ataque, mas por ser um excelente marcador. Assim, um jogador que, sem ele na quadra, fazia em média 20 pontos por partida, poderia fazer 15 pontos e sair satisfeito, se ele impedisse que Jordan fizesse os seus 30 pontos de média. No golfe, não existe esta interação: Tiger Woods não vai acertar uma tacada na cabeça de um jogador que o ameace no torneio.
3) Tiger Woods é o cara: talvez em nenhum esporte um jogador foi tão dominante quanto Tiger Woods está sendo para o golfe. Qualquer comparação, tanto entre seus pares atuais, quanto ao longo do tempo, favorece o fenômeno. No basquete, existe sempre a discussão sobre o quanto os outros times eram mais fracos a ponto de constituir o fenômeno Michael Jordan; no futebol, Pelé foi um fenômeno, mas em uma época que a preparação física não era exigida dos jogadores; no futebol americano, Peyton Manning e Tom Brady estão quebrando sucessivos recordes até então inimagináveis (número de touchdowns por temporada, número de jardas passadas, etc), e ainda existe o debate sobre quem é o melhor. No golfe, é Tiger Woods e o resto. Ponto.
Qual a explicação para o desempenho inferior dos demais jogadores de elite quanto Tiger Woods está no campeonato? A autora se concentra na questão da premiação esperada. Fatores como maior número de jogadas de risco para tentar atingir o nível de Tiger são facilmente controláveis em análise de regressão. Além disso, outros fatores que interferem em um campeonato, como condições do tempo, também são controlados.
Em que o estudo é útil? Imagine que você coordene uma equipe de funcionários, e resolva implementar um esquema de premiação por desempenho para sua equipe. O resultado é sempre positivo? A resposta é um sonoro "DEPENDE". Se a premiação levar em conta a heterogeneidade da qualidade da equipe, os resultados podem ser bons. Senão, as chances pequenas de atingir a maior premiação podem desmotivar toda a equipe e sobrecarregar o seu melhor funcionário.
Abraço!
abril 01, 2008
Capitão Nascimento no Fed
"Pelo apresentado na manhã de ontem em Washington pelo secretário Henry Paulson Jr., o Fed ganha poderes para regular também outras áreas financeiras que não só bancos comerciais, como bancos de investimento e financeiras. Além disso, o órgão presidido por Ben Bernanke contaria com uma espécie de "polícia financeira" -agentes de elite que seriam enviados a investigar bancos cuja situação possa representar riscos ao sistema financeiro."
Eu e Chris até imaginamos o diálogo:
— E aí, banqueiro de merda, o senhor vai me contar onde está aquele subprime vagabundo?
— Eu não sei de subprime nenhum, não senhor...
— Onde foi que tu escondeu a merda da hipoteca, senhor banqueirozinho? O senhor vai falar?
— Eu não sei de hipoteca nenhuma, Capitão Bernanke...
— Como não sabe de hipoteca nenhuma???!!! Acha que eu não sei daquele mexicano pé-rapado que recebeu empréstimo para comprar casa para as próximas 8 gerações???
— Eu não estive com mexican...
— Ah, não teve com mexicano? O senhor sabe voar, senhor banqueiro? Sabe voar, banqueirozinho de merda? 02, traz o vagabundo para cá!!!
— Mas senhor...
— O senhor está vendo esta papelada podre em cima da sua mesa??? O senhor está vendo? Quem foi que espalhou esta porcaria no mercado?
— Eu não sei, senh...
— QUEM FOI QUE ESPALHOU ESTA PORRA DE CRÉDITO PODRE NO MERCADO?!??!??!
— Eu não sei...
— FALA, VAGABUNDO, QUEM FOI QUE ESPALHOU ESTA MERDA NO MERCADO?!?!?!?
— Foram vocês, que mantiveram os juros baixos por muito tempo, na época do Greenspan...
— Um de vocês, o caralho!!! Um de vocês, o caralho!!! O senhor é um moleque, senhor banqueiro!!! Um moleque!!! O senhor faz esta merda de pacote de crédito, espalha seu risco por todo o mercado, aí nós temos que subir a Wall Street prá corrigir a cagada que vocês fizeram! FOI VOCÊ QUE CRIOU ESTA MERDA, FOI VOCÊ!!!
— Mas capitão...
— Teu lugar não é aqui em Wall Street, banqueirozinho de merda, teu lugar não é aqui, não. Pede prá sair, pede prá sair, criador subprime de merda!!!! Teu lugar é operando título de dívida externa de país de terceiro mundo!!! Teu lugar é em coluna econômica de jornalzinho fuleiro dizendo que a moeda tá apreciada!!! PEDE PRÁ SAIR, VAGABUNDO!!!!
— Capitão Bernanke, e o meu bônus de fim de ano?
— 02, traz o saco.
março 31, 2008
E Não Podia?
Dado que a ditadura levou cerca de 30 anos para permitir que seus cidadãos frequentem os próprios hotéis, talvez leve mais 30 para permitir algo simples como o acesso à internet. Da coluna de Elio Gaspari de quarta-feira (26 de março):
"Dos 11 milhões de cubanos, só 200 mil têm acesso à rede, passando pelo único provedor, que pertence ao governo. Essa modalidade de bloqueio é burlada por um mercado negro de senhas e de acessos noturnos em empresas estrangeiras ou mesmo em agências estatais. Até parabólicas clandestinas já apareceram e a maior parte delas é usada para baixar músicas ou filmes."
Tristeza.
Abraços!
Prostituta, Traficante...
Se fosse verdade metade do que Andréia afirma, ela ainda estaria presa por aqui. No Brasil, ela vai sair na Playboy.
Abraços!
Obama: Quanto Mais Rezo, Mais Assombração Aparece
"We need guestworkers instead of undocumented immigrants. Toward that end, American employers need to take responsibility. Too often illegal immigrants are lured here with a promise of a job, only to receive unconscionably low wages. In the interest of cheap labor, unscrupulous employers look the other way when employees provide fraudulent U.S. citizenship documents. Some actually call and place orders for undocumented workers because they don't want to pay minimum wages to American workers in surrounding communities. These acts hurt both American workers and immigrants whose sole aim is to work hard and get ahead. That is why we need a simple, foolproof, and mandatory mechanism for all employers to check the legal status of new hires. Such a mechanism is in the Judiciary Committee bill."
Depois de falar dos empregadores, o cara mostra que não entende nada de mercado de trabalho:
"And before any guestworker is hired, the job must be made available to Americans at a decent wage with benefits. Employers then need to show that there are no Americans to take these jobs. I am not willing to take it on faith that there are jobs that Americans will not take. There has to be a showing. If this guestworker program is to succeed, it must be properly calibrated to make certain that these are jobs that cannot be filled by Americans, or that the guestworkers provide particular skills we can't find in this country."
Neste parágrafo, aparecem as bruxarias e definições nada precisas:
- O que é um salário "decent with benefits"? Se a economia entrar em recessão, o salário "decent with benefits" é o mesmo da economia em crescimento?
- Como provar, para um empregador da Carolina do Norte, que não tem um cara perdido no meio do Iowa que aceitaria o emprego pelo que ele está oferecendo? Cheiro de burocracia extra...
- Ele não acredita que existem empregos que os americanos não queiram? Então que entre dentro da cozinha de qualquer restaurante nos Estados Unidos e verifique a origem dos cozinheiros e garçons.
- A respeito do uso de "guestworkers" que possuam "particular skills", ou ele está sendo elitista, no sentido de permitir imigração apenas dos trabalhadores com altíssima qualificação (se a imigração destes fosse proibida, eu não estaria aqui, já que pelo menos oito dos dez professores com quem tive aula por aqui são estrangeiros), ou ele acredita que os "latinos" possuam uma aptidão especial para serviços como "Construction and extraction", "Office support" e "Service ocupations" em geral.
Abraços!
março 23, 2008
Pesquisa: "O Grande Calote"
Respostas, aí do lado. E me deixem voltar para o campeonato universitário de basquete, que, mesmo com Duke eliminado, está muito bom!
Abraços!
Aos Profetas do Fim dos Tempos
Citando suas palavras de ordem contra "o capital transnacional" (onde os fundos de hedge são chamados de "cassinos internacionais"), as "bolhas especulativas", a "incerteza fundamental do processo de decisão econômica" (onde o 11 de setembro, na sua visão distorcida, é o grande exemplo), para os profetas tudo representa uma fonte iminente de colapso do sistema. Aos países menores, chamados de "economias periféricas" (eles adoram esta denominação), não restaria outra prescrição de política que não seja o calote, a moratória e o controle de toda a movimentação econômica com o exterior. De fato, na visão dos profetas, a economia capitalista não parece se constituir de muito mais que uma sucessão de calotes, onde o "Grande Calote" ainda está por vir, de acordo com o previsto em um livro de 1936 ou outro de 1887.
A pergunta essencial que os profetas não respondem: a despeito das bolhas especulativas, a despeito dos fundos de hedge não-fiscalizados, a despeito dos "fluxos financeiros incontroláveis", a despeito da "incerteza fundamental", por que a maior economia do mundo nos últimos 18 anos teve apenas uma recessão de 9 meses, e as "economias periféricas" que seguiram em grande parte os bons manuais de política econômica são vistas justamente como a sustentação para a crise atual? Ou ainda, reformulando última parte da pergunta, tivessem as "economias periféricas" seguido as recomendações proféticas de política econômica, estariam elas em condições de ao menos amenizar a recessão atual?
O tom e o discurso monocórdicos e sinistros destes profetas não é mais do que uma forma de auto-preservação: se não for esta crise que condenará todos ao consumo diário de jiló, vale sempre lembrar que o "Grande Calote" ainda virá. E, com ele, a punição de todos os pecadores que acreditam no mercado e em sua boa (auto-)regulação como o melhor mecanismo de alocação de riquezas pelo mundo.
Abraços!
março 22, 2008
Game Over (De Novo!)
Abraços!
"Ela é uma heroína no Brasil."
A propósito, a pesquisa que foi feita em Portugal possivelmente daria resultados muito semelhantes se aplicados por aqui. De acordo com minhas fontes (e estou muito seguro delas), prostitutas na Inglaterra se dizem brasileiras para poder cobrar mais de seus clientes. E depois não se entende por que brasileiras, em especial, são mal vistas no exterior, ou têm dificuldades para entrar na Espanha, por exemplo.
Heroína? Não: cocaína.
Abraços!
março 18, 2008
Samantha Power
Abraços!
Brasil e Obama
Se Obama for eleito e não fizer nada daquilo que as vozes de apoio da imprensa brasileira pregam, não terá sido por ignorância completa a respeito do país.
Nation, quando alguém aqui precisa fazer as declarações sérias em público, também já se sabe a quem procurar.
Abraços!
março 17, 2008
Vítimas da Crise Americana
Economia: fulmine a sua carreira com poucas palavras!
Abraços!
PS de 19 de março: a resposta dele (e, de fato, bate com o que ele diz em parte do video) é que a recomendação era para "não retirar o dinheiro do Bear Stearns", no sentido de manter a carteira de ações no banco, ao invés de levá-la para outra corretora. Entretanto, aqui você vê ele dando outra explicação, mas usando a mesma expressão ("had the money in Bear") no contexto de mercado acionário. Como ele usou a mesma expressão nas duas situações...
março 16, 2008
Sobre o Governador de NY
Abraços!
março 12, 2008
Agradecimento
Blog também serve para isto. Basta ler os melhores.
Abraços!
março 07, 2008
Separados no Nascimento
Veja a foto dele no trabalho aqui!
Abraço, vô!
Abraço a todos!
março 06, 2008
Conheça o Novo Imposto: IP
1) Como estudante financiado pela CAPES, eu terei isenção por estar obrigado a voltar ao Brasil - e assim compartilhar a minha "riqueza imaterial"? Ou serei duplamente tributado, já que o Estado me deu recursos que o Imposto de Renda não consegue tributar corretamente?
2) Crianças que apresentem boas notas em boas escolas pagarão alíquotas mais altas - afinal, o potencial de conhecimento concentrado nas mentes brilhantes é quase infinito, não?
3) O fato de eu eventualmente publicar artigos (no caso, por enquanto, um) na página do Banco Central (um órgão público), me dá abatimento sobre a minha contribuição, já que estou socializando o meu conhecimento?
4) Se eu publicar apenas livros, ao invés de colocar artigos em páginas de internet, não pagarei o IP, já que o problema é a difusão de conhecimento através de uma mídia acessível e de poucas restrições (no Brasil, no Brasil...) como a internet?
5) Se eu publicar pesquisa em sites do exterior, estarei isento do imposto já que o domínio não será ".br"? Ou pagarei dobrado, enquadrado no crime de "evasão de divisas mentais"?
6) O IPEA, em conjunto com a Secretaria de Planejamento de Longo Prazo e a Receita Federal, manterão equipes em plantão permanente nas universidades (talvez um convênio com a CAPES) para vigiar alunos que fazem pós-graduação no exterior, e assim evitar a sonegação?
É incrível como, mesmo depois de quase 20 anos de estudos em teorias de crescimento endógeno e capital humano, alguns ainda parecem que não aprenderam nada.
Brincadeira.
Abraços!
março 05, 2008
Obama
Estive procurando algumas declarações de Obama a respeito da metade sul do hemisfério e encontrei com algumas pérolas, frequentemente ignoradas pela imprensa da pátria-mãe gentil. Vejam este trecho de um discurso no Senado, da época em que Bush esteve no país para visita oficial:
"In Brazil, it has been reported that President Bush is expected to join with President Inacio Lula de Silva to announce greater ethanol cooperation between the United States and Brazil. Together, the United States and Brazil are the world’s largest ethanol producers and consumers. Brazil’s more than 30 years of renewable fuel technology investments allowed it to achieve energy independence last year. Ethanol now accounts for 40 percent of Brazil’s fuel usage. More than 80 percent of cars sold in Brazil today are flex fuel vehicles—capable of running on gasoline, ethanol, or a mixture thereof."
Só elogios. Legal, né? Mas olhem este trecho, mais à frente:
"As it relates to our country’s drive toward energy independence, it does not serve our national and economic security to replace imported oil with Brazilian ethanol. In other words, those who advocate replacement of US-based biofuels production with Brazilian ethanol exports however well intentioned they may be, are both misunderstanding our long term energy security challenge and ignoring a valuable foreign policy opportunity. The U.S. needs to dramatically expand domestic biofuels production, not embrace a short term fix that discourages investment in the expansion of the domestic renewable fuels in industry. Also, accelerating technology advances and transferring the technology to our neighbors in the Caribbean and South America will help them employ their own resources to produce environmentally clean ethanol to reduce their imported oil bill, thereby promoting economic stability in the Caribbean and South and Central America and strengthen the U.S.-Brazil relationship.
Mr. President, it is vital that President Bush keeps the Congress involved each step forward in a U.S.-Brazil relationship based on renewable fuels. This relationship must be structured so as not to hamper the domestic production of renewable fuels, or the development of new technologies here at home that can enhance our energy security."
Hummm... então quer dizer que Obama apóia a exportação de etanol do Brasil para os outros países da América Latina, de forma a reduzir a importância de Chavez-pobre-Chiquinha. Mas aumentar a exportação para os Estados Unidos, nem pensar: isto afeta "a segurança energética de longo prazo" do país. É óbvio que, pragmáticos que são, se o Brasil efetivamente criar condições para produção de etanol em grande escala e a preço muito baixo, os americanos irão importar o produto. Entretanto, acreditar que, por serem Democratas, e por ser Obama de origens humildes, que as negociações comerciais serão facilitadas, isto parece um tremendo engano, para não dizer ingenuidade.
Vamos mais longe. O que Obama pensa sobre os líderes da América Latina? Uma dica nesta matéria do Miami Herald:
"On the minus side, Obama has never been to Latin America, as he told me in an interview last year. And when I asked him who are the three Latin American leaders he respects the most, it took him a while to scan through his mental C-drive and respond, ''the president of Chile,'' whom he correctly identified as a woman but failed to mention by name. (I didn't press him about the remaining two.)"
Que tal? Um dos favoritos na campanha americana apenas reconhece a presidente do Chile como uma pessoa de respeito, ainda que sequer se lembre do nome de Michelle Bachelet. Onde fica o líder-maior da pátria-mãe gentil?
Se a imprensa brasileira não gosta de McCain por ser Republicano, se não gosta de Hillary por ser a esposa de Clinton, então a decepção com Obama tem tudo para ser muito grande.
Abraços!
março 04, 2008
América Lat(r)ina
Ainda vou ler mais sobre o assunto antes de emitir opinião.
Um abraço!
março 02, 2008
Tudo Azul
Abraços!
Da Pesquisa
Entretando, por via das dúvidas, ficarei longe do Cameron Indoor Stadium no próximo sábado, quando ocorre o jogo de volta entre Duke e UNC...
Um abraço!
fevereiro 25, 2008
Eu Falei com Ele...
Soube da notícia através do blog de outro grande professor.
Abraços!
Dores da Pesquisa
Por que estou escrevendo sobre isto? Bom, é que eu tenho gasto o pouco tempo disponível para pesquisa tentando coletar artigos para o projeto de tese. Algumas idéias foram se consolidando na cabeça ao longo destes dois anos, muitas foram excluídas. Entre as que sobraram, uma renderia um tremendo artigo, base fundamental do que eu pretendia que fosse a minha tese. O que aconteceu? O Google me trouxe um artigo exatamente com os mesmos fundamentos que queria aplicar, com praticamente os mesmos métodos e avaliando os mesmos problemas.
Duas palavras sobre isto: que dor!
Abraços!
fevereiro 21, 2008
Nova Pesquisa
Abraços!
fevereiro 20, 2008
Fidel
Para mim, o lugar de ambos é a lata de lixo da história.
Abraços!
P.S.: a respeito do segundo texto, notaram como a associação Fidel-ditadura só aparece para falar do regime que ele derrubou? Um cara que fica no governo durante 49 anos é considerado o quê?
fevereiro 16, 2008
Cadê o Papa?!?!?!?!
Pois, durante a exibição de Berlin, resolvi coletar algumas resenhas sobre o filme e verificar qual foi o entendimento que os críticos tiveram sobre o filme. Na medida do possível, tentei separar o que era juízo de valor sobre o filme, e fiquei concentrado apenas no entendimento que os críticos tiveram da história em si. A melhor pérola foi encontrada na crítica do site "Hollywood Reporter".
Ainda que tenha achado o filme divertido para quem procura um pouco de ação, o crítico deixou de entender partes importantes da história. Exemplo disto é o trecho sobre os novatos na polícia, Matias e Neto, afirmando que "por algum motivo, seu trabalho envolve empregos secundários, de tal forma que Neto trabalha na 'auto shop' da polícia, enquanto Matias estuda Direito". Ou seja, o crítico não entendeu que a oficina é parte da corporação policial (lógico, em países desenvolvidos, a polícia paga alguém para fazer a manutenção das viaturas, ao invés da própria polícia fazer os serviços), e que fazer faculdade é uma forma de, no futuro, procurar um emprego que tenha remuneração melhor que a oferecida pela polícia.
Além disso, o crítico se surpreende, pois mesmo depois de muitos flashbacks, ainda que a trama esteja toda em torno do evento, "nada do Papa aparecer ao final do filme". Possivelmente, como disse a Chris, ele devia estar esperando uma imagem do Papa desembarcando no Rio de Janeiro e trazendo a paz para toda a humanidade. Tenha dó!!!
Foi a crítica mais divertida que li sobre o filme. E o mais interessante é que foi reproduzida em diversos sites. Espero ansioso pela recepção do filme por aqui.
Um abraço!
fevereiro 09, 2008
#2 Duke, e Subindo
Para resumir como funciona o esquema, um time de basquete normalmente se organiza, ofensivamente, com um armador, dois alas e dois pivôs. O Phoenix Suns, sob a batuta do grande Steve Nash, geralmente abre mão de um dos pivôs em favor de mais um ala, de forma a ganhar muita velocidade na transição. O tipo de jogo com o uso de um ala a mais recebeu o apelido por aqui de "small-ball", em referência à média reduzida de altura dos times sem um dos pivôs. Em termos estatísticos, o Suns é o time da NBA que menos gasta tempo de posse de bola para fazer um arremesso.
Pois Coach K, tendo em vista o recrutamento do último ano, combinado com a lesão de um dos poucos pivôs do time, resolveu trazer o sistema para a universidade. Muitos questionaram a medida, afirmando que Duke teria problemas para enfrentar times fisicamente mais fortes e mais altos, como, por exemplo, o rival local, a UNC. De fato, a única derrota até agora de Duke foi no início da temporada, para Pittsburgh, que possui um time fisicamente forte.
Pois não é que o time foi tomando gosto pelo esquema, e, desde a derrota para Pitts, Duke se manteve invicto, inclusive passando a ex-número 1 (no início da temporada) UNC, assumindo assim o segundo posto do país? Mais do que isto: no primeiro clássico local, disputado nesta quarta-feira em Chappel Hill, Duke ganhou por onze pontos de vantagem da UNC, em um jogo que o país parou para assistir (sim, Duke vs UNC é considerado, por muitos, como a maior rivalidade no país em termos de basquete universitário).
Destaques do time? É interessante dizer isto, mas não dá para apontar "o" destaque de Duke. O "small-ball" resulta em uma pontuação muito espalhada entre os jogadores. No jogo contra a UNC (Duke 89 a 78), por exemplo, seis jogadores fizeram mais do que dez pontos, e nenhum dos jogadores de Duke fez mais do que vinte pontos. Na comparação, a UNC teve quatro jogadores com mais de dez pontos e o cestinha da partida (Tyler Hansbrough, muito bom jogador) com 28 pontos.
Para que vocês possam acompanhar Duke no torneio universitário, está instalado, na barra lateral do blog, bem embaixo, dois pequenos aplicativos: um deles oferece o ranking dos times de basquete universitário, atualizado semanalmente; o outro dá as últimas notícias de Duke, com os resultados dos jogos e análises pelo site da ESPN.
Ainda tenho que ir a algum jogo da universidade neste ano. Mas que está muito divertido ver a correria dos jogadores de Coach K em quadra, ah, isto está, com certeza!
fevereiro 04, 2008
Mercado de Trabalho: Socorro!
Fiquei hoje parte do domingo coletando as séries para o trabalho. Em síntese, o paper começa com a estimação de um VAR com 9 variáveis em um período de 30 anos de dados. Tudo bem, imaginei que estimar um modelo destes com ao menos 99 parâmetros (9 X 9 = 81 dos coeficientes autorregressivos, assumindo apenas um lag, com mais 9 referentes às constantes e mais 9 referentes às variâncias) fosse impossível para a amostra disponível para a economia brasileira. Vale notar que, na melhor das hipóteses, fechando os olhos para muitas observações e críticas que devem ser feitas, o período de inflação baixa começou em 1995, o que totaliza 12 anos de informações - menos da metade do utilizado pelos autores americanos.
Entretanto, o que me chamou a atenção, e me deixou contrariado, foi constatar que não existem séries de qualidade e tamanho suficiente para começar algum estudo de séries de tempo incorporando medidas de mercado de trabalho para a economia brasileira. Precisava de duas medidas básicas: salários pagos e horas trabalhadas. Pensei na hora nas duas fontes tradicionais: IBGE e CNI. No IBGE, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) foi reformulada e os dados começam em 2001; apelando para a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), querendo aproximar a economia a partir do comportamento da indústria, também as séries começam em dezembro de 2000. Na CNI, as séries de horas trabalhadas na produção e massa salarial foram interrompidas ao final de 2006 para reformulação.
Qual o resultado disto em termos de pesquisa? Sinceramente, agradeço, de coração, o trabalho esforçado de quem está nestas instituições, coletando números, muitas vezes arrancados à força das empresas (e eu sei do que falo pois já fui estagiário e coletava estes números para uma das pesquisas). Agora, é uma barbaridade, um escândalo não ser mantida alguma série que possibilite uma análise decente das condições do mercado de trabalho ao longo do tempo. Mesmo que fosse uma série inferior, com menos informação que novas metodologias permitam produzir, algum número tinha que estar disponível.
É óbvio que vai ter gente da análise de elevador que vai dizer: "ei, mas eu posso continuar dizendo que a massa salarial subiu, que o número de horas trabalhadas caiu, com base em números do IBGE." É óbvio que sim. Mas análise econométrica séria pressupõe um conjunto de dados mínimos que não existem no país hoje. Falar de tendências, ciclos, efeitos de choques, decomposições de variância, tudo isto assume, sempre, que a série disponível seja longa o suficiente para que o mapeamento entre causas e efeitos seja devidamente estabelecido.
Fica o pedido: se alguém conhece alguma série que caracterize a evolução dos salários e das horas trabalhadas no Brasil que comece ao menos no início dos anos 90, por favor, um pobre bolsista precisa da sua ajuda.
Abraços!
fevereiro 03, 2008
Meu Post de Carnaval...
Abraços!
Parado
1) Domingo de Superbowl. A final do campeonato de futebol americano é hoje, com os seus comerciais de milhões de dólares e um jogo interessante, já que, pela primeira vez desde o Miami Dolphins de 1972, um time pode completar a temporada invicto: o New England Patriots assombrou a todos ao longo da temporada e pode coroar o que seria uma temporada perfeita, não apenas em função dos jogos ganhos, mas dos recordes quebrados. Resolvemos ficar em casa, ainda que muitas festas devem estar ocorrendo ao redor do país para acompanhar o jogo.
2) Um dos motivos para ficar em casa foram as listas de exercícios, que continuam sobrando, mesmo ao longo do segundo ano de curso. Entretanto, duas motivações a mais nas listas deste semestre: a) foco em séries de tempo, um dos meus temas preferidos: das três cadeiras que estou fazendo neste semestre, duas são em séries de tempo; b) uma das cadeiras é ministrada por Tim Bollerslev, o mais próximo do que pode ser chamado de "candidato a prêmio Nobel de economia" pela faculdade. A aula dele é muito boa, muito boa mesmo!!!
3) Perguntam sobre a "crise americana". Na boa, não dá para "sentir" nada. Não sei se tem a ver com o fato de eu andar apenas no circuito casa-universidade, ou se o auge ainda não apareceu, ou se "crise" aqui é algo bem mais suave do que no Brasil. O que eu sei é que a chamada "crise americana" não passa de um tema de debates para a televisão.
4) É interessante acompanhar o processo eleitoral daqui. Tenho gastado algum tempo acompanhando os debates e as apurações das primárias. Processo bem elaborado, e debates de altíssimo nível. Sobre as preferências da região, o jornal da universidade publicou levantamento sobre as doações dos funcionários para os pré-candidatos a presidência. O dinheiro arrecadado não é muito (cerca de US$41 mil até o final de setembro do ano passado), mas a distribuição parece dizer muito sobre o que acontece hoje: apenas Barack Obama recebeu quase a metade de todo este dinheiro, que inclui as doações para nove candidatos, entre republicanos e democratas. Seria legal se esse levantamento fosse atualizado, até para ver se o acirramento da campanha entre os democratas resultou em aumento das doações para o partido.
5) Ainda sobre política, excelente frase em uma caneca que vimos em Washington (vou comprá-la na próxima vez que for para lá): "I love my country. It's the government I am affraid of".
Um abraço!
janeiro 26, 2008
A Vida Sob a Lei
A frase parece trivial em termos da noção que temos de justiça: dadas as leis, todos deveriam ser iguais no tratamento recebido pelo judiciário, independentemente de outros condicionantes, como origem, raça, renda, etc. Mais do que um slogan bonito para um prédio do governo, a frase sintetiza bem a aplicação da lei no país. Se entramos de forma ilegal no país, a lei pune, mesmo se não cometemos nenhuma irregularidade durante a permanência no país. Se o aluguel está atrasado, a imobiliária não tem por que se preocupar com o despejo dos caloteiros, já que o governo garante a aplicação do assinado no contrato. Se o Senador assediou um garoto menor de idade em um banheiro público, vai preso e, por vergonha do que fez, renuncia.
No Brasil, às vezes parece que uma parte da frase é esquecida, ou não aplicada: a igualdade da justiça tenta ser aplicada, a despeito da observação prévia da lei. Entre muitos exemplos encontrados nos jornais, o último deles é esclarecedor do meu ponto: quando o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, diz que invasor de terra pode contar o tempo de trabalho nas terras invadidas para fins de aposentadoria, ele está se sobrepondo à lei para tratar igualmente todos os cidadãos. Ao invés de penalizar quem descumpre a lei, oferece-se o incentivo.
Além disso, o parecer do consultor jurídico do ministério é falho, quando argumenta que não é responsabilidade do INSS averiguar se a terra onde o invasor trabalha é de sua propriedade ou não. O Estado não pode se responsabilizar por quem não cumpre os seus deveres legais. A igualdade oferecida diante da lei, e garantida a partir do cumprimento da lei. Se o indivíduo está violando a lei, ele não pode ser tratado como igual. E o melhor exemplo é justamente do imigrante ilegal nos Estados Unidos: aqui, o imigrante ilegal não pode solicitar assistência, pelo simples fato dele ser ilegal. O imigrante pode ter o melhor comportamento possível desde que chegou no país, mas não pode ser assistido pelo Estado, justamente por ser, conceitualmente, um cidadão ilegal.
A frase estampada na Suprema Corte é aplicada como modo de vida e de conduta. No Brasil, não seria mais do que enfeite de prédio.
Abraço!
janeiro 24, 2008
O Silêncio de Davos
Clóvis Rossi, ACORDA!!!! Excetuando o ano da eleição de Lula e a sua primeira ida para o Fórum, e talvez em algum dos anos em que o governo Fernando Henrique entrou em crise, o Brasil nunca foi tema de debate no Fórum de Davos! Mais do que isto: o Brasil não é tema de debate em fórum internacional algum! Quando se fala de América Latina, fala-se de Chavez (como exemplo do processo político padrão), fala-se da Argentina (como exemplo do desempenho econômico padrão) e fala-se do México (como exemplo do que seria o país que abrisse as fronteiras de comércio com os Estados Unidos). Quando se fala de países emergentes, fala-se de Taiwan, Cingapura, Coréia do Sul, vez por outra do exemplo de Portugal e Espanha (para os que ainda os enquadram nesta categoria). E É SÓ!!!!
O "silêncio de Davos" não é o silêncio de um grupo de banqueiros sobre o Brasil. É uma parte do desinteresse do mundo pelo que se passa na pátria-mãe gentil.
Abraços
janeiro 22, 2008
Em Tempos de Crise...
Olhem só onde fica a Embaixada do México, em Washington, e a conveniência do lugar nestes tempos de crise internacional.
Abraços!
P.S.: Obrigado, Chris, pela participação importante nas filmagens.
janeiro 21, 2008
Cano, De Novo!
Fico postado no lugar marcado. Ia me encontrar com ele! Hora acertada, estou onde ficou combinado. Entretanto, mais uma vez, o Bush me deu os canos: preferiu ficar assistindo na tevê as semifinais do futebol americano ao invés de cumprir os seus compromissos.
Repare a cara de impaciente observando o relógio...
Que coisa! Agora, só me resta voltar para Durham e esperar pelo pedido de desculpas.
Abraços!
janeiro 20, 2008
Nation, Nation... Colbert Nation
Com esta frase, Stephen Colbert abre a maioria dos episódios do seu programa diário de humor para "denunciar" aqueles que querem destruir a América. Seus alvos? Hollywood, com seus filmes; os cientistas ("inventam umas tais de placas tectônicas, que ninguém nunca viu, ao invés de admitirem que a Califórnia sofre terremotos como punição por Hollywood ter transformado o estado em Sodoma e Gomorra"); jornalistas ("nada deixa um homem tão infeliz quanto informações novas. Por exemplo: você sabia que milhares de cachorrinhos são executados todos os dias nos abrigos para animais dos Estados Unidos? Se você não tivesse esta informação agora, com certeza estaria mais feliz."); os aposentados ("nunca vi ninguém ganhar dinheiro sem trabalhar. Talvez fosse mais interessante colocar os aposentados ao longo da fronteira com o México para cuidarem da imigração com o mesmo interesse que cuidam dos gramados das suas casas. A fronteira ficaria muito mais protegida"); entre muitos outros grupos.
Pois bem, nation, a América está em guerra. Chris e eu fomos visitar a National Portrait Gallery, em Washington, esperando encontrar americanos em busca de seus ídolos, os "founding fathers", para guiá-los nesta época de incertezas. Quem foi o mais procurado?
Será George Washington, presidente eleito duas vezes que recusou uma proposta de mandato vitalício para que terminasse a vida no que sempre foi: um fazendeiro da Virgínia? Pela foto abaixo, não. Note como o casal à esquerda, apesar de postados em frente ao quadro, estão olhando em outra direção...
Abrahan Lincoln? Não, não: deixaram o pobre pensando sozinho no destino da nação, como se pode ver.
Talvez o presidente conhecido por seu idealismo. Também não: Kennedy está falando sozinho até agora na galeria.
Os mais modernos? Não, não: Bill Clinton não teve nem chance. Mais uma vez, seus "pseudo-observadores" olham para o outro lado. Alguma coisa diferente chama a atenção...
Subitamente, uma fila gigantesca. Descobrimos!!! É aqui que os americanos se juntam para pensar em seu futuro!!!
Mas tinha alguma coisa errada: a fila parecia terminar no retrato de Washington que eu tinha mostrado antes. Eu tinha que descobrir quem era a personalidade que atraía a atenção do povo americano. O vídeo abaixo resolve o enigma! Sim, era ele!!! Veja o local estratégico onde sua foto foi colocada! Sim, um local onde as necessidades do povo americano vem a superfície!!!
Nation, quando a América está em perigo, ela procura o seu grande defensor, o autor de "I am America, And So Can You!": Stephen Colbert!!!
Abraços!
janeiro 19, 2008
Acordamos Invocados...
Abraços!
janeiro 18, 2008
Nóis Vai pra Capitar, Tá Bão?
Abraços!
janeiro 14, 2008
Mais Aleatórios...
2) Faz frio aqui, mas bem menos que o esperado. Agora, duas da manhã, está fazendo 1ºC. Nada apavorante, na mesma época do ano passado, estava bem pior.
3) Faculdade vazia na primeira semana. Muita gente "enforcou" a primeira semana de aulas, ainda mais porque ela começava na quarta-feira.
4) Falando em ficar fora, vamos conhecer Washington neste final de semana. É feriado por aqui na segunda-feira (Martin Luther King Day), e vamos aproveitar para conhecer um pouco mais dos EUA, antes do semestre efetivamente ficar pesado.
5) Só por ter escrito que estava frio, mas não muito, a temperatura chegou a 0ºC no meu mostrador.
6) Estou estudando: 1) começando os famosos papers do segundo ano (o primeiro deve ser sobre crescimento econômico e política fiscal em economias pequenas e abertas); 2) lendo o livrinho para a prova de legislação da carteira de motorista daqui (interessante as regras para quem é pego com álcool; explico outro dia).
7) Das eleições daqui, ainda não consegui colher impressões. Sei que teve candidato fazendo campanha no estado vizinho, mas não teve, aparentemente, nenhuma influência por aqui. Vi que o Reinaldo Azevedo andou falando da "Obama Girl". Será que ele prefere a "Giuliani Girl", então? (risos) À parte a brincadeira com o vídeo, acho que brasileiros, muitas vezes, levam à sério demais algumas coisas que saem daqui. Por exemplo: fazer de cavalo-de-batalha (ou égua, se preferirem) uma garota que deu sorte de estar no clipe a favor de um candidato popular à presidência daqui é forçar demais a barra. Até a própria Amber Lee não tinha certeza se votará em Obama... Logo, tenham dó.
8) Vou tentar descobrir se por aqui os hospitais vacinam para "Yellow Fever". A oferta de vacinas, aqui, deve ser maior que a disponível no Brasil...
Abraços!
janeiro 07, 2008
Pensamentos Aletórios ao Deixar o Brasil
2) Do que vai me fazer falta ao chegar nos EUA? De todos os que fizeram esta visita ao Brasil a mais agradável possível. Não vou tentar, sob o risco de ter gente irritada comigo, fazer uma lista de todos os amigos com quem pude passar um bom tempo, mas obrigado a todos em São Paulo, Bento, Porto Alegre, Belo Horizonte e Barbacena.
3) O Brasil tem jeito: encontrei um sushi excelente no aeroporto para esperar o vôo, em um lugar onde posso ligar o computador e escrever estas porcas linhas.
4) Sim, sim, não serei hipócrita: também resolvi ligar o computador para carregar o iPod e ter o que ouvir durante o vôo.
5) Terminei mais um dos livros da minha lista proposta nas férias. Economista é uma raça muito mesquinha, mesmo. (risos)
6) O Brasil não tem jeito: o restaurante com um excelente sushi não oferece conexão à internet para os seus clientes. EM UM AEROPORTO!!!!
7) Minhas primeiras férias verdadeiras, depois de um ano e meio na correria. Férias?
8) Aulas na quarta-feira. Aulas?
9) Vou fechar a conta no Banco do Brasil. Precisei deles três vezes nesta viagem de férias, e o Banco falhou nas três. Prejuízo com as operações? Um cartão de crédito bloquedo e outro por vencer assim que chegar nos EUA. Menos mal que o banco dos Estados Unidos conseguiu cobrir algumas das falhas dos nossos burocratas salvos da degola por um aporte de bilhões de reais do governo Fernando Henrique em 1995.
10) Por que as companhias aéreas americanas nos entregam os bilhetes com check-in feito para todas as conexões do vôo, enquanto que as companhias brasileiras nos fazem passar por mais uma fila por não permitirem o check-in de um dia para outro, ou de todas as conexões?
11) Aconteceu: o acidente clássico do molho de soja ao comer sushi. Felizmente, na camiseta preta não aparece nada.
12) Estou indo para o segundo chope. Quem sabe, um pouco alcoolizado, dá para dormir durante o vôo.
13) No bar, está tocando Alanis, Hand on My Pocket.
14) Por que funcionários, e ex-funcionários do Banco do Brasil odeiam tanto o Fernando Henrique? Foi ele que salvou os empregos desta tropa de infelizes.
15) Por que os brasileiros, quando vão para o exterior, gostam de colocar camisetas com a bandeira do país? A identificação de estrangeiros se dá pelas camisas floridas e a pele vermelha. Brasileiros, pela roupa.
Ok, é hora de fechar o post, terminar de comer e ir para a sala de embarque, na esperança de conseguir uma conexão sem fio para o laptop. Nos próximos posts, mais algumas fotos do Brasil.
Abraços a todos!
P.S.: último pensamento, agora postando. Odeio a Telefônica. Tomara que ela perca a concessão para explorar a conexão wi-fi nos aeroportos de São Paulo. É quase impossível fazer a conexão por aqui, mesmo depois de já ter feito o cadastro dias atrás.
dezembro 29, 2007
Something for Nothing
Um feliz 2008 aos amigos, e que os inimigos se mantenham inteiros para que testemunhem nosso sucesso!
Abraços!
Something for Nothing
Letra: Neil Peart
Música: Geddy Lee
Waiting for the winds of change
To sweep the clouds away
Waiting for the rainbows end
To cast its gold your way
Countless ways
You pass the days
Waiting for someone to call
And turn your world around
Looking for an answer to
The question you have found
Looking for
An open door
You don't get something for nothing
You don't get freedom for free
You won't get wise
With the sleep still in your eyes
No matter what your dreams might be
What you own is your own kingdom
What you do is your own glory
What you love is your own power
What you live is your own story
In your head is the answer
Let it guide you along
Let your heart be the anchor
And the beat of your own song
dezembro 23, 2007
dezembro 22, 2007
dezembro 21, 2007
Do Orkut
"Sorte de hoje: Você terá uma velhice muito confortável."
Resposta: velho é a senhora sua mãe, Orkut filho de uma égua!!! Eu tenho 30, viu? 30 anos, TRINTA!!!!
Abraços, em um instante de fúria.
dezembro 15, 2007
dezembro 13, 2007
dezembro 12, 2007
dezembro 11, 2007
Busão AA907
Sim, estava no aeroporto internacional de Miami, pronto para voltar ao Brasil. Aos poucos, outras diferenças apareciam, ao menos na comparação com um ponto de ônibus tradicional. Por exemplo, a mulher, na casa dos seus 40, com passaporte do Paraguai, dando escândalo no meio do aeroporto, porque o marido, um senhor já com idade, não teria comprado/conferido alguma coisa na passagem. A mulher devia ter duas próteses de silicone do tamanho de uma bola de futebol americano, e usava (deve ser mania de nossos hermanos) uma blusa imitando pele de onça. Entretanto, toda a produção não era suficiente para disfarçar a idade e a origem.
Também estava por lá uma garota por volta de 20/25 anos, com um senhor de idade avançada que não poderia ser nem seu avô. Ela, carregando um urso de pelúcia pelo saguão, o urso quase do tamanho da Chris. E, para desespero de todos os passageiros, tentando, mais tarde, encontrar espaço para o urso em meio à classe econômica... que alegria!!!
Não poderia faltar, óbvio, as tradicionais sacoleiras, com maridos à tira-colo que aproveitam esta época do ano para ficar nas piscinas e praias da cidade (e sei que é isto, porque as mulheres apresentavam um tom de pele bem mais claro, menos bronzeado, que eles). Elas falando dos preços de câmeras digitais, cosméticos, roupas; eles, dos drinques, cervejas e jogos na beira da praia.
Mas as diferenças em relação aos pontos de ônibus no Brasil param por aí. Bastou anunciar que os passageiros seriam chamados para se formar a tradicional fila de entrada. Mesmo que a American Airlines (e qualquer outra empresa aérea) chame primeiro idosos, gestantes, mulheres com crianças de colo e clientes de cartões preferenciais, lá estava a fila de passageiros esperando para entrar. Fila esta que logo se transformava em amontoado em frente ao portão, talvez do pessoal com medo do avião partir sem que eles estejam dentro. Sabe como é: o busão, digo, avião, vem lotado do outro ponto, e se eu perder este, só chego em casa três horas depois. Não adianta saber que o nome está na lista de passageiros confirmados: tem que fazer o amontoado para entrar no busão/avião de uma vez!!!
Dentro do avião, não poderia faltar o tiozão, que, com a sua família, tentou embarcar com uma bagagem "de mão" que tinha quase a minha altura (e largura), e tentando colocar a sacola no bagageiro superior do vôo!!! Por mais que o cara tentasse, e que a fila atrás dele com pessoas esperando para passar crescesse, ele não conseguia colocar a bagagem no compartimento. Chega o funcionário da empresa, muito atencioso, e sugere que a bagagem vá na parte da frente, com a tripulação. E o nosso prezado senhor insiste: a sacola cabe no compartimento, é só uma questão de jeito!!! Depois de muita insistência, a sacola é levada para junto da bagagem da tripulação.
Sim senhores, o aeroporto e o avião transformados em ponto de parada para ônibus. Você sabe que está chegando no Brasil quando...
Abraços!
dezembro 08, 2007
Roteiro
- Dia 9/12/2007: embarque em Miami para o Brasil (SP/Guarulhos), saindo daqui à noite, chegando pela manhã do dia 10.
- Dia 10/12/2007: chegada no Brasil e ida para Porto Alegre, com saída prevista ao meio-dia. Chegada em Porto Alegre quando a ANAC deixar.
- Dia 14/12/2007: ida para Bento, passar o final de semana com os pais e comemorar, com dois dias de antecipação, o aniversário de 30 anos. Retorno para Porto Alegre no dia 16.
- Dia 16/12/2007: ida para São Paulo, encontro com a Christiane (vai estar chegando dos EUA) para renovação do visto no dia 17.
- Dia 17/12/2007: dia do aniversário comemorado dentro da embaixada americana, na fila para pegar o visto. Ida para Belo Horizonte.
- Dia 18/12/2007: primeiro dia em BH (devemos chegar na cidade na madrugada do dia 18).
- Dia 25/12/2007: retorno para Porto Alegre.
- Dia 30/12/2007: ida para Bento, depois de pegar a Chris, e aguardar pelo Reveillon.
- Dia 07/01/2008: retorno para Durham/US, com chegada prevista para o meio-dia do dia 08/01/2008.
Abraços!
Festa Surpresa
Muitos me perguntaram o que significava atingir três décadas, e a resposta foi única: não muito. Era apenas estranho ser o mais velho da turma, ainda mais considerando que eu tinha colegas que estavam começando o doutorado com 21/22 anos. Mas são trinta, e sem nenhum problema, porque incomodado ficava o seu avô!!! (propaganda ultra-antiga, ok? Façam a pesquisa... rsrsrsrs)
Abraços!
dezembro 06, 2007
Matando de Fome o Animal
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Abraços!
dezembro 03, 2007
Leituras de Férias
Os selecionados:
- Central Banking in Theory and Practice – Alan Blinder
- Rejected: Leading Economists Ponder the Publication Process – George Shepherd
- Inside the Economist's Mind: Conversations with Eminent Economists – Paul A. Samuelson e William A. Barnett
- I Am America, And So Can You – Stephen Colbert
- English As She Is Spoke – José da Fonseca e Pedro Carolino
- Toda a Mafalda – Quino
- Viagens com o Presidente – Eduardo Scolese e Leonencio Nossa
Os três primeiros, apesar de serem de economia, já possuem um caráter mais histórico do que propriamente técnico: enquanto o primeiro já se tornou um clássico a respeito das práticas de Bancos Centrais, os outros dois são relatos de dois pontos distintos (e talvez extremos) da atividade do economista – o processo de elaboração e desenvolvimento de idéias, em um ponto, e a briga pela publicação, no outro.
Os dois livros seguintes trazem um pouco de humor às férias: Stephen Colbert apresenta um programa de humor, estilo talk-show, no canal Comedy Central, tirando o maior sarro do estilo estridente de alguns conservadores americanos. O programa é engraçadíssimo, e a Chris, que já leu, disse que é ótimo. "English As She Is Spoke" foi um presente de um colega. É um livro escrito na verdade por Pedro Carolino, usando um dicionário inglês-português escrito por José da Fonseca para traduzir expressões cotidianas de ambas as línguas.
O livro de Quino estava na minha cabeceira na maior parte deste tempo. Já andei um bocado nos quadrinhos, mas agora quero terminar de uma vez.
Por fim, o último, que se misture o humor, a tragédia e a perseverança de ser brasileiro, em ler o relato de repórteres que acompanham o presidente e sua tropa em viagens internacionais.
Vai ser uma boa diversão.
Abraços!
dezembro 02, 2007
De um Nobel sobre Outro
"Everything reminds Milton Friedman of the money supply. Everything reminds me of sex, but I try to keep it out of my papers."
Se alguém souber a referência exata da frase, é um favor avisar.
Um abraço!
dezembro 01, 2007
Aniversários
Ainda na área da música, esta notícia do aniversário de lançamento de Thriller me lembrou de uma celebração de uma rádio daqui fez para comemorar os vinte anos de Appetite for Destruction, o álbum de estréia dos Guns'n'Roses. Sucessos como Welcome to the Jungle, Paradise City e Sweet Child o'Mine estão todos por lá.
E subitamente me dou conta que não sou mais criança.
Um abraço!
O Nada
Tenho que ir para a faculdade, então? Sim: para limpar algumas gavetas, trazer para casa notas de aula do semestre que passou, imprimir algum artigo que me interesse ler (sim, "artigos que me interesse ler", e não aqueles que os professores mandam!!!!), talvez algum livro.
Finalmente, caiu a ficha. Sim, o semestre acabou, e eu não sei o que fazer com isto. Só sobrou o vazio de ficar na frente da televisão, o nada.

Abraços!