outubro 17, 2007

Sobre a Demagogia com a CPMF

Sobre o texto anterior a respeito da CPMF, que existia neste espaço, a única coisa que restou decente foi o trecho abaixo. O post original (ver abaixo) foi implodido pela mais absurda incoerência e estupidez intelectual do autor.

Grato pela atenção.

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Agora, o que mais me assusta nesta discussão a respeito da CPMF é o monstrengo tributário e populista que pode ser criado, caso o governo emplaque a proposta do líder do Senado, Romero Jucá, endossada pelo voluntarioso bigode de Aloízio Mercadante. Segundo a proposta dos nobres senadores, trabalhadores que ganham até R$1.700,00 estariam isentos da cobrança do imposto. A proposta é um monstrengo tributário porque vai permitir que contribuintes espalhem a sua movimentação por várias contas a fim de demonstrar que sua movimentação é compatível com salário inferior ao teto. Exemplo: usar uma conta em nome da esposa, dona-de-casa, para movimentar parte dos rendimentos da família e fugir da cobrança do imposto.

Além disso, a proposta é um monstrengo populista porque qualquer pessoa com um pouco mais de dois neurônios (não, não aqueles que desceram até o bigode, senador: os que ficaram na cabeça!!!) sabe que o maior efeito da cobrança do imposto é na venda do produto final, e não na movimentação do dia-a-dia da conta bancária. Quando o sujeito vai comprar o seu pão, ele paga CPMF não porque deixou algumas moedas para o caixa, mas porque a panificadora pagou a empresa que vendeu a farinha (e aí teve a cobrança do imposto); porque a panificadora pagou o aluguel do prédio onde está instalada (e aí teve a cobrança do imposto); porque a panificadora pagou água, luz e telefone para poder funcionar (e aí, de novo, teve a cobrança do imposto). Logo, vir com o argumento que "o pobre vai ser isento do imposto" é um populismo dos mais rasteiros.

É, não existe nada de ruim que não possa ser piorado.

Abraços!

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