Passou batido por mim detalhes mais aprofundados sobre as reuniões dos ministros do G-20 no Brasil, e dos presidentes do grupo em Washington. Eu registrei aqui no blog a repercussão da reunião pelo NYT, e a relativa (des)importância do Brasil e outros emergentes nas negociações. Antes disto, fui chamado de "superficial" nos comentários de um post sobre as declarações de Mantega em uma reunião do FMI, e retruquei dizendo o óbvio: os países desenvolvidos não vão ouvir os emergentes, e também não vão aceitar o FMI como mediador destes esforços. E isto por um motivo simples: a participação dos emergentes nestes organismos multilaterais é muito pequena. Citei, para completar, que o total de fundos disponíveis no FMI para atender os países correspondia ao total das reservas internacionais brasileiras, o que não é suficiente para atender o mundo todo em uma crise destas dimensões.
Pois não é que eu descobri, agora, uma lembrança genial da ministra da Economia da França, falando exatamente a este respeito? Ela citou um ditado irlandês que diz muito, neste momento, sobre as pretensões emergentes nestas discussões:
"O Brasil sempre pede muito, mas há um adágio irlandês adequado para a situação, quem paga o gaiteiro escolhe a música."
Notem que Christine Lagarde não é ministra de um governo "lame duck", não é uma raivosa republicana, nem amestrada pelo Bush.
Preciso falar mais alguma coisa?
Abraços!
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