Hoje tentamos seguir a tradição americana dos sábados de outono nos Estados Unidos, especialmente em cidades universitárias do país: ao invés de ficar presos na televisão, Chris e eu decidimos assistir ao jogo de futebol americano universitário de Duke. Tudo bem, o time é uma porcaria (conseguiu a proeza de perder todos os doze jogos da temporada passada), mas o programa em si é legal.
Talvez seja difícil, no Brasil, ter uma noção mais exata do que é o esporte universitário por aqui, já que, mesmo tendo acesso à ESPN, o número de transmissões é muito pequeno (nos sábados, por exemplo, a ESPN internacional transmite o Campeonato Espanhol para o resto do mundo). Entretanto, a experiência daqui é muito interessante. Para se ter uma noção, em todo o sábado de temporada é possível ficar da uma da tarde até a uma da manhã do domingo plantado na frente da televisão assistindo futebol americano, com jogos universitários que começam na costa leste e vão terminar no último jogo da noite de alguma universidade da Califórnia.
No estádio, o clima de jogo é bem diferente. Não sei se é por causa da (baixa) qualidade do time de Duke, mas a torcida mais animada era a visitante, da universidade de Wake Forest. Na foto abaixo, uma curiosidade: a foto destaca a banda de Duke, tocando para as cheerleaders; entretanto, olhando com um pouco mais de atenção, notem com as cores azul e branca de Duke vão sendo trocadas, nas roupas da torcida, para o preto e dourado de Wake Forest, à medida em que olhamos as arquibancadas mais para o fundo. Sim, é isto mesmo: as torcidas ficam misturadas nas arquibancadas, sem divisórias, sem provocações, sem pancadaria. Cada família vai para o estádio vestindo as cores da sua universidade, compra o seu cachorro-quente, refrigerante para os filhos, e torce para o seu time preferido, sem ser incomodada por torcedores adversários.
Entre os pontos altos do dia, a exibição da banda marcial da universidade antes do jogo e no show do intervalo (ver na foto abaixo, atrás da Chris); a entrada em campo do time de Duke, com alguns fogos e uma festa que até lembra a entrada dos times de futebol no Brasil em jogos decisivos; o sanduíche de lombo de porco com pimentão vermelho e cebola que comi estava ótimo; a velocidade com que a Chris entendeu as regras do jogo, o que me permitiu prestar atenção no jogo (o que mais eu posso pedir da vida? Minha mulher conhece a lei do impedimento e topa ir comigo a jogos de futebol americano!!!!); e, lógico, o fato de Duke ter ao menos dado um calor na partida contra a universidade campeã da conferência do ano passado (placar final: WF 41 x 36 Duke).
O sábado foi divertido, deu para descansar bastante e curtir um pouco do que o americano médio entende por programação de final de semana.
Abraços!
2 comentários:
Grande Angelo! O que estudas por aí, meu caro?
Ótimo blog!
abs
Obrigado pela visita e pelos elogios, PH.
Estou no segundo ano do PhD em economia aqui em Duke.
Abraço!
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